sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ainda há motivos para crer na igreja!





Vivemos um período em que existem vários desigrejados, um período de confusão! Como já falei em postagens anteriores eu creio na comunhão dos santos e que ela é essencial para o crescimento da fé no sentido de ajudar e ser ajudado. Alguns dias atrás tive a felicidade de ler um livro intitulado: Porque amamos a Igreja?


E gostaria de compartilhar nesse espaço alguns trechos do livro, leia abaixo:


Não chamo de “igreja” a reunião de três caras bebendo café na Starbucks, falando sobre a espiritualidade da banda de rock Violent Femmes e discutindo por que a série Sex and the city é realmente profunda. Refiro-me à igreja local que se reúne em determinado lugar e que exulta na cruz de Cristo; que canta músicas a um Deus santo e amoroso; que tem oficiais, boa pregação, celebra os sacramentos, exerce disciplina e recolhe ofertas. 

Essa é a igreja que combina liberdade e forma na adoração coletiva, que tem pessoas jovens e velhas, tipos alternativos e viciados em corridas de carros, pessoas que buscam a Deus e as que se dedicam fielmente a uma causa, uma igreja que provavelmente tem boletins e regras.

A igreja que amamos é tão falha e suja quanto nós, mas ainda assim é a noiva de Cristo. Eu também posso tanto ter um alicerce sem uma casa ou uma cabeça sem um corpo quanto menosprezar a noiva que meu Salvador ama (Kevin DeYoung).

Em resumo, vamos escrever um livro sobre por que gostamos (amamos os) dos cristãos. Sei que existem vários cristãos evangélicos antipáticos por aí. Alguns deles estão na igreja. Tenho certeza de que, às vezes, sou um deles. Os cristãos também fazem coisas esquisitas e embaraçosas de vez em quando (p. ex., a maioria dos filmes cristãos e grande parte da música cristã contemporânea). Mas também existem muitas pessoas bacanas em nossa igreja – pessoas das quais realmente gosto, e não apenas no sentido de que “ele é meu irmão em Cristo e, portanto, tenho de gostar dele”. Alguns deles são até mesmo presbíteros ou estão em outras posições "hierárquicas" (esse é um jargão negativo; perceba a ironia da coisa) dentro da igreja. se minha fé fosse unicamente “pessoal”, ou se fizesse igreja em casa com outras cinco pessoas, sentiria falta deles.

Também fico feliz por minha igreja ser “organizada”. Sou feliz por saber aonde levar meu bebê de colo nas manhãs de domingo. Sou feliz porque alguém foi suficientemente institucional para pensar nos temas de uma ou duas aulas da classe da escola dominical. Sou feliz porque meu pastor, em vez de simplesmente caminhar por sua conta, importa-se o suficiente para estudar as Escrituras e fazer pesquisas numa prateleira cheia de livros de autores mortos para me dar comida espiritual de verdade a cada domingo. Sou feliz porque alguém lidera um ministério de impacto social para os mais necessitados de nossa área. Sou feliz porque alguém (e não eu) garante que as crianças aprendam alguma coisa bíblica em suas aulas. Em seu sentido mais básico, isso é religião organizada. E amo muito isso tudo.

Portanto, ao mesmo tempo que espero que este livro seja um incentivo aos praticantes da religião organizada com mentalidade evangélica sentados nos bancos (eu) ou nos púlpitos (Kevin), também espero que ele sirva como um convite a João Descontente para que afaste sua insatisfação provavelmente bem fundamentada e se junte a nós na igreja. Não somos perfeitos (longe disso), mas amamos Jesus, amamos o evangelho e fazemos o possível para amar os outros cristãos (Ted Kluck).

[...]


A igreja não é uma parte acidental do plano de Deus. Jesus não convidou as pessoas a se juntar a um “trio elétrico” contra a religião, a doutrina e a instituição e, ao mesmo tempo, cheio de amor, harmonia e reintegração. 

Sem dúvida Ele mostrou às pessoas como viver. Mas Ele também às chamou ao arrependimento e à fé, chamou-as para fora do mundo e para dentro da igreja.

“[O amor] tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Co 13.7). 

Se verdadeiramente amamos a igreja, sofreremos com ela em seus erros, suportaremos suas lutas, creremos que ela é a amada noiva de Cristo e esperaremos por sua glorificação final. Ainda creio que a igreja é a esperança do mundo – não porque ela faça tudo certo, mas porque é um corpo que tem Cristo como Cabeça.

Não desista da igreja! O Novo Testamento não fala nada sobre um cristianismo sem igreja. A igreja invisível é para cristãos invisíveis. A igreja visível é para mim e para você.

É muito bom encontrar uma igreja local, envolver-se com ela, tornar-se membro dela e permanecer ali por bastante tempo. É importante ir à igreja no domingo, adorar em espírito e em verdade, ter paciência com a liderança, se alegrar quando o evangelho for proclamado de maneira fiel e dar suporte aqueles que nos machucaram... Enquanto estivermos dentro da igreja, devemos ser igreja e não só cantar, mas também viver isso com muita convicção.

Porque não dar um “oi” a um adolescente que ninguém nota? Porque não dar boas vindas aos cabelos azuis e aos narizes com argolas? Porque não ser voluntário no berçário de vez em quando? Faz bem, faz muito bem trazer algo para o sopão da madrugada como qualquer outra pessoa, convidar um amigo para ir à igreja, levar um casal novo para tomar um café, contribuir para a oferta do Natal, ser grato porque alguém varreu o chão e desfrutar dos domingos que forem agradáveis e orar ainda mais nos domingos que não forem.

