terça-feira, 3 de setembro de 2013

Igrejas aumentam mais que comércios e restaurantes




São 12 novos templos religiosos criados por dia no Brasil, sem contar as unidades filiadas. 

Com o número de fiéis aumentando, Igreja Batista Central, de Belo Horizonte, teve a necessidade de construir mais templos

Basta andar por qualquer bairro para encontrar um novo templo religioso. E a sensação comum de que “todo dia abre uma Igreja” é mais do que verdadeira. De 1º de janeiro até a última sexta-feira, o Brasil ganhou 2.798 igrejas registradas, de acordo com dados do “Empresômetro”, ferramenta do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que monitora a abertura de empresas de todos os tipos no país. São quase 12 igrejas novas por dia, ou uma a cada duas horas.

Os registros religiosos só não são maiores do que os de associações, que ganharam 5.509 formalizações no mesmo período, mas superam condomínios, comércios, clínicas, restaurantes e drogarias. E o número seria ainda muito maior, se entrassem na conta as novas unidades de cada igreja já estabelecida. Fazendo uma analogia com o meio empresarial, as Igrejas têm que registrar sua “marca”, e, a partir daí, podem abrir o que seriam as filiais, sem ter que fazer um novo registro a cada nova operação.

A Igreja Batista Central, de Belo Horizonte, por exemplo, está reformando um galpão no Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte, onde funcionará seu terceiro endereço. Fundada em 1961, a Igreja já tem uma unidade administrativa no bairro Santo Antônio e uma sede onde o auditório comporta 2.500 pessoas no Luxemburgo, ambos na região Centro-Sul. Vai abrir também outras em Cláudio, no Centro-Oeste mineiro, e uma em Anagé, na Bahia.

O registro da atividade foi feito há 52 anos, quando foi aberta a primeira unidade. As outras não precisam ser formalizadas porque fazem parte da mesma Igreja. O pastor de jovens, Roberto Bottrel, diz que a Igreja tem “células” que são reuniões de fiéis em casas para orar e conhecer a Bíblia em dias que não há cultos. “A Igreja pulsa de segunda a segunda”, afirma. A partir dessas células, foi identificada uma demanda na região Leste de Belo Horizonte. “Muitos fiéis das células não iam aos cultos no Luxemburgo porque moravam longe”, diz.

Inicialmente, a nova unidade funcionava em um salão de festas emprestado, onde cabiam 150 pessoas. Hoje, o galpão funciona ainda de maneira improvisada, mas já abriga 200 fiéis. Quando a reforma estiver concluída, serão 400 lugares.

Constituição garante imunidade tributária

Para abrir uma Igreja, basta registrar a ata de abertura em cartório e depois pedir o CNPJ na Receita Federal. Os templos religiosos têm imunidade tributária, o que significa que estão dispensados de pagar IPVA, IPTU, Imposto de Renda, ISS e outros sobre renda, patrimônio e serviços. Eles não estão dispensados de prestar contas ao fisco e devem entregar anualmente a Declaração de Isentos.

O professor de direito tributário Rafael Queiroz, do Centro Universitário Isabela Hendrix, explica que a imunidade é garantida pela Constituição para assegurar a liberdade religiosa, evitando que o Estado estimule uma religião com benefício fiscal, por exemplo. Os partidos políticos têm o mesmo tratamento, pelo mesmo motivo.



Fonte: O Tempo

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Deus julgará nossa motivação





A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo. Como a água não pode subir mais alto do que o nível, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ser mais elevada do que o motivo que inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda a ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada a favor do inimigo e contra o reino de Deus.

Infelizmente, a atividade religiosa possui tal natureza, que muito desse tipo de atividade pode ser realizado por motivos maus, como a raiva, a inveja, a vaidade e a avareza. Toda a atividade desse tipo é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.

