sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rock In Rio e a morte do caráter brasileiro

Sábado com chuva na cidade do Rock

No último domingo (28/09/11) alguns jornais noticiaram um evento que me deixou completamente pasmado. Não! Não foi a axé no Rock in Rio e nem o grupo satanista que lá tocou... Disto eu já sabia!

Trata-se de uma nota emitida pela Fundação Cacique Cobra Coral, uma entidade presidida pela médium Adelaide Scritori, que afirma incorporar o espírito do Cacique Cobra Coral, entidade capaz de influenciar o clima. Parece que o demônio faz chover, acalma tempestade e gosta de uma lantejoula - só não brinca com o povo escolhido de Deus que ele não é besta!

Já é de domínio público que tanto o governo do estado do Rio de Janeiro, quanto à prefeitura da capital fluminense são contumazes clientes destes serviços. Não só isto: A tal presidenta médium é figura carimbada do jet-set da cidade maravilhosa. Riquíssima, dizem. Sua fama obtida nestes eventos lhe serve de propaganda entre os endinherados da cidade que sempre precisam urgentemente de alguma coisa nova na bandeja de prata... Eu sei. Eu vi de perto este hedonismo extra plus típico das coberturas duplex da orla carioca... (oi vei... 1)

Médium Adelaide Scritori
Este ano, a medium (foto) foi contratada para evitar a chuva no reveillon na praia de Copacabana e no show de Roberto Carlos.

No ano passado diante da tragédia na Serra, alguns noticiosos lembraram desta associação inusitada e, para o espanto geral, foi divulgada uma nota dando conta que a tal fundação não tinha tido seu convênio renovado , dai que não poderia responder "pela falta de aviso prévio” ou mesmo pelo impedimento da catástrofe. (oi vei... 2)
A tal nota emitida ontem era, na verdade, uma justificativa da tal Fundação Cacique Cobra Coral que foi contratada pela organização do ROCK IN RIO, que resolveu contar com demônios nacionais para garantir a festa de alguns satanistas internacionais e baianos que lá se apresentaram sem qualquer disfarce.

A nota informa que a chuva do sábado deveu-se ao fato de um dos carros do grupo não estar credenciado (uma falha de comunicação astral, risos.): " tínhamos 30 minutos para entrar na Cidade do Rock, fazer o que precisava ser feito e voltar à nossa base, montada na cidade, para distribuir a chuva por toda a cidade, para evitar enchentes. Por falta do adesivo no carro, não tivemos acesso. Com o tempo escasso, retornamos à base e priorizamos a cidade". Na sexta e no domingo a equipe conseguiu entrar normalmente no evento e a chuva não atrapalhou a festa.

Eu confesso que não sabia que demônios podiam controlar o tempo... Mas, provavelmente, devem saber antevê-lo, dai que, quando não vai dar para solucionar a parada, o médium some com o adesivo, do carro, perde o documento do convênio, tira férias, mês sabático, etc... Mas uma coisa eu sei: Muitos poderes se levantam para enganar a muitos e, os enganados, seduzidos - pobres coitados-, já foram condenados, pois não creram na verdade e foram atrás de mentiras para satisfazer a sua carnalidade. Leiam Tessalonicenses.
Danilo Fernandes

sábado, 24 de setembro de 2011

Como você enfrenta as magoas?

Conheço um homem que foi incrivelmente torturado por sua fé em Cristo. Quando estava sofrendo a tortura, ele fez questão de orar pelo indivíduo (ou indivíduos) que o torturavam. Ao recobrar a liberdade, ele voltou para a civilização como um homem normal, humano, compassivo. Li sobre um outro que passou por circunstâncias semelhantes, mas que saiu da sua provação um homem espiritualmente ferido – amargo e cheio de ressentimentos.

A maneira como reagimos às mágoas e desapontamentos influi na formação de nossas personalidades, podendo também afetar profundamente nossas famílias e amigos. Às vezes, ficamos recalcados, defensivos ou vingativos. Embora possa parecer estranho, freqüentemente, as crianças que foram maltratadas quando crescem se tornam pais pouco carinhosos. Poder-se-ia imaginar que o efeito seria o contrário – que uma criança que tivesse passado por mágoas e sofrimento estaria resolvida a ser o tipo de pai ou mãe que jamais tivera.

Alguns anos atrás, ganhamos uma cadelinha São Bernardo na Suíça. Na primeira semana que passou conosco, ela caiu da varanda do segundo andar e quebrou a perna. Ainda tenho no dedo a cicatriz deixada pela mordida dela, quando fui socorrê-la. Muitas pessoas magoadas mordem a mão estendida para ajudar.

