sábado, 8 de dezembro de 2012

Se meu pecado não chamar pecado, não estarei pecando!







Durante muito tempo na igreja se  preocuparam em listar o que achavam ser pecado. Existia uma lista enorme dentro de um livro de regras denominacionais, inclusive quando comecei minha caminhada cristã em 2005. Recebi uma cartilha enviada por um amigo que proibia até de tomar café! Mas compreendo que essa listagem por pecados passou e vivemos um período atual em que nada é pecado! Na verdade o pecado hoje é você falar a palavra pecado aí acabou de pecar. Alguém vai dizer assim: - A igreja moderna hoje coloca na cartilha apenas como pecado não devolver o dizimo.  Talvez seja verdade isso!

Percebo que atualmente, as pessoas tem enfeitado a palavra pecado. Ele passa a ser algo disfarçado aparecendo com novos nomes e novas caras, mas trazendo o mesmo prejuízo para a alma humana. Algumas pessoas procuram psicólogos para tratarem seus pecados.  Sentam em uma cadeira e ouvem o profissional falar: - Você foi desapontado quando era pequeno, traz uma ferida na alma (blá blá blá). Tudo com intuito de fazer aquela pessoa se sentir melhor.

Isso tudo é besteira! Para pecado não existe novos métodos, soluções como plano B... Não!!!

O pecado continua sendo pecado, queira você chamar ele assim ou não. Esse inimigo da saúde da nossa alma, não foi alterado e precisamos tratar ele com firmeza. Não estou falando que devemos ser perfeitos. Antes, quero dizer que todo pecado conhecido deve ser nomeado, ser identificado, abandonado e que devemos depositar em Deus nossa confiança para se libertar dele.

Enfim, levando em conta que Deus é Santo e o pecado irrita Deus, acho muito coerente começarmos a confessar nossos pecados pelos seus nomes. Se você acha que ninguém te ver é um pobre coitado abandonado no mundo, o nome é : Auto piedade. Se você tem raiva de alguém e diz: Não suporto fulano. Cuidado o seu ódio pode te tornar um homicida contra seu irmão.

Conheço pessoas que sabem muito bem nomear pecados na vida de A ou B, mas nunca fez uma auto análise. Talvez seja esse o momento ? E só para te deixar mais tranquilo, saiba que o Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado!

No lugar de fingir que não peca ou de tentar disfarçar seu pecado como anônimo, comece a chama-lo pelo seu nome correto e livre-se dele pela graça de Deus.

Seguindo Cristo e morrendo todo dia

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Examine seu ministério






"A ordem de Jesus à Pedro foi 'apascenta as minhas ovelhas', não foi faça experiências com minhas cobaias, e nem ensine novos truques aos meus cães" C.S.Lewis


As vezes ouço as pessoas dizendo: - Ser pastor é moleza! Essa banalização me preocupa muito, por que a sociedade hoje ver claramente o ministério como um grande cabide de emprego, como quem diz: Se você não serve pra nada vire pastor. Infelizmente boa parte da culpa disso é nossa que temos vendido varias ideias falsas sobre o que é o serviço (ministério). Temos secularizado o governo na igreja... E claro não podia acontecer outra coisa! Essa secularização ocorre:

Quando se confunde a Igreja com propriedade particular, e aí cumpre-se o dito  na sociedade que diz que o problema de alguns pastores é “que eles fazem na vida pública o que fariam na privada!”



Quando encher os bancos (da Igreja) a qualquer custo é a meta, e encher os outros bancos é o objetivo; 

Quando pregar é uma diversão e nunca uma responsabilidade, e aí se usa as oportunidades para entreter e divertir e nunca para ensinar e conscientizar.


Quando as agendas cheias transformam tarefas, como aconselhar, em uma "prática" (e terrível!) declamação da sabedoria duvidosa dos gurus da auto-ajuda.


Quando ouvir o aflito e angustiado está fora de cogitação. É mais fácil dizer: "reúnam todos os quebrados aqui na frente que farei um clamor por atacado", e tudo resolvido...

Quando o referencial de gente bem sucedida é a classe política, os charlatões e os estelionatários da fé.


Quando estar acima da crítica é mais importante do que estar do lado da verdade.

Quando a relação com os demais obreiros é a de chefe e empregados, e nunca de companheiros na mesma luta. 


