sexta-feira, 22 de abril de 2011

Coelhinho da Páscoa o que trazes pra mim? - NADA!


         O maior motivo de comemoração para os cristãos é o dia em que seus pecados foram perdoados, o dia em que o homem foi comprado por um preço muito alto e esse preço foi a vida do próprio filho de Deus, que morreu para que todos pudessem ter vida eterna através dEle. Ele morreu, mas também ressuscitou, e esse é o nosso maior motivo de orgulho.
         A Páscoa, o feriado onde todos nós deveríamos celebrar com júbilo e regozijo a Graça do Senhor Jesus, tem perdido o sentido ao longo dos anos. Fiquei muito triste quando um dia, ao conversar com uma criancinha de 8 anos, ao perguntá-la qual era o sentido da Páscoa ela ter me dito que era o dia em que deveríamos ficar esperando o "coelhinho da páscoa" para comer os "ovos de páscoa". Aquilo atingiu o meu peito como uma flecha, pois desde muito pequena ela sempre freqüentou a Escola Bíblica Dominical e ficou muito surpresa quando eu lhe disse o que era realmente a Páscoa, então resolvi continuar a pesquisar, vi que apenas 2 em 10 crianças, filhas de Evangélicos, sabem qual é o verdadeiro sentido da Páscoa, mas de quem é o erro? De nós mesmos.
         Quem nunca deu um "ovo de páscoa" para o seu filho? Ou ainda, que nunca fez seu filho no domingo de Páscoa acordar bem cedo para procurar os ovinhos que o coelhinho deixou???
         Como? O coelho nem ao mesmo coloca ovos! Nas escolas, as professoras fazem uma festinha explicando o sentido da Páscoa, dizendo que é por causa de Jesus que nós a comemoramos ou vestem as crianças de coellhinho e distribuem ovos de chocolate? O ensinamento que deveria ser dado na Páscoa é dado no Natal, ou melhor, na farsa do Natal (Leia "A Pura Verdade Sobre O Natal"). Outro meio que serve para massificar a idéia do "coelhinho da Páscoa" na mente das crianças é a TV, as propagandas que falam sobre os ovos de páscoa e usam a imagem de um coelhinho "fabricando os ovos".
         Muitas outras coisas ainda ajudam a esconder a maravilhosa verdade sobre a Páscoa das crianças: Outdoors, Cartazes, encartes nos jornais de domingo etc.
         Leia com atenção o texto abaixo da The Grolier Multimedia Encyclopedia 1997, que fala sobre a Páscoa:
"De acordo com The Venerable Bede, o nome da Páscoa (em inglês Easter) é derivado do festival pagão da primavera, da deusa anglo-saxã Eostre, e muitos costumes folclóricos associados com a páscoa (por exemplo, ovos de páscoa), são de origem pagã.
O dia de Páscoa é atualmente determinado pelo primeiro domingo após a lua cheia em/ou após 21 de março. As Igrejas Ortodoxas Orientais, contudo, preferem seguir o Juliano ao Calendário Gregoriano, então sua celebração cai normalmente algumas semanas depois da Páscoa Ocidental. A Páscoa é precedida pelo período de preparação chamado de Quaresma." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Trexo traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade).

        Em que caminho estamos educando as nossas crianças? No cristianismo ou no paganismo? Estamos cumprindo a palavra de Deus? Veja o que ela diz:
"Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças." (Colossenses 2:6-7)

" Porque, desde a infância sabes as sagradas letras, que podem necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de alimento sólido." (Hebreus 5:12)

"O qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo" (colossenses 1:28)

        Devemos prestar mais atenção em pequenos detalhes que podem se transformar em uma bola de neve no futuro, afetando na vida espiritual e devocional de nossos filhos. Pense Nisso.

Autor: Anônimo

terça-feira, 19 de abril de 2011

Assembleia de Deus, 100 anos: caminhos e descaminhos para o pós-centenário (um estudo)

Boa noite leitores. Gostaria de deixar uma reflexão de "Alan Brizotti" que me chamou muita atenção!


No jargão do futebol, quando um time completa cem anos, comemora-se o chamado “centenário”. Contudo, o que as torcidas rivais mais gostam é quando o time em questão, em pleno ano do centenário, não consegue nenhum título. Esses torcedores rivais passam então a usar um neologismo: “cente-nada!” A Assembleia de Deus está numa encruzilhada histórica: sua escolha definirá sua sobrevivência: centenário ou “cente-nada”?