Nesta relação de motivos como em muitas outras, os fariseus dão exemplos claros. Eles continuam sendo o mais triste fracasso religioso do mundo, não por causa do erro doutrinário, nem porque eram pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e, deste modo, o seu motivo arruinava as suas orações e as tornavam inúteis e, realmente más. Contribuíram para o serviço do templo, porém, às vezes, o faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isso era um mal, um pecado. Os fariseus condenavam o pecado e se levantavam contra ele, quando o viam nos outros, mas o faziam motivados por sua justiça própria e por sua dureza de coração. Isso caracterizava tudo o que faziam. Suas atividades eram cercadas por aparências de santidade; e essas mesmas atividades, se fossem realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus estava na qualidade de seus motivos.

Isso não é uma coisa insignificante - é o que podemos concluir do fato de que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira, até que finalmente crucificaram o Senhor da glória, sem qualquer noção da gravidade do seu crime.

Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus - maus em si mesmos e maus por serem praticados em nome de Deus. Isto equivale em pecar em nome dAquele Ser que é impecável, a mentir em nome dAquele que não pode mentir e a odiar em nome dAquele cuja natureza é amor.

Os crentes especialmente os mais ativos, freqüentemente devem separar um tempo para sondar a sua alma, a fim de certificarem-se dos seus motivos.

Muito solo é cantado para exibição; muitos sermões são pregados para mostrar talento; muitas igrejas são fundadas como um insulto contra outra igreja. Mesmo a atividade missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, tornando-se uma espécie de marketing eclesiástico para satisfazer a carne. Não esqueçam que os fariseus eram grandes missionários e rodavam o mar e a terra para fazer um converso.

Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer diante de Deus, sempre que possível, com nossa Bíblia aberta em I Coríntios 13. Esta passagem, embora seja considerada uma das mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas dentre as que se acham nas Escrituras Sagradas. O apóstolo toma o serviço religioso mais elevado e consigna à futilidade, se não for motivado pelo amor. Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensas.

Resumindo, podemos dizer que, aos olhos de Deus, somos julgados não tanto pelo que fazemos e sim por nosso motivos para fazê-lo. Não "o quê" mas "por quê" será a pergunta importante que ouviremos, quando nós, crentes, comparecermos no tribunal, a fim de prestarmos contas dos atos praticados enquanto estivemos no corpo.

A. W. Tozer

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Clamor de um jovem aos pastores mais velhos




Eu sou um jovem pregador. Bem mais jovem do que gostaria. Comecei a receber convites para pregar em outros estados com 16 ou 17 anos, mas nunca atendi aos chamados. Meus pais não deixavam. Era algo sobre venderem meus rins, não lembro bem. Assim que completei 18, passei a rodar o país levando a Palavra de Deus em igrejas de todo o tipo. Todo mesmo. Preguei lado a lado de liberais, ministrei após atos proféticos e ensinei sobre música na igreja depois do grupo de louvor cantar clássicos como “Sabor de Mel” e “Campeão, Vencedor”. Foi tenso.

Então, comecei a ter algum destaque. Ou o destaque veio antes. Nem sei direito. Sei que meus vídeos começaram a ser mais bem visualizados e as viagens se tornaram muito frequentes. Chegava a fazer três viagens por mês. Os vídeos tinham dezenas de milhares de visualizações. Meus textos bombavam. As pessoas me reconheciam na rua, no shopping, no provador de roupas da loja, na máquina de PUMP e no trânsito.

Virei, arg!, uma pessoa pública.

Então, eu comecei a ser uma ameaça. Eu nunca imaginei que isso fosse acontecer, mas outros ministros, mais velhos e menos reconhecidos, começaram a olhar para mim com algum tipo de desprezo. Eu havia percebido algo estranho, mas não sabia o que era.

Eu era um jovem, sem formação acadêmica, famoso. Os que estavam lutando no mestrado ou doutorado me viam como um afronta. Eu era um jovem, com 18 anos, rodando o país. Os que possuíam décadas de ministério me viam como um disparate. Eu era um jovem, sem grandes feitos, reconhecido. Os que tinham histórias de vida para contar me viam como uma fraude. Pessoas me confessando que determinadas atitudes foram motivadas por inveja pessoal começou a se tornar frequente.

