sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Joguem o sapato no diabo ...

Por Renato Vargens

Existe um número incontável de cristãos “obcecados” pelo diabo. Para estes o cramulhão é culpado de todas as desventuras da vida. Basta um tropeção na rua, que a culpa é do cão, ou quebrar um objeto de estimação que o coisa ruim é acusado. Se porventura o cidadão levar uma bronca do chefe, é sinal de que o encardido está furioso.

Nessa linha tosca de pensamento uma igreja americana resolveu promover em seu culto uma "sapatada" ao diabo. (veja o vídeo  abaixo).

Pois é, diante de aberrações como essas fico a pensar como começou essa obsessão que se transformou em paranóia para uma boa parcela dos crentes. Da Bíblia é que não foi, até porque, comportamentos como estes não possuem o menor embasamento teológico. Isto posto lembrei-me do Apóstolo Paulo quando pegou um navio que foi sacudido por uma terrível tempestade. Na oportunidade, a nau perdeu o rumo, sofreu naufrágio e os tripulantes e passageiros que estavam a bordo quase morreram. Contudo, em nenhum momento se viu uma só palavra de Paulo culpando Satanás. Pelo contrário, antes do navio zarpar ele havia percebido condições climáticas que desaconselhavam a viagem, e com bom senso deduziu que seria melhor permanecer onde estavam.

Ora, infelizmente virou moda culpar o diabo pelos erros cometidos, em outras palavras isso significa que quando alguém peca a culpa é sempre do demo. Nesta perspectiva, o adultério, a prostituição, a ira, a inveja e outras coisas mais, deixaram de ser obras da carne, para se transformarem em investidas satânicas.

Caro leitor, o Senhor ensinou que a prostituição, o adultério, a malícia e todo tipo de pecado procede do coração do homem e que a prática de tais pecados se deve exclusivamente a natureza humana que é depravada e pervertida. A grande questão é que é muito mais simples culpar o encardido do que assumir erros. Na verdade, este é o problema de muitos: transferir responsabilidades, até porque, é mais fácil jogar a culpa é no diabo do que assumir falhas.

A luz disto pergunto: Que tal assumir seus erros diante de Deus? Davi é um claro exemplo de alguém que não culpou o demo por seus pecados, antes pelo contrário, rasgou a alma depositando diante do Senhor seus erros e pecados afirmando: "Pois eu conheço bem os meus erros, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti eu pequei, somente contra ti, e fiz o que detestas. Tu tens razão quando me julgas e estás certo quando me condenas" - Salmos 51:3-4.

Pense nisso!



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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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