Os descaminhos estão cada vez mais perigosos:

Descaminhos são atalhos da fé. A ideia perigosa de que caminhos mais curtos são sinais das bênçãos de um facilitador divino.
Descaminhos são espécies de tendências do mal: opções pelas rotas da facilidade, que permitem o “abraço de urso” na antiética duvidosa do “jeitinho”.Descaminhos são opções dos que perderam o senso de que sem raízes profundas os frutos (se vierem) serão condenados à irrelevância.
Descaminhos são síndromes de Geazi: gente que, em nome das riquezas, engana e mente, esquecendo-se que Deus julga motivações do coração.

Quais são os principais descaminhos que a Assembleia de Deus deve evitar no perigoso pós-centenário?

I. A perda da identidade: o descaminho da demonização (Lc. 8. 30, 38, 39)
Uma coisa tem me preocupado sobremaneira como assembleiano: a Assembleia de Deus tem se transformado numa assembleia de deuses.
A enfermidade dos títulos, a paranoia das honras, tem assaltado corações. A ditadura da hereditariedade tem engessado alguns campos eclesiásticos, e a tendência é essa quimera crescer...
No texto de Lucas 8, há duas poderosas lições:

a) No versículo 30, Jesus pergunta o nome dos demônios que possuíam o Gadareno, contudo, não respondem com um nome, mas com uma função: legião, um destacamento do exército romano. Uma vocação militar. Um serviço.
Rubem Alves desenvolve uma ideia muito interessante: o diabo odeia o próprio nome. Na cultura judaica, o nome evoca as essências, os começos. Para o diabo, pensar em seu próprio nome é relembrar suas origens e consequente queda, portanto, ele odeia o nome. Por isso não responde com um nome, mas com uma função! Esconde-se atrás dos títulos. Na Bíblia, seu nome é sempre dito por terceiros, nunca por ele mesmo. Essa lição sinaliza um grave perigo: o de nos escondermos atrás de vocações. Se minha credencial valer mais do que minha identidade, abro um processo de demonização às vezes irreversível!
b) Nos versículos 38 e 39, o Gadareno, já liberto, implora a Jesus que o deixe segui-lo. Jesus recusa-se terminantemente. Jesus estava libertando-o completamente. É como se Jesus dissesse: “Não vou possuí-lo. Não vou trocar de lugar com os demônios. Vou libertá-lo para a intimidade dos seus”. A grande lição aqui é a que precisa ser redescoberta com urgência: não possuímos ninguém. O pastor não possui as ovelhas, ele as protege!

II. A tentação da mistura: o descaminho das contradições (Mc. 10. 17-23)

A Assembleia de Deus – aos cem anos – resolveu imitar o adolescente movimento neopentecostal. Estamos abraçando mediocridades: atos “proféticos”, quando deveríamos abraçar Atos dos apóstolos! Cantando mantrazinhos gospel de quinta categoria, quando temos em nossa história “os mais belos hinos e poesias” escritos na senda da “rude cruz”. Percebo uma Assembleia de Deus semelhante a um velho cansado encantado com o brinquedo tecnológico do neto.
O texto de Marcos 10, o “jovem rico", aponta para o perigoso descaminho da mistura: ele vai até Jesus com uma teologia pronta. Costumo brincar dizendo que o jovem rico era neopentecostal: religião demais, piedade de menos! “Bom Mestre”: a opção enganosa de seguir a Jesus pelos motivos errados: mestre ao invés de Senhor!
Esse jovem chegou até Jesus carregado de teologia pronta, e saiu de perto de Jesus com o peso de suas riquezas. A palavra aramaica para “riquezas” é Mamóm, que vem da mesma raiz da palavra amém! O dinheiro tem dito o “amém” na vida de muita gente nessa centenária igreja.

III. A doença do sucesso: o descaminho da falsa glória (Dn. 4. 29-34)

O sucesso é a droga mais consumida do século XXI. É o elixir dos delírios que faz brilhar os olhos dos pregadores adeptos da homilética do bombardeio. Sua composição básica é feita com as toxinas que inflam o ego. A Assembleia de Deus, que antes era a igreja do povo simples, está cada dia que passa, transformando-se numa igreja do sucesso, numa vitrine eclesiástica das celebridades instantâneas.
É a síndrome de Nabucodonosor, do texto de Daniel 4: a falsa glória. O excelso que desrespeita o efêmero. Quando a criação passa a ser adorada ao invés do Criador alimenta-se de doses monstruosas de falsa glória, entrando no caminho sem volta da overdose de glamour, caindo na tentação de viver num mundo sem Deus e numa igreja sem dono.
A Assembleia de Deus tem muito o que celebrar, mas tem muito mais a refletir. Afinal, os próximos cem anos, se o Senhor assim permitir, estão só começando. Como diz o slogan das comemorações: “pelos séculos dos séculos”.

Texto baseado na mensagem que preguei no simpósio de dirigentes da Assembleia de Deus, campo de Campinas.

Até mais...

Alan Brizotti
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