domingo, 11 de julho de 2010

Falando sobre a reforma: Chantagem e extorsão




Chantagens e formas mascaradas de extorsão, sob a capa de cristianismo, certamente não constituem nenhuma novidade. Nem os charlatães.

Durante o período de trevas espirituais, na Idade Média, um monge crasso e carnal, chamado Johann Teztel, conseguiu induzir os cidadãos comuns de sua época a comprar indulgências( liberdades especiais do pecado, vendidas por certos individuos com o apoio do clero). Teztel pegou um certo católico romano extremamente complexo sobre o purgatório e reduziu-o a uma parelha de versos de efeito:
" Assim que soa a moeda no fundo do cofre, Sai do purgatório a alma que sofre "
Sua exposição era simples. De acordo com Teztel, qualquer um podia comprar o perdão de Deus, que os livraria do lugar chamada purgatório. Inacreditavelmente, milhares caíram no ardil. De fato, as massas - de monges a magistradados - saudaram a Teztel como um mensageiro de Deus. Capitalizando a insegurança espiritual deles, bem como seu analfabetismo bíblico, ele conseguiu fazê-los financiar seus projetos papais e seu próprio estilo de vida extravagante.

Embora métodos de Teztel de mercadejar o evangelho fossem ultrajantes, ninguém parecia disposto a desmacará-lo. Sua popularidade, apoiada pelo poder de Roma , parecia formidavel. Isto até que um monge , de nome Martinho Lutero entrou em cena. Lutero não suportava mais a chantagem de Teztel. Conforme Philip Schaff disse com propriedade: " Na qualidade de pregador, pastor e professor, ele [Lutero] sentia que era seu dever protestar... manter silêncio era trair a teologia e sua consciência". E assim, em 1517, Lutero afixou suas famosas Noventa e cinco Teses na paorta da Catedral de Witternberg.

Na linguagem de uma leigo, as noventa e cinco teses de Lutero protestavam contra a pilhagem dos pobres pelo papa. Nas teses 27 e 28, Lutero rotula a noção de que uma alma sairia do purgatório quando o dinheiro caísse nos cofres da igreja como uma pevertida prescrição de " Avareza e lucro".

Nas teses 45 a 66, Lutero expressa seu ultraje diante do fato de alguém tentar comprar o perdão de Deus por dinheiro. Ele denominou o sistema de arrecadação deles de " tesouros da indulgência". Por meio desse sistema os pregadores do perdão pescavam mesmo era a riqueza dos homens.

Nas teses 50 a 51, afirma que a verdadeira razão pelo qual Roma estava vendendo indulgência não era o bem estar dos santos, mas o bem estar finaceiro do papa e seu projeto preferido - a construção da Basílica de São Pedro. Assim, escreveu com grande paixão que a igreja Matriz em Roma seria melhor queimada até as cinzas, do que construída com pele, a carne e os ossos das ovelhas do papa.

Finalmente na sua tese 86, Lutero põe tudo na sua devida perspectiva quando indaga por que um papa rico, " cujas riquezas neste dia são mais amplas do que as dos mais ricos entre os ricos ", não construía a Basílica com seus próprios recursos, ao inves de extorquir o dinheiro escasso dos pobres.

A reação de Roma foi imediata e severa Lutero foi taxado de " filho do diabo" e de " um alemão bebado, que quando ficar sóbrio... mudará sua maneira de pensar". Mas Lutero não mudou a maneira de pensar. Banido do império e em posse duma bula de excomunhão, Lutero exibiu autêntica coragem, raras habilidades de comunicação e ricas convicções. Solicitado a retrartar-se, respondeu com estas famosas palavras: " Minha consciência está cativa da palavra de Deus... Aqui estou. Não posso agir doutro modo. Que Deus me ajude".

E Deus realmente o ajudou! A coragem de Lutero estabeleceu uma poderosa reforma que expôs todas as chantagens e extorsões que crassavam naqueles dias de trevas.

Atualmente, uma nova reforma é urgentemente necessária. A pilhagem dos pobres, santificada pelas bulas papais dos anos passados, é estranhamente smiliar, hoje, aos apelos duma nova geração de " papas da prosperidade". Teztel espoliava os pobres de seus dias prometendo-lhes libertação do purgatório. Os falsos mestres da atualidade estão engrupindo toda uma geração com promessas de liberdade da pobreza a prosperidade.


"Minha consciência está cativa da palavra de Deus... Aqui estou. Não posso agir doutro modo. Que Deus me ajude"


Fonte[ Cristianismo em crise ]

Autor[ Hank hanegraaff ]

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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