Podemos reagir à mágoa negativa ou positivamente, egocentricamente ou voltando-nos para Deus. Os últimos nos darão uma nítida perspectiva da situação e promoverão o desenvolvimento de uma personalidade mais sadia.

Billy Graham
In: A segunda vinda de Cristo
Via: [5 solas]

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

“Cristãos” que ficam endemoninhados

É comum ouvirmos telemissionários, telebispos e telerreverendos dizendo à sua plateia: “Agora o missionário vai orar por você. Ponha a mão na sua cabeça”. Em seguida, afirmam: “Demônio, pegue o que é seu e saia”. Pode um cristão ficar endemoninhado? Têm os agentes do mal alguma influência sobre a vida dos servos de Deus?

Tenho visto “cristãos” ficarem endemoninhados ou serem pelo menos influenciados pelos agentes do mal, mas o verdadeiro cristão, que se sujeita a Deus e é vigilante, resiste ao Inimigo e prevalece sobre as forças do mal (Tg 4.7; 1 Pe 5.8,9; Lc 10.19). Segundo a Bíblia, o Diabo pode agir na vida de uma pessoa por possessão ou por influência. Possessão é o estado de quem está endemoninhado. Já a influência é o ato ou o efeito de oprimir ou exercer pressão sobre alguém, a fim de induzi-lo a alguma atitude contrária à vontade de Deus. Só pode ficar possessa uma pessoa que nunca teve ou perdeu o Espírito de Deus em sua vida.

Para a ciência, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, o que também se aplica espiritualmente: “E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau da parte do Senhor” (1 Sm 16.14). Note: quando o Espírito saiu de Saul, um espírito maligno teve permissão de Deus para agir imediatamente naquele rei de Israel. Não há como alguém estar possuído pelo Espírito Santo e por espíritos malignos, ao mesmo tempo (Jo 8.49; 1 Jo 4.4).

Mas uma pessoa que tem o Espírito Santo pode ser influenciada por demônios, induzida ao erro. Não foi isso que aconteceu com o apóstolo Pedro? Depois de ele ter feito uma importante declaração, o Diabo, por influência, o induziu a dar a Jesus um conselho nada condizente com a vontade de Deus (Mt 16.16,22,23). Além disso, nem todos os que se dizem cristãos são transformados, libertos. Existem os
“cristãos” reformados, conformados e deformados.
É claro que, se um cristão autêntico não vigiar, pode até ser influenciado pelo Maligno. Mas, quando um
“cristão” fica possesso por demônios, é porque se trata de um desviado da fé, da verdade, do Senhor, o qual se tornou um ímpio, maldizente, soberbo, rebelde, desobediente à Palavra, etc. Em resumo, só podem ficar possuídas por demônios: as pessoas não-cristãs, isto é, que ainda não foram salvas por Jesus Cristo; e os “cristãos” desviados ou apóstatas, que dão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1).

Por outro lado, pode um cristão de verdade não ser possuído pelo Espírito Santo? É claro que não! Todos os cristãos sinceros são habitados pelo Consolador (Ef 1.13; 1 Co 6.19,20). Nesse caso, o coração das pessoas não-salvas,
enquanto elas não se converterem a Cristo (2 Co 5.17), permanecerá ocupado, de alguma forma, pelos representantes do mal (Lc 11.21,22).

“E, quanto aos membros da igreja da maioria? Eles não estão recebendo também o batismo com o Espírito Santo? Eles são até chamados de carismáticos!” — alguém poderá perguntar. À luz da Palavra de Deus, é impossível que esses “cristãos” não nascidos de novo (Jo 3.3), desobedientes à Bíblia, recebam o dom do Espírito Santo, haja vista terem ainda Maria como mediadora. Afinal, o Senhor Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).

O batismo com o Espírito Santo, como revestimento de poder — não confunda com o batismo mencionado em 1 Coríntios 12.13 e o selo do Espírito (Ef 1.13) —, é uma bênção posterior à salvação e está à disposição dos verdadeiros cristãos, libertos da mariolatria e de qualquer outra prática idolátrica. Por isso, o Senhor Jesus disse: “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece (...) estará em vós” (Jo 14.17). E, em Atos 5.32, está escrito o que Espírito Santo é dado somente àqueles que obedecem a Deus.

Ciro Sanches Zibordi

Fonte: Blog do mesmo

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Devemos Julgar?