Quando se busca a própria glória, o tapinha nas costas, a bajulação


Quando não existe o menor esforço para ver Cristo formado nos irmãos


Quando a única reforma que se conhece é de tijolo e cimento, e nunca do pensamento e da vida


Quando o púlpito é o lugar mais escancarado da Igreja, que precisa ser ocupado por quem tem habilidade com manipulação das massas; e os métodos e as técnicas são mais apreciados do que conteúdo bíblico e teológico.


Quando os interesses e prioridades não são os de Cristo e do Reino, mas da cúpula e do império.



Enfim, é fácil ser pastor, quando se atropela a orientação da Palavra de Deus. Sim, é tudo muito fácil, "extremamente fácil", mas exige uma coragem imensa porque um dia se prestará contas ao Sumo-Pastor!

Deus tenha compaixão dessa geração de pequenos deuses, que nunca conheceram de fato o que é ministério - Serviço!

Na paz, 

Robson apenas servo

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

E tem gente que diz que cigarro não é droga



Entre os dias 26 a 30 de novembro, está sendo realizada na instituição onde trabalho a SIPAT (semana interna de prevenções de acidentes no trabalho), e uma das palestras foi sobre tabagismo. A baixo escrevo algumas das falas do palestrante e também no final da postagem as substancias que se encontram no cigarro:




NOVENTA POR CENTO DOS FUMANTES COMEÇARAM ANTES DOS 19 ANOS


Um dos principais objetivos da indústria do cigarro é fazer as pessoas acreditarem que fumar é uma decisão individual, o que funciona muito bem com os jovens de que fumando, eles vão ser mais sensuais, interessantes e aceitos. Você não acredita que isso é uma estratégia? Então leia o que diz um memorando dirigido ao vice-presidente de uma conhecida fábrica de cigarros:

"A marca Camel precisa aumentar sua penetração no grupo de 14-24 anos, que tem valores mais liberais e representa o mercado de cigarros amanhã."

Memorando de 1975 para C. A. Tucker, vice presidente de Marketing da R. J. Reynolds



A CORTINA DE FUMAÇA DA INDÚSTRIA DO CIGARRO

A estratégia para popularizar o uso do cigarro tem sido o marketing agressivo e a criação de uma verdadeira "cortina de fumaça", que esconde a verdade. O que acontece nos Estados Unidos e na Europa (as indenizações que os fabricantes de cigarro têm de pagar, a proibição da publicidade, etc.) nem sempre é conhecido em outros países, o que ajuda a indústria do cigarro a se expandir.



COM A PALAVRA, A INDÚSTRIA DO CIGARRO

Veja o que dizem alguns membros da indústria do cigarro:



"A nicotina causa dependência. Nosso negócio, então, é a venda de uma droga."

Addison Yeaman, da Brown & Williamson, 1963



"Para o principiante, fumar um cigarro é um ato simbólico. Eu não sou mais o filhinho da mamãe, eu sou durão, sou um aventureiro, não sou quadrado... À medida que o simbolismo psicológico perde a força, o efeito farmacológico assume o comando para manter o hábito..."

Philip Morris, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento, "Por que se Fuma", 1969



A VERDADE

"O cigarro não ser visto como um produto, mas como um pacote. O produto é a nicotina. Pense no cigarro como um distribuidor de uma dose de nicotina. Pense em uma tragada como o veículo da nicotina."

Drª Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) - Berlim, 27 de abril de 1999





NÃO SE DEIXE ENGANAR

Agora que você já conhece um pouco da estratégia da indústria do cigarro, não se deixe seduzir pelas belas imagens dos comerciais e dos anúncios. Fumar não deixa ninguém mais bonito ou interessante. A verdade é bem outra:cigarro é droga, causa dependência e mata.



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domingo, 25 de novembro de 2012

O nome de Deus é já?






Recentemente eu estava em um culto onde o pregador da noite pediu para abrirmos a Bíblia em Salmos 68:4, que diz:


Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é SENHOR, e exultai diante dele. Salmos 68:4 (Almeida Corrigida e Revisada)

Na Almeida Revista e Corrigida de 1995 vemos:


Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai sobre os céus, pois o seu nome é Jeová; exultai diante dele. Salmos 68:4

– Na minha versão tem Já ! Deus é o Deus que opera instantaneamente, que pode operar agora porque o Seu Nome é Já ! – Disse o pregador daquela noite.

Como pudemos observar, em algumas versões da Bíblia vem sendo corrigido, pois traduzem "JAH" como Senhor ou Jeová. Na Almeida Revista e Corrigida de 1981, "ainda muito utilizada", tem o nome JÁ – com as duas letras maiúsculas.