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Esse livro foi uma das obras mais equilibradas ao tratar do assunto eclésia, que já li; espero que o Senhor venha abençoar todos que lerem. 

Eu Creio na Igreja!

Na verdade de Cristo

sábado, 15 de setembro de 2012

Evangelismo as avessas!




Fica até difícil tecer um comentário sobre essa perola. Só resta dizer o seguinte: Jesus nos chamou para pregar o evangelho - Ide Pregai o evangelho! Alguns decoram 5 versículos e acham que já sabem o evangelho...




Resultará nesse tipo de coisa!


Que o Senhor nos dê graça e sabedoria e que possamos descobrir que a bíblia é para ser lida e não cheirada (rs)


Na paz

sábado, 1 de setembro de 2012

Levar carga um dos outros?? Que nada queremos somente o cargo!







Levai as cargas uns dos outros,

e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gl. 6.2)



Diante dessa busca desenfreada por poder que a sociedade vive, fico preocupado por que o mesmo tem acontecido nos Ministérios, pessoas que a qualquer custo buscam sua ascensão social. Não seria estranho dizer aqui, que as reuniões que deveriam tratar da pureza da doutrina, do crescimento saudável da igreja e a evangelização tem sido substituído naturalmente por metas financeiras e táticas para atrair pessoas para igreja, negligenciando totalmente os métodos bíblicos. Essa semana me deparei com uma imagem de uma determinada igreja, no qual dizia: "quarta louca por Jesus




E pasmem os leitores na imagem de divulgação dessa suposta quarta louca (que realmente é!) tinha um rapaz cheirando a bíblia como se fosse cocaína. O autor dessa façanha deve argumentar, da seguinte forma: - Isso é para atrair os jovens! Imaginem leitores o Jota Quest cantando no culto de jovens. afinal o objetivo é só atrair! De fato isso irá apenas atrair os jovens mais jamais irá convertê-los. 

Voltando ao assunto a ser tratadoJá não é de hoje que a igreja tornou-se um ambiente quase corporativo. Nos últimos anos tentou-se até quebrar um pouco essa imagem trocando a palavra "departamento" por "ministério". Contudo, a igreja contemporânea tem mais patentes do que muitas empresas por aí. Obviamente essa hierarquização faz-se necessária diante do crescimento das denominações. As contribuições financeiras aumentam a cada dia, novos membros chegam e precisam ser inseridos no corpo, cada faixa etária precisa de um acompanhamento específico e assim, proliferam-se a departamentalização e a necessidade de novos líderes.


Porém, vale ressaltar: a igreja continua sendo, primordialmente, lugar de voluntariedade, por isso, não temos na maioria das igrejas um processo seletivo. As pessoas vão sendo indicadas conforme seu empenho na obra ou por indicação do Espírito Santo   (será?) - que, graças a Deus, ainda inspira pastores e fala em muitas denominações.


Com o esfriamento do amor, a falta de comunhão e o egocentrismo que não cabe na nossa fé, tornou-se comum o que chamo de espírito de Caim. Gente que não suporta ver seu irmão em seu momento de adoração, principalmente quando há sinais claros de que o Senhor está recebendo essa oferta. Sabe-se que hoje em dia esses sinais são muito mais sutis, mas a paz que excede todo entendimento, a graça derramada e o espírito de comunhão que invade a casa quando estamos adorando, creio, são evidências de que o Espírito de Deus ali está e recebe nossa oferta como cheiro suave.


Diante disso, é óbvia a constatação: uma das maiores causas de dissensões e discórdias na igreja evangélica é a disputa por cargos. E a maior ironia nessa história é que o prêmio para quem chega lá, em geral, não se trata de dinheiro ou ascensão social, mas apenas daquela sensação de poder! O camarada não vai ganhar um tostão por isso, não vai estar nas colunas sociais e nem vai trocar de carro, mas terá a diabólica sensação de estar por cima, de ser chamado de chefe, de ter subalternos... Com isso, o ego vai sendo alimentado a cada dia num ciclo vicioso e demoníaco.


Jesus soube posicionar-se muito bem quando disse: "Vocês me chamam de 'Mestre' e 'Senhor', e com razão, pois eu o sou!" (Jo. 13.13) - aqui não se trata de arrogância ou prepotência, apenas de um posicionamento adequado quanto à sua parte no grupo, tanto é que em seguida Ele lava os pés dos discípulos em evidente sinal de humildade.


Mas tenho uma ótima notícia para o povo de Deus que me lê: não se preocupe, mesmo que o Senhor decida não tomar as rédeas confiando essa decisão aos pastores constituídos por Ele mesmo, a vida ensina! Mais cedo ou mais tarde cumpre-se a palavra de Deus que diz: "Aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!" (I Co. 10.12).


Que todo esse ativismo na casa do Senhor não venha nos cegar fazendo-nos acreditar que essa é a "obra de Deus" enquanto existem viúvas solitárias, órfãos desamparados e gente humilde precisando de pão. Que toda a humildade de Cristo, que nasceu numa manjedoura, calejou os dedos com farpas e não teve lugar definitivo onde reclinar a cabeça, norteie nosso espírito de liderança, fazendo de nós, líderes segundo o coração de Deus.

Levar as cargas é mais importante pense nisso!
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