"Procuro alguém pra resolver meu problema, pois não consigo me encaixar nesse esquema, são sempre variações do mesmo tema, meras repetições. a extravagância vem de todos os lados, e faz chover profetas, apaixonados, morrendo em pé, rompendo em fé dos cansados....que ouvem suas canções... estar de bem com a vida é muito mais que renascer....deus já me deu sua palavra..e é por ela que eu ainda guio meu viver! Reconstruindo o que Jesus derrubou.. recosturando o véu que a cruz já rasgou.. ressuscitando a lei, pisando na graça, negociando com deus! No show da fé milagre é tão natural, que até pregar com a mesma voz é normal. nesse evangeliquês universal....se apossando dos céus...estão distante do trono, caçadores de deus ao som de um shofar. E mais um ídolo importado dita as regras para nos escravizar:É proibido pensar !!!!!"

Gostei demais desta música do grande João Alexandre, que foi muito feliz em seu novo cd "É Proibido Pensar" em abordar um tema tão necessário para a reflexão do povo de Deus. Recomendo o CD.
Nestes últimos dias o que mais nos deparamos é as heresias que estão sendo pregadas em muitas igrejas por aí. A cada dia ficamos mais indignados com tamanha distorção Bíblica, o Evangelho genuíno está sendo deixado de lado e sendo trocado por uma “teologia popular” voltada ao misticismo, aos modismos, as falsificações bíblicas e fetiches populares. Apóstolos, pai-póstolos, gurus gospel tem surgido por aí trazendo um "outro evangelho". A palavra de Deus em sua essência é trocada por modismos, por hierarquias eclesiásticas, por dinheiro e por interesses particulares destes "super crentes". São tantos "chofás proféticos" que não aguento mais tanta barulheira. É tanto "mantra gospel" que meus ouvidos já estão estourando, é tanto ré-plé-plé que meu senso de racionalidade clama por socorro! Quebra de maldições hereditárias onde o crente nunca se converte de verdade, seções de descarrego, sabonetes de arruda, rosa ungida, sal grosso... é tanto "copo d'agua consagrado" que dá até vontade de ir ao banheiro. Unções especiais, urros, gritos, histerias, regressões, encontros tremendos, pastores poderosos, super apóstolos.

Diante de tudo isso, muitos Cristãos infelizmente tem se calado para tanta heresia, pois existe um conceito errado de que não devemos julgar nada, que não é o nosso papel estar julgando o que ocorre com estas pessoas, principalmente se vamos falar de algum “líder” que esteja em um comportamento que vai contra as escrituras. Resumindo, querem nos calar mesmo! Já não bastasse a perseguição contra os Cristãos que hoje em dia ocorre em muitos lugares no mundo, inclusive no Brasil, ainda temos que aguentar a distorção bíblica de que jamais deveremos abrir a boca de pastor x, apóstolo y, pois são os "ungidos de Deus". Nestes ninguém fala, até Davi foi repreendido pelo profeta Natan, mas estes líderes contemporâneos não podem ser repreendidos por algum erro ou heresia. É proibido pensar, é proibido julgar! Muitas mentes estão sendo cauterizadas por esta "nova doutrina".

Existem algumas passagens Bíblicas que muitos Cristãos têm interpretado erroneamente a respeito de julgamento. Meu compromisso nesta postagem é desmistificar e esclarecer ao Povo de Deus de que não devemos nos calar jamais, pelo contrário, devemos por obrigação exortar e lutar pelo Evangelho genuíno de Cristo, afinal, quem ama luta pela verdade, pois "O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade". (1 Co 13:6).

A primeira passagem Biblica a ser analisada é talvez a mais usada para afirmar que nunca devemos julgar ninguém que esteja praticando e difundindo um erro ou algo que vai contra as Escrituras. Esta passagem é Mateus 7:1
“Não julgueis, para que não sejais julgados.”

Em primeiro lugar deixo claro que aqui JESUS claramente proíbe o julgamento. Mas a grande questão é se JESUS proíbe qualquer julgamento ou somente certo tipo de julgamento. O versículo 1 por si mesmo não nos dá uma resposta para esta pergunta. Por isso temos que aplicar uma regra fundamental para poder interpretar a Biblia. Analisar sempre o contexto da passagem citada para poder saber de que se trata a mesma, pois sabemos que texto fora de contexto é um pré-texto para formar até mesmo uma heresia.

Aqueles que citam esta passagem isoladamente para dizer que não devemos julgar ninguém e ser tolerante estão gravemente equivocados.
Para sabermos de que tipo de Julgamento JESUS proibiu nesta passagem vamos analisar o contexto:
“Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” Mt 7:2-5

Analisando o contexto podemos ver claramente que JESUS proíbe especificamente o “julgamento hipócrita”. Jesus diz aos judeus no versículo 1 que eles não devem julgar. No versículo 2, ele dá a razão pela qual eles não devem julgar: o padrão que eles usam para julgar os outros será o mesmo padrão que os outros usarão para julgá-los. Eles não devem ignorar seus próprios pecados, enquanto condenando os mesmos pecados nos outros. Fazer isto é julgar com um “padrão Duplo”, ou seja, julgar hipocritamente.
Não é hipócrita condenar o irmão por uma pequena falta, ou mesmo tentar ajudá-lo a sobrepujá-la, quando você mesmo é culpado de uma falta maior? Esta é a grande questão que JESUS estava colocando diante do povo nesta passagem.