Mas eu não percebi.

Eu continuava tentando me assentar aos pés dos mais velhos para aprender. Eu continuava tentando servir como eu podia onde eu estava. Eu continuava admirando os que já estavam há anos no ministério. Ao invés de me enturmar com os jovens, sempre tentei estar na roda de conversas dos anciãos, tentando encontrar ensino. Nunca tentei responder aos desprezos e ofensas por que eu nem sabia que este tipo de coisa acontecia.

De uns meses para cá, então, algumas coisas vieram à tona. Amigos que contaram de conversas que ouviram. Certos e-mails foram encaminhados para mim. Reuniões de pastores foram feitas tendo meu nome como a única pauta. Homens que eu admirava começaram a me tratar mal. Muitos começaram a se opor publicamente ao meu ministério, aos meus vídeos e até ao meu evangelismo.

Então, meu coração pecaminoso começou a germinar sementes de amargura que se manifestavam de duas formas. Primeiro, como revolta. Comecei a olhar para os pastores mais velhos que eram contra meu ministério com um tipo de ódio mudo. Ora, se meu vlog não é bom o suficiente, por que eles não vêm e fazem no meu lugar? Por que eles não vão lá nas igrejas neopentecostais pregar no meu lugar, então? Por que eles não vão lá nas escolas evangelizar os estudantes, oras? Depois, se manifestou como desânimo. Eles têm razão, eu deveria buscar o anonimato. Acho que vou deletar meu vlog. É, isso que eu faço não é mesmo um ministério de verdade. Já cheguei a deletar este blog uma vez e parei por mais de um ano de gravar meus sermões.

Mais algumas coisas me foram distas por estes dias, e esta foi a semana onde cheguei mais perto de deletar tudo que eu tenho na internet e ir viver como um anônimo evangelista por entre as escolas do Ceará. Ou então como um anacoreta, não decidi ainda.

Resolvi, então, escrever este desabafo. Não que eu ache prudente sair contando da própria vida na internet. Mas acho que isso pode alertar ministros mais jovens do que pode acontecer com eles. Também escrevo para que os mais velhos saibam dos efeitos de seus desprezo em outros líderes mais jovens. 

No entanto, acima de tudo, escrevo para fazer um clamor aos mais maduros:

Pastores e ministros mais velhos, ajudem os mais jovens. Por favor, nos ajudem. Se é o ímpeto da juventude nos ajuda a fazer mais coisas que vocês, é este mesmo ímpeto que nos faz meter os pés pelas mãos, muitas vezes. Se é a falta de experiências de vida que nos faz não ter os mesmos vícios e barreiras que os mais velhos, é esta mesma falta de experiência que nos leva a cometer erros básicos. Se a falta de formação nos torna mais sinceros e honestos em nossas colocações, isto também nos torna errados e rasos em muitos pontos. Pastores mais velhos, permitam-nos seus pés.

Robert Carver, que é mais velho, chama a atenção para alguns pontos importantes no relacionamento dos mais velhos para com a geração mais nova, o que levemente parafraseio abaixo:

1. Ame-nos genuinamente e pacientemente. A geração de ministros mais novos precisa saber que a geração de ministros mais velhos não está distante dela. Se a igreja é um corpo formado por muitos membros, tanto jovens quanto idosos, todos são valiosos para o funcionamento do corpo. Em Efésios 4, Paulo descreve os santos como aqueles que crescem da imaturidade espiritual “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (v. 13). Este processo é realizado “segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (v. 16). Ao nos amar, vocês exercerão um impacto real sobre nós, jovens. “Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1:22). Não hesite em nos dizer que nos ama (coletivamente e individualmente). Amar-nos genuinamente e pacientemente é amar-nos como Deus nos ama.

