quinta-feira, 28 de julho de 2011

John Stott (1921 - 2011)

John Robert Walmsley Stott, um dos maiores mestres da teologia no mundo morreu hoje, em Londres, aos 90 anos. Uma perda muito grande para aqueles que se interessam pela verdadeira teologia.
Meses atrás, lendo uma entrevista com o velho mestre, o jornalista perguntou-lhe: "após tantos anos dedicados à igreja, como o senhor a enxerga hoje?" Stott respondeu: "vejo crescimento sem profundidade, muitos quilômetros de extensão, poucos centímetros de profundidade". Seu último livro, "O discípulo radical" (Editora Ultimato) é uma pérola para todos que buscam a piedade e a profundidade.
Eis algumas pérolas desse fantástico livro:
"Por que nossos esforços evangelísticos são ferequentemente desastrosos? Há várias razões, e não posso simplificar, mas uma das principais é que não perecemos com o Cristo que proclamamos". (p. 29)
"Deus plantou o jardim, mas colocou Adão nele "para o cultivar e o guardar" (Gn. 2.15). Isso é normalmente chamado mandamento cultural. Pois o que Deus nos deu foi a natureza, e o que fazemos com ela é cultura". (p. 46)
"(Mc. 8. 34, 35) 'Tome a sua cruz': Se estamos seguindo a Jesus, só existe um lugar para onde estamos indo: para a morte. (Assim como o crucificado no Império Romano, que, carregando a cruz, estava indo para a morte). Dietrich Bonhoeffer, em 'O custo do discipulado' escreveu: 'quando Cristo chama um homem, ele o convida a vir e morrer'". (p. 98)
John Stott foi um líder Anglicano britânico, conhecido com uma das grandes lideranças mundiais evangélicas. Serviu como Presidente da Igreja All Souls em Londres desde 1950. Estudou na Trinity College Cambrigde, onde se formou em primeiro lugar da classe tanto em francês como em teologia, e é Doutor honorário por várias universidades, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá.

Uma de suas maiores contribuições internacionais são os seus livros. Começou sua carreira como escritor em 1954 e escreveu mais de 40 títulos e centenas de artigos, além de outras contribuições à literatura cristã.

Entre os seus títulos mais famosos estão:
Cristianismo Básico.
Crer é Também Pensar.
Porque Sou Cristão.
A Cruz de Cristo.
Eu Creio na Pregação.
Firmados na Fé.
Cristianismo Equilibrado.
Entenda a Bíblia.
Cristianismo Autêntico.
O Perfil do Pregador.
Ouça o Espírito, ouça o mundo
Série "A Bíblia fala hoje" (ABU)
O Discípulo Radical


A sua obra mais importante, Cristianismo Básico, vendeu mais de 2 milhões de cópias e já foi traduzido para mais de 60 línguas. Billy Graham chamou John Stott de "o mais respeitável clérigo no mundo hoje".
John Stott partiu para encontrar-se com o seu Senhor. Esse singelo texto é uma tentativa de homenagear esse mestre fantástico, que, de tanto que li, sinto a perda em meu peito, como se meu professor amado tivesse partido.
Até à glória, mestre!
Fonte: Alan Brizotti

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ditadura Gay

 
Pessoal, há muito que não acompanho com regularidade o Ministério do Pastor Silas Malafaia - desaprovo muitos dos seus métodos, e também sua debandada para os lados da Teologia da Prosperidade.




No entanto, ele é uma voz poderosa em favor dos valores morais da Religião Cristã, e com uma disposição incrível de peitar a Ditadura Gay que alguns pretendem instaurar em nossa Nação. Neste particular o apoio, e quero reproduzir, para quem ainda não viu, uma palavra do Pastor Malafaia sobre a nova tentativa dos gayzistas em caçar o seu registro de psicólogo.

Dentre as acusações se cita uma propaganda que Malafaia espalhou pelo Rio de Janeiro, na qual se lia: "Deus criou macho e fêmea".Ora, meus queridos, essa frase não é invenção do Malafaia, mas foi dita pelo próprio Deus. Se hoje ele perseguem Malafaia, amanhã irão perseguir as Escrituras? Começarão por onde? Quem sabe primeiro a proíbam para menos de 18 anos; depois restrinjam sua leitura a templos e reuniões privadas; e quem sabe a proibam como se fez, com muitas justiça, ao "Minha Luta" de Hitler.
O link da Veja Online citado pelo pastor pode ser acessado AQUI.

sábado, 2 de julho de 2011

Verdade ou unidade; Qual é mais importante





Há uma ligação muito forte entre o que cremos, nossos símbolo de fé, e a prática da comunhão eclesiástica. Quando olhamos para o evangelicalismo moderno, constatamos uma grande dissociação entre comunhão cristã e fé (aquilo que confessamos). A verdade não é tida como mais importante do que a comunhão. Por isso, vemos uma geração de igrejas sem rumo, sem saúde, confusas, onde o que realmente importa, é serem todos “amigos“.

Gostaria, neste artigo, de tratar do valor que os Símbolos de Fé têm para a unidade da igreja. Há um tempo atrás, escrevi um artigo sobre a Unidade e a Verdade. Me espantou, em meio a tantos e-mails, a falta de compreensão em alguns cristãos sobre o valor da União na Verdade. No Salmo 119.105 lemos assim: Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos. Pois bem, sem a luz da Verdade, a Unidade jamais perdurará! Segundo Charles H. Spurgeon, união não pode se dar em detrimento da verdade.