Sabemos que Deus na sua infinita soberania age quando quiser, e isso não temos dúvida! Deus age agora, mais tarde, amanhã, quem sabe é Ele a hora certa de agir! Também sabemos que Ele pode curar, batizar, salvar na hora da ministração da Palavra, mas, não podemos nos apropriar desse versículo para dizermos que o Senhor age de forma rápida, pois esta palavra "JAH"ou "JÁ" é uma forma resumida de "JAVÉ" (Yahzveh) "Jehovah" – aquele que existe por si só, o que É, o que ERA e o que HÁ DE VIR, – em português Javé ou Jeová, nome pessoal de Deus derivado do tetragrama hebraico YHWH. Lendo o livro do Pastor Ciro Zibordi "Erros Que Os Pregadores Devem Evitar" (recomendo), o Pastor nos deixou uma explicação bem clara quanto a isso – Na tradução espanhola de Casioãoro de Reina, está escrito: "... JAH es su nombre". A versão da Bíblia Rei Tiago, em inglês, apresenta: "... his name JAH". Em espanhol, "Já", no sentido de "agora", deveria ser: "Ya", e não "JAH". Em inglês, seria "Now". – Portanto, observamos que esse "JAH" em Salmos 68:4 não se refere a Deus agir agora, instantaneamente, mas sim a abreviação do nome de Deus.


Atualmente o que não falta são pregadores animadores de platéia, que não se preocupam mais em estudar aquilo que vão falar, mas se importam em fazer "apelo à emoção", fugindo do que a Bíblia nos dá base. Deus deseja que a sua verdade seja transmitida com integridade e com responsabilidade!


Por Gabriel Manuel

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Eu palpito e vos palpitais?? A inutilidade de abrir a boca as vezes!




“Considerem: Uma árvore boa dá fruto bom, e uma árvore ruim dá fruto ruim, pois uma árvore é conhecida por seu fruto. Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más. Mas eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados.” - Mateus 12.33-37.

As vezes fico pensando, como pode a gente ser tão rápido em abrir a boca? Temos um conselho para tudo! Alguém está  com febre e tossindo rapidamente damos o diagnóstico, nos tornamos médicos por correspondencia (e olha que a maioria nunca nem leu um livro de medicina), alguém vai construir, vixe surgem vários engenheiros de todos os lados; faça assim, faça daquele jeito (temo por que normalmente essas pessoas fizeram vários tipos de engenhocas nas suas próprias casas, tendo o retrabalho para estarem consertando em anos seguintes). Somos muito rápidos em abrir nossa boca e aconselhar, não é verdade? Mas por que será que boa parte dos nossos próprios problemas não conseguimos resolver? 

O x da questão está aqui, na maioria das vezes falamos daquilo que não sabemos! Afinal será que é tão vergonhoso assim, você ficar calado, levando em conta que nada sabe sobre o assunto? Reflexo disso está nos nossos púlpitos, pessoas que nunca entenderam o ministério de Cristo, mas insistem em falar... Concordo com um dos reformadores: "Deveríamos passar mais tempo lendo as escrituras e orando do que pregando"

Fora aqueles que se acham o dono da razão e quando questionados usam até palavrões para te responder, quando não lhe chamam de "filho do diabo ou fariseu" (muita gente nem sabe o que é um fariseu, na verdade).

E não é novidade que a calúnia e a maldade sempre vêm acompanhadas pelo gosto amargo da incompreensão. Gente que não suporta a diferença, o pensamento livre, a verdade sem misturas, prefere viver o ópio da religiosidade. Cantam suas cantigas egocêntricas e embriagam-se da fé que coloca o homem no palco, que busca aplausos, que destrói seus irmãos.

Como é bom receber respostas às reflexões, de gente que pensa diferente, que vê por outro ângulo, que me mostra outras possibilidades. Calvinistas, arminianos, teístas e tantos outros, enxergam coisas que eu simplesmente não vi na beira da estrada. Estes me escrevem e dizem: "Mas será que o texto tal não quer dizer..." - com respeito, educação, senso crítico. Assim, vou desenvolvendo minha fé, criando bases sólidas daquilo que creio, daquilo que a Bíblia diz.

Ah, mas como é desanimador receber respostas imbecis, insensatas, cruéis, totalmente destituídas de amor, baseadas na achologia. Gente que por sua ignorância não consegue (ou não tenta) interpretar textos tão simples como os meus. Sou apenas um cristão que decidiu pensar e escrever.

É claro que não sou dono da verdade, mas luto por ela.