Note que o pecado dos dois pecadores (a pessoa e seu irmão) é o mesmo em dois respeitos. Primeiro, é o mesmo em natureza: em ambos os casos um pedaço de madeira estava no olho da pessoa. Segundo, ambos estão atualmente pecando: o pedaço de madeira estava no olho deles naquele momento. A diferença entre as suas faltas é somente uma de tamanho: um pedaço é pequeno, e o outro é grande. É hipocrisia alguém cujo pecado é maior condenar alguém cujo pecado é menor, sendo em ambos os casos o mesmo tipo de pecado (vs 5). Em outras palavras, uma mulher que está abortando um feto de oito meses não está na posição de repreender um homem que mata um caixa de banco, e o homossexual não está na posição de criticar infidelidades num casamento homossexual!
Mateus 7:1, de acordo com o seu contexto, não proíbe todo julgamento e intolerância, mas somente o julgamento e intolerância hipócrita. De fato, ele requer de nós que, após nos arrependermos dos nossos próprios pecados, condenemos o pecado do irmão como pecado, e ajudemo-lo a se voltar dele.
“tira primeiro a trave do teu olho” , diz Jesus, “e então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Mt 7:5
Jesus ordena uma intolerância genuína, e não hipócrita, do pecado que o irmão comete.

Outra passagem bastante utilizada é João 8:7-11. O contexto é a história da mulher que foi pega no próprio ato de adultério e trazida a Jesus pelos escribas e fariseus. No versículo 7, Jesus diz aos escribas e fariseus: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”. No versículo 11 ele fala para a mulher: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. Os defensores da tolerância usam estas palavras para argumentar que ninguém deveria condenar outras pessoas, pois não é melhor que elas.

