Mas não sabem os pensamentos do SENHOR, nem lhe entendem o plano que as ajuntou como feixes na eira. (Miquéias 4:12)
Sempre comentamos que há um plano e que Deus o conduz. Como podemos afirmar que há um plano? Que Deus está no controle de todas as coisas? É o que clamamos ao Senhor para nos ensinar nesta manhã.
Domingo passado nos voltamos para considerar a responsabilidade que pesa sobre cada um na escolha feita por Cristo. Fomos escolhidos para produzir frutos. É sempre oportuno reafirmarmos que fruto é o que manifestamos, e nunca o que recebemos. Equivocados estamos quando pensamos que nossa saúde, bens, conquistas pessoais são frutos. Nisto vemos a bondade de Deus e não nossos frutos. Nosso frutos são nossa vida, a maneira como nos relacionamos com o Santo, conosco próprio, com os outros, em nossas casas, no trabalho, negócios, na escola, faculdade. Isto define o fruto produzido. Assim, podemos aferir nosso fruto, pela imagem de Cristo que refletimos ao mundo. Nada valerá, nada mesmo, bradar aos quatro cantos ser cristão e manifestar virtudes mesquinhas, a linguagem mundana, a moral secular, o compartilhamento das obras das trevas, a fraqueza de caráter. Isto é próprio de católicos, espíritas, neopentecostais e demais seitas.
Hoje precisamos buscar argumentos, os textos que nos levem ao convencimento que a história humana é, em todos seus aspectos, o desenrolar de um grande plano, orquestrado e executado pelo Todo-Poderoso. Sei, não percorreremos exaustivamente os corredores dos palácios da sabedoria, mas espero que luzes que entram pelos vitrais sejam emanadas pelo Santo Espírito, de forma a sairmos daqui repletos da segurança celestial que há apenas em Cristo. O convencimento pelo convencimento, sem arrependimento não exalta o Senhor de toda a terra.
Caso tenhamos inscritos em nossos corações que ser santo é viver em novidade de vida, longe daquilo que éramos, podemos prosseguir, caso contrário, o arrependimento é a porta para descoberta da importância do plano de Deus, ou toda a audição será vã.
Voltemos ao início, voltemos à criação, Gênesis, nele percebemos que há uma ordem lógica na criação. O Senhor dispõe os reinos como se fossem camadas, cada uma subsistindo da anterior. Até ao ápice da criação do homem e mulher. Não podemos, sem venalidade, ignorar a inteligência na execução da criação, um plano para estabelecer a harmonia necessária para o início da vida.
Saímos da criação e logo nos deparamos com o registro surpreendente e inexplicável do pecado. De pronto, é tratado pelo Senhor com o derramamento do sangue inocente e pela promessa da vinda da Semente da mulher. Perceptível que o tratamento dado flui da perspectiva de que o acontecido era um fato possível. Mas uma vez nos deparamos com o fato irrefutável da existência de um plano. E, desta feita, envolve um aspecto mais profundo e particular das criaturas, e que afeta toda a esfera natural. Todos os eventos universais estarão em torno da vinda do Redentor:"que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade." (Isaías 46:10).
A seguir podemos percorrer as folhas do registro dos povos onde se dá o desdobramento da maldita opção feita pelo nosso pai Adão e em paralelo a bendita esperança do Redentor.
Passado de geração a geração nas noites escuras e frias das cercanias do Éden, chegou a ser contemplado por Jó, foi antecipado por Abrão na oferta de seu filho, cantado nos salmos do rei Davi, Moisés andou errante na certeza de encontrá-lo. E nos permitimos trazer o texto de Hebreus: "Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas". Novamente estamos diante do derramento de sangue inocente para livrar o povo de Deus. Na esperança de fugir da escravidão lançaram-se sob o sangue do Cordeiro Pascal, o Redentor prometido.
E nos permitimos novamente em trazer o texto de Hebreus: "Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa". Homens se santificaram diante da promessa da vinda do nosso Redentor.
Estes aspectos são suficientes para provar que estamos sob um grande plano, um plano imenso da redenção de nossas vidas? Isto comprova a existência de um plano que arregimenta todas as criaturas e os eventos, assim constrói a história humana? Tal resposta nos interessa sobremaneira. Sim, há um plano, ninguém pode fugir desta evidência, sem pagar um preço altíssimo. A vida do acaso não faz parte do mundo regido pelo Soberano, mas sim, a resposta rebelde, produto de mentes ímpias, uma maneira louca e inútil de esquivar-se da justiça de Deus. Não há fugas.
Ao aportarmos no livro João lemos a exultação de João, o batista, ao encontrar o Cristo de Deus: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29). Esta monumental parábola da vida está posta diante de nossos olhos. O Cordeiro Pascal, Jesus Cristo, viria para o mundo além das fronteiras judaicas, para derramar seu sangue para salvar pecadores. Um impensável plano redentor. Chegaria até aqui, em nossa floresta, chegaria às metrópoles, aos desertos, às montanhas, às geleiras e chegaria aos confins da terra.
Sim, há um plano, nele o Senhor Deus derrama o sangue inocente de seu próprio Filho em favor de rebeldes, de seus inimigos, duros inimigos. Daqueles que não aceitam plano algum, pois, julgam-se senhores de si mesmos. Mas nosso Deus os chama para estarem com Ele, para cantarem louvores eternos nos céus, para contemplarem sua maravilhosa face.
Sim, há um plano bendito para todo aquele que, de coração disposto, render-se braços ternos e poderosos do Senhor.
Sim, há um plano bendito para todo aquele que, de coração disposto, render-se braços ternos e poderosos do Senhor.
Ou para desgraça eterna, alguém pensar que o acaso é senhor de seus passos.
Conforme nossa oração, que a segurança celeste tome de assalto nossos corações e mentes e que saibamos que há um plano com nosso Deus absoluto e santo em seu controle. E o desfecho final será no céu com a multidão dos santos entoando louvores ao Altíssimo.
A Ele honra, louvor e glória de eternidade a eternidade
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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