2. Compartilhe conosco o que é mais importante para você. Nós precisamos ver o seu amor apaixonado pela Palavra de Deus. Ela te instrui, te guia, te encoraja, te convence. É um componente vital do seu dia a dia. “Do mandamento de seus lábios nunca me apartei, escondi no meu íntimo as palavras da sua boca” (Jó 23:12). Compartilhe passagens específicas que ocorreram em sua vida recentemente. Também transmita que a oração é outra coisa essencial sem a qual os cristãos não podem viver. Ore conosco e por nós. O testemunho de Paulo sobre Epafras era: “se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus” (Cl 4:12). Exorte-nos a lutar incansavelmente na batalha contra o pecado. Encoraje-nos a fugir de paixões da juventude (2 Tm 2:22) que guerreiam contra a alma (1 Pe 2:11). Além disso, desafie-nos a ver Deus agindo em todos os acontecimentos, incluindo os detalhes de suas vidas. Encoraje-nos a agradecerem a Deus constantemente por isso e a dar toda a glória a Ele.

3. Invista em nós. Compre para nós livros que tiveram um impacto espiritual em sua vida, e se ofereça para estudar esses livros conosco. Ofereça-se para nos levar a conferências e a outros eventos cristãos. Os investimentos vocês fazemos em nossas vidas espirituais resultarão em ganhos eternos. “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás” (Ec 11:1).

Ajudem-nos. Assim como seu desprezo e concorrência podem nos atrapalhar no ministério e nos transformar em pessoas amarguradas, seu incentivo, correção, repreensão amorosa, cuidado, amor e carinho nos darão forças para crescermos como ministros melhores, mais fiéis e mais dignos do Senhor.

Autor: Por Yago Martins

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ativismo frenético - A cara de uma era!







"Ativismo! Muitos dizem: faça mais, faça mais... mas esse “mais” nunca será o suficiente. Como servo de Deus você deve lembrar a cada manhã que o que as pessoas mais precisam de você é a sua santidade pessoal.

Durante os primeiros 30 anos da vida de Jesus ele ficou quieto. Ele era um carpinteiro desconhecido que não estava fazendo "grandes" coisas para Deus. Ele trabalhou ao lado de seu pai usando as mãos para trabalhar a madeira, fazer a barba, consertou telhados, fez janelas...

Ele calmamente estudou as escrituras e cresceu em estatura com Deus e diante dos homens. Ele não tinha um ministério público. Ele não escreveu nenhum livro, não fez nenhuma "turnê" de conferências, não adotou um órfão, não doou 80% de sua renda, ou fez viagens missionárias... Ele amava o Senhor com todo o seu coração, honrou seu pai e sua mãe e ficou calado sobre seu propósito no mundo.

Jesus estava desperdiçando sua vida? Absolutamente não. Ele estava fazendo exatamente o que Deus o chamou para fazer. Enquanto suas mãos criavam calos nas tábuas ásperas de madeira, ele foi discretamente ganhando a nossa salvação, vivendo uma vida santa e justa que seria creditada a nós para sempre. Jesus, o carpinteiro humilde e fabricante de móveis. E por 30 anos ele ficou quieto.

Muito da agitação que atribuímos a Deus é mais expressão de nossa era do que de nosso chamado. Corremos tanto e nos vemos como tão importantes que a impressão que passamos é que o mundo irá desabar e o plano de Deus ruir quando nós morrermos.

Ficar quieto também é bom!


Autor: Josemar Bessa

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Um estado laico ...





Não sou contra a eliminação da frase "Deus seja louvado" das cédulas, como também não sou a favor. Mas calma! Antes que você, crente cheio do fogo, atire a primeira pedra, explico a razão: tenho mais o que fazer!

O que propõe o Ministério Público me parece mais falta do que fazer do que preocupação com a laicidade do Estado. É o tipo da coisa que, se mexer, vai virar angu. 