Embora explicaremos o que significa julgar em maior detalhe mais tarde, estendamos por ora que, quando alguém julga, ela dá um veredicto: Culpado ou inocente. Após ser julgada, a pessoa é sentenciada: A pessoa culpada é condenada (sentenciada ao castigo) e a inocente é liberta. O ponto é que julgar e condenar são duas coisas distintas, relacionadas, mas não idênticas.
Tendo isso em mente, note que Jesus de fato julga esta mulher, mas não a condena. Ao dizer-lhe “vai e não peques mais”, Jesus indica que ela tinha pecado. Em si mesma, a acusação dos fariseus estava correta, e Jesus julgou o pecado como sendo pecado. Isto mostra intolerância pela ação pecaminosa! Seguindo o exemplo de Jesus, devemos dizer aos pecadores que mostrem arrependimento genuíno não mais cometendo pecado.
Embora Jesus tenha julgado a mulher, ele não a condenou. Ela pode ir embora: ela não foi executada. O evangelho para o pecador penitente é:
Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”­ ­Rm 8:1
Esta é a mensagem que Jesus dá à mulher; o próprio Jesus foi condenado por ela! Ele suportou o castigo que lhe era devido, para que ela pudesse ser livre!
A resposta de Jesus aos fariseus expõe o julgamento hipócrita deles no assunto (o propósito primário deles, certamente, não tinha nada a ver com a mulher; era pegar Jesus em suas próprias palavras. Todavia, Jesus sabia que os fariseus se orgulhavam da justiça própria deles, e respondeu à luz deste fato).
Os fariseus, Jesus Recorda-os, também eram culpados de pecado, e especificamente de adultério, quer físico ou no coração. Porque também não eram livres de pecado, também eram dignos de morte como ela. Assim, ao desejar saber que julgamento ela deveria ter recebido, eles revelaram sua própria hipocrisia e motivação errônea.
João 8:7 e 11 nos ensinam como tratar com outros que pecam. O versículo 11 nos ensina que devemos desejar o arrependimento do pecador; o versículo 7 nos ensina que não devemos fazer isso hipocritamente, nem com motivos errôneos ou de uma maneira imprópria. Contudo, a passagem não quer dizer que nunca devemos considerar as pessoas responsáveis por seus pecados ( isto é, julgar o pecado como sendo pecado).
Agora gostaria de colocar as passagens Bíblicas que nos ordenam julgar.
João 7:24
Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”.
Outras passagens na Escritura nos ordenam positivamente a julgar. Uma passagem que nos diz isso claramente é esta citada acima. Ela se encontra no contexto da discussão de Jesus com os judeus que questionaram sua doutrina, e tinham-no acusado de ter um diabo (Jo 7:20) e de quebrar o dia do Sábado curando um homem (Jo 5:1-16). A eles Jesus diz: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. Ao dizer “não julgueis”, Jesus não pretende proibir o julgamento como tal, mas proibir certo tipo de julgamento, como a parte positiva deste versículo deixa claro. Podemos julgar, mas quando o fizermos, devemos julgar justamente.
O julgamento exterior e superficial – isto é, julgar simplesmente sobre base do que parece ser o caso, sem conhecer todos os fatos – é um julgamento imprudente, injusto e sem discernimento, que é contrário ao nono mandamento da lei de Deus. Deus odeia tal julgamento. O Julgamento justo é feito usando a lei de Deus como o padrão pelo qual discernimos se o que parece ser é o caso é realmente o caso.
1 Co 5
1 Coríntios 5 é um capítulo importante com respeito ao dever positivo de julgar. Primeiro, no versículo 3 Paulo declara, sob a inspiração do Espírito, que ele tinha julgado um membro da igreja em Corinto que estava vivendo no pecado da fornicação. Seu julgamento foi “seja entregue [tal pessoa] a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”. Este é um julgamento ousado da sua parte.
Segundo, nos versículos 9-13, Paulo lembra aos santos do seu dever de julgar as pessoas que estão dentro da igreja, quanto a se eles estão obedecendo ou não a lei de Deus. Aqueles que alegam ser cristãos e são membros da igreja, mas que são julgados como sendo impenitentemente desobedientes a qualquer mandamento da lei de Deus (vs 9-10), devem ser excluídos da comunhão da Igreja. Paulo, sob a inspiração do Espírito, diz para a igreja não tolerar pecadores impetinentes.
Outras passagens:
Outras passagens também indicam que é nossa responsabilidade julgar. Jesus pergunta às pessoas em Lucas 12:57: “E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?”. Jesus repreende os escribas e fariseus em Mateus 23:23 e Lucas 11:23, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém fazer essas coisas e não omitir aquelas”. Era o dever deles, de acordo com a lei, julgar – mas eles tinham falhado neste dever. Paulo orou para que o amor do filipenses “aumentasse mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”. (Fl 1:9). Ele diz aos Corintos: “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo”. (1 Co 1:15).
Os cristãos são solicitados a examinar tudo e reter o bem (1 Ts 5:21). Eles também são obrigados a provar se os espíritos são de Deus: "Irmãos, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora." (1 Jo 4:1)
Mesmo nas reuniões cristãs eles devem "julgar" o que ouvem: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem." (1 Co 14:29).
Os Crentes de Corinto receberam ordens para julgar imediatamente a imoralidade existente entre os seus membros (1 Co 5:1-8). Mesmo o estrangeiro de passagem não deve ser hospedado se for verificado que não se trata de uma pessoa alicerçada na verdadeira fé ( 2 Jo 10,11). E um anátema (maldição) deve ser proferido contra aqueles que apresentarem um tipo diferente de evangelho (Gl 1:9).


Conclusão:
Algumas passagens da Escritura parecem proibir o julgamento, enquanto outras claramente exigem isso. Estudando os contextos daquelas que parecem proibir o julgamento, descobrimos que o que é proibido não é realmente o julgamento em si, mas sim um tipo errôneo de julgamento. Deus odeia o julgamento hipócrita! Mas Deus ama o julgamento justo da parte dos seus filhos. Que ele ama isso é claro a partir do fato de ordenar que o pratiquemos, e de ter dado sua lei como um padrão pelo qual podemos cumprir tal mandamento.
Portanto, é dever de todo Cristão Julgar! Mas este "julgar" não significa fazer injúrias, calúnias ou fofocas sobre a pessoa que está no erro. Se vemos que alguém está se desviando do Evangelho ou pregando heresias, o nosso objetivo principal deve ser alertar, repreender, exortar e conduzir o pecador ao arrependimento e a restauração. Caso a disciplina seja indispensável, ela deve ser feita com seriedade, amor e tristeza, sempre objetivando o arrependimento, e não a condenação eterna do pecador. E com muito temor também, afinal, não somos pessoas perfeitas e ninguém deve ser julgado ou condenado injustamente. E também é nosso dever estar alertando ao Corpo de Cristo sobre determinadas heresias que porventura continuam a ser pregadas e os autores da mesma não querem dar ouvidos.
“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” Gl 6:1
“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se a fábulas.” 2 Tm 4:2-3
"Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, soi, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!. Entretanto, vós, quanto tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade?" Co 6:1-5
Créditos: alguns textos retirados do livro:
"Julgar, o dever do Cristão" – Rev. Doug Kuiper
Fonte: Bereianos
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domingo, 18 de setembro de 2011

Onde está Deus em nossa Dor? Dustin shramek


Não precisamos sentir vergonha por existir dor em nosso sofrimento. Como já disse antes, se não há dor, não pode ser chamado de sofrimento.