Entendi que seria bem mais fácil se, ao invés de ficar recheando meus textos de versículos que sustentam minha fé, eu dissesse:"É como disse o apóstolo tal, o reverendo x ou o cantor y". Aliás, cheguei a seguinte conclusão: você pode falar até mesmo contra a Bíblia, só não mexa com meu cantor favorito!

Vejo tantos pregadores bradando: "o avivamento está chegando ou o avivamento já chegou". Bem , queria que isso fosse verdade, mas infelizmente o avivamento que vem vindo aí é de uma ignorância nunca vista com relação a bíblia e quanto mais heresias melhor... Já ouço o grito das multidões enlouquecidas, confundidas pelo seu próprio coração. Deus tenha compaixão de nós!

Mas que bom! Percebo que estou no caminho certo, afinal... cada um dá o que tem!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Consegue imaginar um não convertido no céu?




Por um momento, suponha que você, destituído de santidade, tivesse a permissão de entrar no céu. O que você faria ali? Que possíveis alegrias sentiria no céu? A qual de todos os santos você se achegaria e ao lado de quem se assentaria? O prazer deles não é o seu prazer; os gostos deles não são os seus; o caráter deles não é o seu caráter. Como você poderia sentir-se feliz ali, se não havia sido santo na terra?
Talvez agora você aprecie muito a companhia dos levianos e descuidados, dos homens de mentalidade mundana, dos avarentos, dos devassos, dos que buscam prazeres, dos ímpios e dos profanos. Nenhum deles estará no céu.
Provavelmente, você ache que os santos de Deus são muito restritos, sérios e individualistas; e prefere evitá-los. Você não encontra nenhum prazer na companhia deles. Mas não haverá no céu qualquer outra companhia.
Talvez você ache que orar, ler a Bíblia e cantar hinos são realizações monótonas e estúpidas, coisas que devem ser toleradas aqui e agora, mas não desfrutadas. Você reputa o dia de descanso como um fardo, uma fadiga; provavelmente, você não gasta mais do que um pequeníssima parte deste dia na adoração a Deus. Lembre-se, porém, de que o céu é um dia de descanso interminável. Os habitantes do céu não descansam, noite e dia, clamando: “Santo, santo, santo é o Senhor, Deus todo- poderoso” e cantam todo o tempo louvores ao Cordeiro. Como poderia um ímpio encontrar prazer em uma ocupação como esta? 
Acima de tudo, você acha que um ímpio se regozijaria em ver Jesus, o Crucificado, face a face, depois de viver preso nos pecados pelos quais Ele morreu, depois de amar os inimigos de Jesus e desprezar os seus amigos? Um ímpio permaneceria confiantemente diante de Jesus e se uniria ao clamor: “Este é o nosso Deus, em quem esperávamos… na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Is 25.9)? Ao invés disso, você não acha que a língua de um ímpio se prenderia ao céu de sua boca, sentindo vergonha, e que seu único desejo seria o ser expulso dali? Ele haveria de sentir-se estranho em um lugar que ele não conhecia, seria uma ovelha negra entre o rebanho santo de Jesus. A voz dos querubins e dos serafins, o canto dos anjos e dos arcanjos e a voz de todos os habitantes do céu seria uma linguagem que o ímpio não entenderia. O próprio ar do céu seria um ar que o ímpio não poderia respirar.
Eu não sei o que os outros pensam, mas parece claro, para mim, que o céu seria um lugar miserável para um homem destituído de santidade. Não pode ser de outra maneira. As pessoas podem dizer, de maneira incerta, que “esperam ir para o céu”, mas elas não meditam no que realmente estão dizendo. Temos de ser pessoas que possuem uma mentalidade celestial e têm gostos celestiais, na vida presente; pois, do contrário, jamais nos encontraremos no céu, na vida por vir.
Agora, antes de prosseguir, permita-me falar-lhe algumas palavras de aplicação. Pergunto a cada pessoa que está lendo este artigo: você já é uma pessoa santa? Eu lhe suplico que preste atenção a esta pergunta. Você sabe alguma coisa a respeito da santidade sobre a qual lhe estou falando? Não estou perguntando se você costuma ir regularmente a uma igreja, ou se você já foi batizado, ou se você recebe a Ceia do Senhor, ou se tem o nome de cristão. Estou perguntando algo muito mais significativo do que tudo isso: “Você é santo ou não?”