A frase representa evidentemente a opinião da maioria das religiões. As demais, aparentemente, nunca se incomodaram. Fosse assim, os ateus só pagariam suas contas com cartão (ponto pra VISA!) rs.

Porém, tenho que concordar com o MP. Eu me sentiria bem incomodado em receber uma nota com a expressão: "Louvado seja o Capiroto!". Se a moda pega na Índia, então... lascou. A nota nem caberia no bolso, tamanho o espaço necessário para a quantidade de deuses hindus.

Também não acho que a expressão "Deus seja louvado" tenha impedido algum deputado corrupto em receber propina. Improvável que alguém tenha lido a propaganda de Jeová na nota de cem, e tenha tido uma epifania da fé cristã. Acredito muito mais nos bons e velhos folhetos.

Enfim, aos crentes fervorosos que começaram suas campanhas contra a pseudo-perseguição religiosa, deixo-lhes um conselho: se o ímpio não vir Deus sendo louvado através de seu comportamento, não adianta lhe dar um milhão de cédulas. Ele vai continuar lendo sua vida!

Autor: Roger

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Fé é diferente de otimismo!






Vivemos numa época em que a igreja confunde pensamento positivo com fé. Mas é sutil, ao olharmos para os problemas da vida, da sociedade, da igreja... acharmos que o otimismo simplesmente é a chave...
Quem tem menos chance de sobreviver a um campo de prisioneiros de guerra? Provavelmente nenhum de nós experimentou tal situação... Quem tem menos chance de sobreviver?
Um otimista!

Espere antes de discordar. Segundo o general Stockdale, que foi mantido em cativeiro por oito anos durante a Guerra do Vietnã e foi torturado inúmeras vezes antes de finalmente ser liberto e voltar para casa, foi principalmente – quase em sua totalidade – os otimistas que não saíram de lá vivos.

Que explicação ele dá para isso? Ele diz: “Eles foram os únicos que disseram – ‘Nós vamos estar em casa até o Natal'. E o natal chegava e nada tinha acontecido. Então eles diziam, ‘Nós vamos estar em casa até a Páscoa’. E a Páscoa chagava e nada. ‘Estaremos em casa até o dia de Ações de Graças...’ Nada! E então seria no Natal novamente... E eles morreram de um coração partido e desiludido”

Mero otimismo é completamente diferente do que podemos chamar de fé realista: - “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” - Romanos 14:8

Em completo contraste com o que podemos chamar de falso otimismo, Stockdale atribui a sua sobrevivência a fé realista. Ele diz: “Você nunca deve confundir a fé que você por fim pode prevalecer sobre aquela situação, com o “otimismo” que faz esvair toda a disciplina para enfrentar os fatos mais brutais de sua realidade atual, seja o que ela possa ser no momento”. 

Isso que é que podemos chamar de O Paradoxo Stockdale – A fé supera o otimismo! Ou seja, abandonar a ideia que é apenas uma miragem no deserto. Que temos balas de prata para matar o monstro... que tudo simplesmente vai se ajustar... mas que somos chamados a perseverar em meio as aflições – “Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência” - Tiago 1:3 – “...e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.” - Romanos 5:2-4

Devemos aplicar esse princípio as nossas vidas, nossos ministérios... Muitas vezes tudo que os cristãos fazem é entreter otimismo sem fim na “próxima grande coisa” – na próxima “grande estratégia” – no próximo “grande método” – no próximo “grande avanço”... em suas vidas, igrejas... A consequência é o aumento do número de cristãos, pastores, igrejas... desiludidos. Como disse Stockdale, “morrendo de corações partidos”.

Só podemos evitar isso abandonando todo otimismo centrado na próxima grande coisa, ministério, personalidade... no próximo grande sermão, técnica, estratégia, contextualização, filme, música... achando que isso será o ponto de virada para corrigir nossa vida, igreja... Tudo isso nos tira da realidade e por fim explode em nossa cara.