O clamor de Jesus: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" não era apenas uma explosão espontânea de emoção. Era também uma citação do Salmo 22, que tem muito a dizer sobre Cristo e seu sofrimento, assim como sobre sua esperança.

Davi escreveu o Salmo 22 sobre si mesmo e como uma profecia messiânica. "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido? Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego" (vs. 1,2). Sua experiência era muito semelhante ao que vemos no Salmo 88, mas ele vai um passo adiante. Ele se sente desamparado, não recebeu uma resposta, e não encontra sossego, mas então diz: "Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel" (v. 3).

Ele foi abandonado, mas não se esqueceu em nenhum momento de uma coisa muito importante - o fato de que Deus é santo. Como considerar Deus como santo nos ajuda no meio do sofrimento? Que tipo de ajuda é essa quando estamos presos no poço e a escuridão ameaça nos sufocar?

Isso nos ajuda de duas maneiras. Primeiro, no meio de nossa dor, a santidade de Deus é um salva-vidas ao qual podemos nos agarrar para que não caiamos no abismo. Segundo, é porque Deus é santo que ele mesmo nos guardará de cair no abismo.
Isaías teve notável percepção da santidade de Deus quando ouviu os serafins clamando uns para os outros: "Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória!" (Is 6.3). O que será que eles viram a respeito de Deus que os levou a fazer essa declaração?

Os serafins foram compelidos a fazer a declaração da santidade de Deus baseados no todo do seu caráter e de todos os seus atributos. É a sua divina perfeição que faz com que eles se humilhem cobrindo seus olhos e pés. Eles vêem a absoluta singularidade de Deus, o fato de ele ser diferente de qualquer outra coisa; mas, além disso, eles vêem que ele é glorioso em sua singularidade. Como Moisés declarou em Êxodo 15.11: "O SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?" John Piper expressa isso com muita propriedade:

Deus é santo em sua absoluta singularidade. Tudo o mais pertence a uma classe diferente. Nós somos humanos; Rover é um cão; o carvalho é uma árvore; a Terra é um planeta; a Via Láctea é uma entre um bilhão de galáxias; Gabriel é um anjo; Satanás é um demônio. Mas só Deus é Deus. E, portanto, ele é santo, totalmente diferente, distinto, singular. Tudo o mais é criação. Só ele cria. Tudo o mais tem começo. Antes somente ele existia. Tudo o mais depende. Ele é auto-suficiente. E, portanto, a santidade de Deus é sinônima de seu valor infinito. Sua glória está brilhando a partir de sua santidade. Sua santidade é o seu valor intrínseco - uma excelência única.

Assim, não é apenas que Deus seja absolutamente ímpar, mas é que por ser absolutamente ímpar ele é valioso na sua supremacia. E tudo isso compõe o significado da palavra "santo". A santidade de Deus não é apenas um entre muitos atributos; é a beleza de tudo o que ele é. Assim, quando dizemos que Deus é santo, o que queremos dizer é que Deus é Deus, o único Deus.

Essa é nossa esperança no meio do sofrimento. Não há nenhum outro mais poderoso. Não há nenhum outro mais amoroso. Não há nenhum outro mais misericordioso. Não há nenhum outro mais compassivo. Não há nenhum outro Deus senão Deus. Só ele é salvador, e só ele é Senhor. E porque Deus é santo que podemos ter confiança de que ele cumprirá suas promessas para conosco e que sua misericórdia será derramada sobre nós e, ainda, que sua sabedoria irá modelar nosso sofrimento e tudo o mais em nossa vida para contribuir para nosso bem.

Depois da morte do nosso filho Owen, minha esposa e eu frequentemente fizemos profundas e arrebatadoras perguntas a respeito de Deus e seus propósitos. Mas sempre que éramos tentados a deixá-lo, éramos também confrontados com a pergunta: "Se não for Deus, então, quem será? Se não for Deus, então, o que será?"

Poderíamos abandonar a verdade e voltar-nos para alguma outra religião? Não há esperança para nós lá fora, pois aí teríamos de nos salvar a nós próprios. Poderíamos tornar-nos ateus? Não há esperança para nós aí, pois, então, a vida se tornaria fútil. Poderíamos voltar-nos para o materialismo? Não há esperança para nós aí, pois as coisas materiais não podem trazer de volta nosso filho, nem podem evitar que soframos no futuro. Não há esperança em lugar algum, porque somente Deus é Deus e só ele é santo.