Não estou perguntando se você aprova a santidade nos outros, se você gosta de ler sobre a vida de pessoas santas, de conversar sobre coisas santas, de ter livros santos em sua mesa, se você sabe o que significa ser santo ou se espera ser santo algum dia. Estou perguntando algo mais elevado: “Você mesmo é um santo ou não?”
E por que eu lhe pergunto com tanta seriedade, insistindo com tanto vigor? Faço isto porque a Bíblia diz: “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Está escrito, não é minha imaginação; está escrito, não é minha opinião pessoal; é a Palavra de Deus, e não a do homem: “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Que palavras perscrutadoras e separadoras são estas! Que pensamentos surgem em meu coração, enquanto as escrevo! Olho para o mundo e vejo a maior parte das pessoas vivendo na impiedade. Olho para os cristãos professos e percebo que a maioria deles não têm nada do cristianismo, exceto o nome. Volto-me para a Bíblia e ouço o Espírito Santo: “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Com certeza, este é um versículo que tem de fazer-nos considerar nossos próprios caminhos e sondar nossos corações; tem de suscitar em nosso íntimo pensamentos solenes e levar-nos à oração.
Você pode menosprezar estas minhas palavras, dizendo que tem muitos sentimentos e pensamentos sobre estas coisas, mais do que muitos podem imaginar. Entretanto, eu lhe respondo: “Isto não é mais importante. As pobres almas no inferno fazem muito mais do que isto. O mais importante não é o que você sente e pensa, e sim o que você faz”.
Você pode argumentar: “Deus nunca tencionou que todos os cristãos fossem santos e que a santidade, conforme a descrevemos, é apenas para os grandes santos e para pessoas de dons incomuns”. Eu respondo: “Não posso encontrar este argumento nas Escrituras; e leio que ‘a si mesmo se purifica todo o que nele [em Cristo] tem esta esperança’” (1 Jo 3.3). “Segui… a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Você pode argumentar que é impossível ser santo e, ao mesmo tempo, cumprir todos os nossos deveres nesta vida: “Isto não pode ser feito”. Eu respondo: “Você está enganado”. Isto pode ser feito. Tendo Cristo ao nosso lado, nada é impossível.
Outros já fizeram isto. Davi, Obadias, Daniel e os servos da casa de Nero, todos estes são exemplos que comprovam isto.
Você pode argumentar: “Se nos tornássemos santos, seríamos diferentes das outras pessoas”. Eu respondo: “Sei muito bem disso. Mas é exatamente isso que você deve ser. Os verdadeiros servos de Cristo sempre foram diferentes do mundo que os cercava — uma nação santa, um povo peculiar. E você tem de ser assim, se deseja ser salvo!”
Você pode argumentar que a este custo poucos serão salvos. Eu respondo: “Eu sei disso. É exatamente sobre isso que nos fala o Sermão do Monte. O Senhor Jesus disse, há muitos séculos atrás: “Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7.14). Poucos serão salvos, porque poucos se dedicarão ao trabalho de buscar a salvação. Os homens não renunciarão aos prazeres do pecado, nem aos seus próprios caminhos, por um momento sequer.
Você pode argumentar que estas são palavras severas demais; o caminho é muito estreito. Eu respondo: “Eu sei disso; o Sermão do Monte o disse”. O Senhor Jesus o afirmou há muitos séculos atrás. Ele sempre disse que os homens tinham de tomar a sua cruz diariamente e mostrarem-se dispostos a cortarem suas mãos e seus pés, se quisessem ser discípulos dEle. No cristianismo acontece o mesmo que ocorre em outros aspectos da vida: sem perdas, não há ganhos. Aquilo que não nos custa nada também não vale nada.
***
J.C. Ryle (1816-1900) serviu por quase 40 anos como ministro do Evangelho. Foi um escritor prolífico, um pregador vigoroso e um pastor fiel. Muitas de suas obras têm sido reeditadas e servido como fonte de instrução e consolo para o povo de Deus. A Editora Fiel publicou algumas de suas obras em português: o clássico “Santidade”; “Uma palavra aos moços”; “Fé genuína” e os quatro volumes de meditações nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Leia mais sobre J.C. Ryle no “Projeto Ryle“.
Fonte: Editora Fiel

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Reflexão: A presença de Deus!







Êxodo 33:18 “ Rogo-te que me mostres a tua Glória "


“Clamou Moisés a Presença do Senhor Deus: Se a tua Presença não for comigo não me faça subir deste lugar” (v.15).