Paulo Anglada, em seu livro Sola Scriptura: a doutrina reformada das Escrituras (Os Puritanos), aborda de modo muito interessante a indissolubilidade entre o que cremos e a verdade. Ele afirma: “uma igreja sem confissão é como um partido sem ideologia, como uma sociedade sem estatuto, ou como um país sem constituição. Não há coerência, nem unidade, nem estabilidade, nem fidelidade, nem disciplina”.
Você percebe a importância e a urgência das igrejas de nossos dias voltarem a se reunir em torno dos símbolos da fé cristã? A unidade somente será preservada em torno da verdade confessada.
Algo pouco difundido nas igrejas de hoje, é o fato das primeiras igrejas “evangélicas” terem se unido e se mantido firmes em torno de seus Símbolos de Fé. Foi a Confissão de Fé de Londres de 1644 e, depois, de 1689, que manteve grande parte dos batistas unidos no século 17. Ali, eles resumiam o que criam acerca das Sãs Doutrinas. Foi a Confissão de Fé de Westminster que testemunhou a fé dos primeiros presbiterianos e os manteve unidos também no século 17. Da mesma sorte, a Confissão Belga, o Catecismo de Heidelberg, dentre outros documentos comprometidos em exporem a Pura Palavra de Deus, serviram para unir as igrejas cristãs na Palavra, na Verdade, no Verbo, “que um dia se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).

A união não se dava por causa de tais documentos, mas por causa daquilo que eles ensinavam. Quando faltar o ensino – a pregação, a proclamação – faltará a esperança da unidade.

Aquilo que cremos acerca da Palavra de Deus é importantíssimo a fim de que consigamos caminhar juntos. Aquilo que cremos acerca da Santíssima Trindade é fundamental a fim de que possamos comungar juntos. Aquilo que cremos acerca da salvação é algo que, ou nos unirá, ou nos separará de modo taxativo.
A Igreja é de Deus! Ela não é nossa. Quantas comunidades nos nossos dias têm glorificado templos, amizades, líderes, estruturas, mas não glorificam a Verdade, o Caminho e a Vida. Cristo é a cabeça da Igreja de Deus, e Suas Palavras devem nos unir.

Infelizmente, muitas comunidades têm sobrevivido em torno da boa música que fazem, dos espetáculos dominicais, da amizade das “panelas”, e da supervalorização das tradições a serem mantidas. Infelizmente, tais comunidades não perdurarão por causa do amor à Palavra e por confessarem a mesma fé. Os Símbolos de Fé, aquilo em que creem, não será a base de sua amizade e comunhão.
Por isso, faria muito bem a todos que leem estas poucas palavras, que não nos esquecêssemos de que, enquanto peregrinamos nessa Terra, devemos perseverar em conhecer, amar e proclamar as Sagradas Escrituras. São elas que nos apresentam a Verdade! É a Verdade que nos une a Deus! E é a Verdade que, verdadeiramente, nos unirá um ao outro.


***
Wilson Porte Jr, no blog da Editora Fiel

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A necessidade mais urgente da igreja



Kevin DeYoung

Pastor, gostaria de saber se o senhor concorda com estes dois parágrafos do livro Pregação e Pregadores, de Martyn Lloyd-Jones:

Entretanto, em última análise, a minha razão é que a obra da pregação é a mais elevada, a maior e a mais gloriosa vocação para a qual alguém pode ser chamado. Se alguém quer conhecer outra razão, eu diria, sem hesitação, que a mais urgente necessidade da igreja cristã, na atualidade, é a pregação autêntica. E, visto que esta é a maior e mais urgente necessidade da igreja, evidentemente ela é também a maior necessidade do mundo. 1

Você crê nisso? Você crê que foi chamado à mais elevada, à maior e à mais gloriosa vocação para a qual alguém pode ser chamado? Você crê que a necessidade mais urgente da igreja não é melhores programas, melhores princípios de liderança, e sim melhor pregação? Você crê, pastor, que a melhor maneira de servir ao mundo é encher-se plenamente da Palavra toda semana e esvaziar-se na pregação todo domingo?
Eis a outra citação:

Estamos aqui com a finalidade de pregar esta Palavra; esta é a tarefa primordial. “Quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra.” Ora, nesta passagem as prioridades são estabelecidas de uma vez para sempre. Esta é a tarefa primordial da igreja, a incumbência primária dos líderes da igreja – aqueles que foram colocados nesta posição de autoridade. E não podemos permitir que qualquer coisa nos desvie disso, por melhor que seja a causa, por maior que seja a necessidade. Esta é, com certeza, a resposta direta a muito daquele falso pensamento e raciocínio a respeito destas questões, nesta época. 2

Isso é correto? Você crê que a tarefa primordial da igreja não é redimir o cosmos e fazer um céu na terra, e sim pregar a Cristo crucificado? Você crê que sua tarefa primordial, como líder de igreja, não é transformação cultural, e sim a proclamação do evangelho? Você crê que a Palavra de Deus fará a obra de Deus?
Lembre, pastor, quando você vai ao púlpito, no domingo, que você é conjurado na presença de Deus e Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, em sua manifestação e em seu reino: pregue a Palavra.
Blog: The Gospel Coalition – The Most Urgent Need in the Church


1 – Lloyd-Jones, D. Martyn. Pregação & Pregadores. 2. ed. São José dos Campos, SP: Fiel, 2008. p. 15.
2 – Ibid. p. 27.
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