Assim, em nosso sofrimento podemos apegar-nos a Deus em sua santidade. E, para ser totalmente honesto, há vezes em que nos apegamos a ele de modo simples, porque vemos que não há nada mais em que nos segurarmos. Porém, penso que é assim mesmo. Deus quer que vejamos que não há nada mais em que nos apegarmos.

ONDE ESTÁ DEUS EM NOSSA DOR?

Porém, existe mais esperança para nós, porque é pela sua santidade que Deus se apega a nós. Isaías escreve:

Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador (Is 43.1-3).

Deus nos diz que não precisamos ter medo. Por quê? Porque ele mesmo é aquele que nos ajuda. Ele é aquele que segura nossa mão e não solta. Nosso Redentor simplesmente não é qualquer um. Nosso Redentor é o Santo de Israel. Porque Deus é santo nós podemos ter confiança de que ele cumprirá suas promessas a nosso respeito. Se ele não é santo, ele pode fazer todas as promessas do mundo e, contudo, não ter nenhuma intenção ou mesmo a capacidade de cumpri-las. Mas ele é santo e, portanto, suas promessas são seguras. Quando ele diz que nunca nos deixará nem nos abandonará, ele quer dizer exatamente isso. Quando ele afirma que opera todas as coisas para o bem dos que o amam, ele o faz.
 
Fonte: Josemar Bessa

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Semeando Honra ?

.
Por Ruy Cavalcante

Gostaria de fazer alguns comentários sobre uma doutrina apócrifa que vem ganhando bastante força no meio cristão ultimamente, especialmente na região norte do país, região onde me encontro. Trata-se dos princípios (ou leis) da semeadura e da honra.

Em respeito, não aos falsificadores do Evangelho, mas aos seus discípulos cegos, tentarei ser o mais impessoal possível em minha curta abordagem sobre o tema.

Ambos os princípios caminham juntos e possuem várias ramificações, porém dão destaque especial a questões de ordem financeira, geralmente (mas não somente) interligados ao que chamam de “primícias”. Meus comentários serão direcionados a estes pontos.

Resumidamente, afirmam que:

  • Através da semeadura você se conecta com o futuro;
  • O Senhor criou esse princípio para estabelecer a fidelidade e a fé;
  • Criou a oferta para estabelecer o princípio da honra. E estabeleceu a primícia como princípio de santidade.

Segundo afirma um de seus maiores defensores, os dízimos e ofertas são dados a Deus, para obtenção de prosperidade, mas as primícias são dadas ao líder espiritual (sacerdote) para estabelecer o princípio da honra. Através das primícias o discípulo honra o seu líder e ganha o respeito de Deus, uma vez que estão deixando o “sacerdote” liberado para cuidar das coisas de Deus, sem se preocupar com coisas “elementares”, como seu sustento e o de sua família.

O resultado disso? Enriquecimento dos líderes e uma busca desenfreada de se tornar líder também e ter o direito de ser honrado com “primícias”.

Uma das bases para essa doutrina encontra-se em Ezequiel 44:30:

E as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda a oblação de tudo, de todas as vossas oblações, serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a tua casa.”

Bem, considerando o caráter antitípico (Hb 10:1) do Antigo Testamento, onde os sacerdotes eram figuras de Cristo, temos hoje um único sacerdote no sentido original do termo, que é Jesus (Hb 5:6; Hb 7; Hb 8). Desta forma, se há alguém ainda digno de receber as primícias do homem, este se chama Jesus.

Entretanto a aliança definitiva que Deus fez com o homem está baseada em promessas superiores (Hb 8:6), assim como devemos entregar-lhes coisas superiores, e não apenas algum percentual de renda, mas a vida inteira (Mt 19:21; Lc 14:26: Hb 9:14).

Por isso Paulo afirma:

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. (1 Pd 2:9)

Tudo em nós pertence a Ele, pois somos sua propriedade exclusiva.

Ora, em última instância, segundo o mesmo texto de 1 Pedro 2:9, hoje somos todos sacerdotes e, sem tentar apelar para falácias, não há qualquer menção bíblica que indique haver entrega de primícias de um sacerdote a outro.

A verdade é que Jesus modificou as relações humanas referente à vida religiosa nos moldes do antigo testamento quando afirmou:

Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado”. (Mt 23:8-12)

E continua:

Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo; assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”. (Mt 20:26-28)

E ainda:

Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem! porque assim faziam os seus pais aos falsos profetas”. (Lc 6:26)



Desta forma, somos todos sacerdotes e irmãos, nosso Mestre, nosso Guia e nosso Senhor é um só, Jesus Cristo, somente Ele é digno de ser honrado, não apenas com primícias, mas com tudo o que temos e somos eternamente.