A presença de Deus é muito importante na nossa caminhada diária, fico triste quando percebo que algumas pessoas associam a presença de Deus aos cultos apenas; o que seria de nós se isso fosse verdade? Mas talvez isso explique muito bem a maneira que alguns crentes vivem... Supostamente triunfam no culto domingo, ao som de: Recebaaaaaaaaaaaaa. - Brada o pregador. Mas na segunda vivem como se estivessem longe da presença de Deus, essas pessoas deveriam entender que a presença de Deus está em todos os lugares. Isso é onipresença! Na igreja dizem que a presença de Deus é marcada pelo sobrenatural e  por nos dar (nem que por alguns instantes) um gostinho do seu poderio, mas isso não é o principal, quando percebo que vivo na presença de Deus e não apenas no domingo; percebo que ela me traz  paz, uma doce paz nesse mundo de caos. Aliás, quando percebo a presença de Deus ao meu redor, o caos vira ordem. O medo do amanhã desaparece e meu coração se enche de esperança. O chão se torna firme como uma rocha!


Moisés entendeu que anjo algum poderia substituir a presença de Deus (pobres crentes anjólatras...). Davi clamou por misericórdia e desprezou suas posses, seus cavalos, seu poderio... pediu apenas que Deus não retirasse a Sua presença.

Por tudo isso, entendo que o maior desafio para o homem de hoje é perceber a presença de Deus em lugares improváveis. Digo "desafio" pois a maioria dos colegas pregadores insiste em me dizer o seguinte:





1. A presença de Deus depende de LUGAR 

"Irmãos, estou sentindo algo diferente AQUI nesse púlpito!"


"Jerusalém ou Gerizim?", perguntou a samaritana. 

A ideia de que há um lugar mais santificado em detrimento de outros é antiga. Talvez o púlpito mais elevado não seja apenas para que todos possam ver os ministros, mas para que os vejamos de baixo para cima.

Acostumamo-nos a cantar "Quando aqui cheguei o meu Senhor já estava" por conta dessa ideia de lugar santo. Pedimos para Jesus: "Óh, vem... e toma o Teu lugar" talvez porque se tenha a sensação de que a presença de Deus é algo distante. Que chega. Que aparece. Que se invoca.

Ele já está presente entenda!

2. A presença de Deus depende da minha VONTADE 

"Vou contar até três e você vai sentir algo diferente aí..."."Despede-nos na Tua paz, Senhor". 

"Irmãos, Jesus acabou de entrar por aquela porta!" - Além de chegar atrasado, ainda nos faz de idiotas por todo esse tempo que estamos cantando (rs).

Recentemente, conversava com um jovem pregador, que me dizia como era difícil fazer o "fogo cair".  Muitos pregadores atuais, sustentam essa ideia em seus "Shows", e a quem diga: - Fulano é pregador para festas! Quanta loucura, as vezes vejo algumas cenas que parecem mais ginastica laboral do que pregação; levante a mão, levante o pé, fale isso, faça isso, só recebe se fizer... Deus tenha compaixão! Realmente alguns jovens pregadores estão carregando uma carga muito pesada em  "fazer o fogo cair", até mesmo por que o espirito Santo está entre nos, ele vai descer de novo? Deveríamos apenas pregar a palavra! Convencer pecadores é uma ação do Espirito Santo, não nossa! Quando as pessoas entenderem isso a carga pesada vai sumir.

E o pior é que, aquilo que a princípio parece apenas um erro coloquial é na verdade um péssimo sintoma da superficialidade. Acredita-se que tal pregador ou pastor "faz a igreja pegar fogo". 




3. A presença de Deus depende da minha SANTIDADE 

"Ouvi dizer que esse pastor passa dias em jejum antes de ministrar. Por isso que quando Ele prega Deus se faz presente."

Alguém  me disse esses dias que "só quem não entende a graça é que a usa como desculpa para pecar". Posso acrescentar que aqueles que "não pecam" também não entenderam. Acreditar que a presença de Deus "chegou" porque busquei-o a madrugada inteira é pura mediocridade. O filho pródigo já nos deu o recado: não é pelo que eu fiz, nem pelo que deixei de fazer, Ele me ama porque sua essência é amor.

Ele está pela sua graça , não pelos meus méritos.




4. A presença de Deus depende de meus TALENTOS 

"Senhor, mas em Teu nome expulsei demônios, cantei no coral, toquei na orquestra, preguei no congresso... Como Você pode não lembrar de mim?"

Alguns firmam-se tão fortemente em seus dons e talentos que não temem mais o pecado. "Eu não tenho medo de capeta nenhum...". Dessa forma, tornam-se vulneráveis a qualquer tipo de lascívia ou à sedução do poder, prestígio, status. Precisamos entender que os talentos são ferramentas nos dadas como verdadeiros presentes, a fim de que estes edifiquem a igreja. Passaporte pro Céu é sangue carmesim!