Devemos enfrentar a realidade brutal em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas igrejas, em nossa sociedade... Tendo uma fé inabalável na Palavra de Deus. Na Sua promessa que não pode falhar de que ela nos fará perseverar: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória” - Judas 1:24 Irá edificar a Sua igreja: “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” - Mateus 16:18 Fará tudo cooperar para o bem daqueles que Ele chamou soberanamente: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” - Romanos 8:28 Quer vivamos, quer morramos:“Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” - Romanos 14:8

Otimismo não é fé. Mas a fé é otimista.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Cansei dessa Teo Sem Lógica




Cansado de teologia. É assim que me sinto. Cansado de ver um povo enganado, iludido, "declarando" e "profetizando" prosperidade. Cansado de ver tanta gente "bradando aos céus", "exigindo" e "cobrando" de Deus por promessas que o Todo Poderoso nunca fez. Durante nove anos vivi no meio de pessoas que "exalavam" fé. Uma fé sem resultados. Uma fé inútil.

Vi pessoas que não tinham dinheiro nem para pagar o ônibus que os levavam até a "igreja". E foram essas mesmas pessoas que deram a seus líderes dinheiro suficiente para comprar carros blindados e mandar os filhos estudarem no exterior.

Quanta incoerência! Enquanto esses líderes pregavam a tal "teologia" que os tiraria da crise financeira, as pessoas continuavam vivendo a mesma vida de dificuldades, e muitas vezes, com um certo "ressentimento" para com Deus, que não cumpria com aquelas promessas que saiam do púlpito.

Vi gente preocupada em combater o gafanhoto, sem perceber que este se apresentava com a bíblia na mão sobre o altar.

Em todos esses anos, vi uma teologia cheia de facilidades. Onde a porta larga conduzia ao céu e a estreita à perdição. Vi uma teologia onde o Espírito Santo fazia de tudo: fazia pessoas caírem no chão, rirem descontroladamente, falarem em línguas "estranhas"; só não fazia uma coisa: gerar arrependimento para santificação.

Vi ainda apóstolos. Auto-entitulados. Os que não eram auto-entitulados, foram ordenados por homens que eram. Vi homens se dizerem íntegros e "de probidade", mas eram corruptos e endemoninhados.

Conheci uma teologia que nos fez "deuses". Conheci uma teologia de mentiras, de palavras que voltam vazias, de profecias que não se cumprem nunca.

Conheci uma teologia de emocionalismos. De música de fundo na hora da oração que leva a emoção; De voz trêmula para gerar o choro; de teatro, de frases mentirosas como: "Eu sinto a presença de Deus", quando o que realmente se sentia era o desejo de manipular as pessoas.

Conheci uma teologia de orgulho e soberba. Uma teologia de homens que se diziam ser donos da verdade. Conhecedores da "revelação completa". 

Conheci uma teologia que subestima os reformadores. Afinal, sua "doutrina" é superior.

João 10:10 - “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Conheci a teologia criada pelo Demônio. A teologia que rouba o povo de Deus, mata os sonhos e destrói a confiança no Evangelho.

O mais triste, é que eu fui mais uma vítima desta teologia.

I Timóteo 4:1,2 - “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência”.

DEUS ME SALVOU DESSA TEOLOGIA.

Hoje, vivo a Teologia da verdade. A Teologia bíblica. A Teologia que não acrescenta nada a Palavra.

Vivo a verdadeira Teologia da Graça. A Teologia que não cobra nada de Deus. Pede pela "Sua misericórdia". Vivo a Teologia do Pai Nosso, a Teologia do arrependimento diário. A Teologia da gratidão a Deus. Hoje, vivo a Teologia que ao invés de buscar a bênção, busca o abençoador. Hoje, vivo uma Teologia que não distorce as Escrituras. Vivo a Teologia de Deus.


Pr. Walker R. da Cunha.

Ex- pastor Neo-pentecostal

Fonte: Monergismo
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