É preciso entender ...

Deus está aqui nesse exato momento. Me inspirando, me ouvindo, me dizendo, me olhando. Agora riu comigo. De emoção, verti uma lágrima... Parece que Ele riu de novo. Pelo menos por agora não me importa se Ele vai preparar um novo emprego, um novo cargo, uma nova história... Quando simplesmente entendo que Ele está, tudo fica mais fácil.

Não é uma questão de esforço, é fé. Pura e simples. E se preciso de apenas um grãozinho de mostarda, tenho plena convicção de que o tenho. Não quero anjo, não quero chave, não quero folhinha pegando fogo... quero paz! Aquela que excede todo o entendimento e me traz, como uma brisa suave, a convicção de que Ele está, independente de mim.

Ele está sempre presente e graças a Deus por isso!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Evangelho no estilo brasileiro de ser





Quando era pequeno adorava ler e lia de tudo realmente. Um dos personagens que mais me chamava atenção nas historias em quadrinhos era o Zé Carioca! Interessante que naquele tempo ria de suas trapaças e achava engraçado, mas hoje percebo que infelizmente ele é o espelho que reflete muito bem o caráter cultural da nossa sociedade. Será que vocês já ouviram a expressão: O jeitinho brasileiro de ser? Se já ouviram isso compreendem o que pretendo falar nesse post (...)



É triste se constatar que o evangelho no Brasil, mesmo importando tantos modismos e heresias gringas, também faça uso das mazelas nacionais. Percebo isso não apenas quando o assunto é ofertar, e a máxima, chavão tão consagrado em nosso meio, volta à tona: "Aquilo que você ofertar, Deus lhe restituirá em dobro", ao que se segue com o grupo de louvor entoando vorazmente: "Restitui! Eu quero de volta o que é meu..."


Não! Já não basta-nos o simples prazer e privilégio de ir à Casa do Senhor adorá-lO pela Sua misericórdia e bondade. É preciso algo mais... um motivo "maior". Na busca ou na invenção de tal motivo, ouve-se de tudo:


"Venha para a Casa do Senhor, pois Ele tem uma bênção para você!"


"Vamos trabalhar para Jesus, irmãos, pois nossa obra tem uma recompensa!"


"E para você que é parceiro fiel de nosso ministério, vamos fazer uma oração forte..."


Perceba que na maioria dos exemplos acima há certa verdade, mas que pode ser sutilmente adulterada sob a pretensão de fé, "Um capitalismo disfarçado de fé".


Porém, a sutileza vem à tona e se desfaz quando vemos uma igreja que precisa justificar toda a sua adoração. Espera-se ansiosamente até que o pregador fale algo "positivo" para que se dê um brado de vitória. Os testemunhos de prosperidade vêm para atestar o bom investimento no Reino. Há ainda a garantia do retorno de todo o seu empenho quando canta-se: "Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim todos os sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim".


Fico imaginando o que seria de Nínive se Deus não se arrependesse da promessa que fez pela boca de Jonas depois de sentenciá-la... ou dos israelitas que morreram no deserto e não entraram na terra prometida... e de todos os heróis do capítulo 11 de Hebreus que "viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido" (v. 13). Bom, talvez o Rei Ezequias tenha cantado essa música depois que o Senhor mudou de ideia quanto à data da sua morte (II Re. 20).


Sim, eu creio que Deus é fiel, e sei que mesmo eu sendo infiel, Ele permanece assim. Porém, creio que Ele é Deus e se decidir não cumprir algo que tenha me prometido, quem exigirá dele alguma explicação? Philip Yancey diz que explicações de Deus para nós é como tentar explicar a teoria da relatividade a alguém que não sabe o que é um átomo.


Não, Deus não é mentiroso. O que promete, cumpre. Mas preciso entender que Ele cumpre por amor à Sua palavra, e que não há qualquer garantia de vida enquanto Deus não cumprir, fosse assim, daria pra saber mais ou menos a data de nosso próprio velório, não é!? (rs).


O verdadeiro adorador não precisa de "incentivos" para adorar. Não me importa se o dia da minha vitória é hoje, pois "Deus marcou na agenda e não passa de hoje, não!" - minha adoração independe disso. Eu não preciso de mais uma pílula de ânimo de "eu sei que chegará minha vez". Também não quero fechar os olhos para os perdidos cantando: "Ainda bem que eu vou morar no céu" enquanto eles caminham a passos largos pro inferno.


Enfim, cansei de ser o queridinho de Jesus! Basta-me ser reconhecido como filho, mesmo tendo sido adotado. Que alegria ser co-herdeiro das bênçãos de Deus por Seu filho Jesus. Que privilégio poder chamá-lo de Abba! Toda glória seja Àquele que está guardando meu galardão. Pra mim, bastaria abraçá-lo.


No amor de Cristo sem jeitinhos,

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Meu nome é ...?




Dizer que os nomes na sociedade atual não possuem muito valor, não seria muita novidade! Observem: - No banco, somos correntistas, no processo eleitoral somos eleitores, na igreja, somos irmãos, na rua somos você, na sala de aula somos alunos ... E a carência é tão grande por ser chamado pelo nome, que as vezes chamamos alguém pelo nome e a pessoa se surpreende dizendo: - Não sabia que você conhecia meu nome!


O problema principal disso tudo é que estamos sendo reduzidos a números, quando falamos na igreja irmãos; não que seja uma expressão errada, mas irmão pode ser qualquer um dentro da igreja, surge uma leve impressão que Ignoramos a identidade das pessoas e reduzimos todas a números da maneira mais fria possível. 


Quase todos sabem que tudo o que possuímos nessa vida é ilusório. Aquilo que aparentemente é nosso ficará aqui, mesmo depois que partirmos, pois dessa vida nada se leva. Porém, algo continuará sendo meu por longos anos em minha lápide - o meu nome. Dentre as muitas qualidades, traços e trejeitos que nos diferem, o nome é com certeza algo especial. Não me orgulho da semelhança dele aos atores de novela mexicana, mas sem dúvida me sinto querido quando me tratam por ele.


Em todos os lugares públicos ou mesmo privados tentam me adular chamando-me de "senhor", "vossa senhoria", "caro cliente"... chamam-me até de "pastor". Mas nenhum desses pronomes é mais pessoal ou amigável do que meu próprio nome. "Robson", "Ro" ou "Robinhoooo" são abreviações que me trazem pra perto, me fazem sentir-se em casa. No mínimo, despertam minha atenção.

Alguns dias atrás aqui no hospital onde trabalho, foi chamado no som um numero! No qual diziam: - 3835 favor comunicar-se com o setor de RH. Quando ouvi isso no som fiquei surpreso, pois o funcionário estava sendo chamado pelo numero de seu registro, poderia ser qualquer um. Depois de alguns minutos repetiram no som novamente: - 3835 favor comunicar-se urgente. Ouvi no som pela segunda vez, e fiquei imaginando um armário cheio de pastas numeradas de funcionários que já foram embora e outros que ainda trabalhavam na empresa sendo representados por um número apenas. Será que um número, pode contar a historia de vida do funcionário? falar de onde ele veio? quem ele foi? como trabalhou? qual era a  sua motivação? .... Será? 



O pior de tudo, foi que ao levantar meu crachá percebi que o numero 3835 era eu... Era meu número! Não sei explicar direito, mas naquele momento me senti na prisão como o preso que é representado por um número, no qual a sua historia ou seu nome pouco importa, ou um laboratório, pra falar a verdade não sei... Mas tenho certeza de uma coisa um número nunca poderá descrever quem de fato é uma pessoa, isso lhe rouba sua identidade.


É triste quando não temos nome, não somos indivíduos. Sou mais um trabalhador, ou o tal 3835. Dá uma impressão de perda daquilo que considero o único atrativo de valor: minha individualidade. Não quero ser um número ou uma pasta em um arquivo que tem meia duzia de documentos. Ele não ama, não sente, não perdoa, nem se machuca. Quero ser simplesmente o Robson. Não o "Sr. Robson". Também não quero ser "o 3835". Quero ser eu mesmo. Meu numero de registro pouco importa.

Enfim, se você ver minha identidade por aí, diga-lhe que estou com saudades daquele tempo que brindávamos ao som do "Bom dia, Robson!". Diga-lhe que na frente do meu crachá está o meu nome, sem vergonha, mas com muito orgulho. Diga-lhe também que Susan Boyle mostrou-me esses dias que não preciso ter vergonha do lugar onde moro, das roupas que uso ou do meu cabelo, mas que posso fazer com simplicidade que meu nome seja sempre lembrado, não por aquilo que tenho, mas por aquilo que sou.


Na paz sem mascaras ... Assim como sou!
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