Estas doutrinas são totalmente alheias ao Evangelho de Cristo, são aberrações que possuem o claro objetivo de sacralizar a prosperidade e justificar o enriquecimento às custas do serviço cristão, como se "viver do Evangelho" significasse ganhar dinheiro por meio dele.

Quando o Novo testamento fala da prosperidade financeira num sentido proveitoso ele lhe atribui a seguinte perspectiva:

Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessidade”. (Ef 4:28)

Ou seja, a prosperidade financeira deve servir na vida cristã para que possamos socorrer o necessitado e ela vem mediante o trabalho. É trabalhando que Deus nos abençoa com prosperidade.

A única coisa que conseguimos entregando primícias para nossos líderes é enriquecê-los, e com isso perpetuamos algo condenado por Cristo, que é a cobiça.

Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. (1Tm 6:10)

Ver também Lucas 12:15.

Espero sinceramente que este curto artigo sirva para nos fazer refletir um pouco sobre o tipo de vida cristã que estamos vivendo e se ela está de fato em concordância com o que a Palavra de Deus nos ensina e adverte. E que o amor de Deus nos leve a buscar conhecimento doutrinário exclusivamente em Sua Palavra e que assim aprendamos que espiritual mesmo é amar...

...

Peço perdão pela falta de aprofundamento exegético, pois achei que deixaria o texto muito denso e cansativo. Caso necessário, farei considerações exegéticas adicionais nos comentários.*

Fonte: [ Intervalo Cristão ]
Via: [
Exemplo Bereiano ]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mate o pecado!




Por: Sinclair Fergunson

1. Aprenda a reconhecer o pecado conforme ele realmente é.

Chame espada de espada! Chame o pecado de "imoralidade sexual”, ao invés de “Estou sendo um pouco tentado "; chame de ’impureza‘, e não de “eu estou lutando com pensamentos indevidos”; chame de "desejo mal o qual é idolatria”,  ao invés de “eu acho que preciso de ordenar minhas prioridades um pouco melhor."

2. Veja o pecado conforme ele realmente é na presença de Deus.

"Por estas coisas é que vem a ira de Deus" (Cl 3.6). Somos instruídos a arrastar nossas cobiças (ainda que seja chutando e gritando) para a cruz, para o Cristo que suportou em si a ira.

3. Reconheça a inconsistência de seu pecado.

Você se despiu do ’velho’ homem e se revestiu do "novo homem" (Col. 3.9-10). Você não é mais o ‘velho’ homem. A identidade que você tinha "em Adão" se foi.

4. Mate seu pecado (Cl 3.5).

É simples assim. Rejeite seu pecado; mate-o de “fome” e abandone-o. Você não pode "mortificar" o pecado sem a dor da morte. Não há outra maneira!

Fonte: Blog Fiel

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Malafaia pediu, a gente posta: “blogueiros são filhos do diabo”, diz o pastor

 
 
 
Por Paulo Siqueira

O Pr. Silas Malafaia, no programa da semana passada (pois nessa semana ele está reprisando pela enésima vez a profetada gospel do Morris Cerullo), incitou os sites e blogs apologéticos, que criticam sua famigerada Teologia da Prosperidade, a postar o vídeo onde ele chama os blogueiros de “filhos do diabo”.

Pois bem, Silas, abaixo está o vídeo. Apesar de tristes por um pastor se deixar comprar pelos ensinos heréticos da teologia da prosperidade, que nada têm a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus Cristo, ficamos felizes por saber que somos reconhecidos como diabos (adversários) dos profetas de Mamom, dos fariseus pós-modernos, dos lobos que ensinam as ovelhas a entesourarem na terra, a colocarem seus corações nas bênçãos materiais, ao invés de buscarem unicamente, e sem maiores interesses, a Jesus.

A Deus (ao verdadeiro!) seja toda a honra e toda a glória para sempre.


“Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.” – Jo 8.41-45

Realmente, em alguns pontos concordamos, porém é preciso lembrar que dentro da tradição de Israel havia vários tipos de profetas: os profetas pagos, aqueles que eram pagos para profetizar mentiras direcionadas pelas vaidades dos reis de Israel; os falsos profetas, que surgiam em meio ao povo com falsas profecias, para enganá-lo, porém sucumbiam com suas próprias palavras; e o outro tipo eram os profetas do Deus Altíssimo, que traziam as verdades de Deus, não importando o que isso lhes custaria. Profetizavam contra os reis, contra a sociedade, muitos perdendo a vida, porém significam a boca de Deus em meio ao povo.

Outro ponto é a questão de que Deus é juiz, e é nesse ponto que devemos ter grande temor. Esse blog está firmado no princípio de que Deus tudo vê e tudo sabe, e é Nele que confiamos como verdade absoluta. Realmente, um dia todos nós seremos julgados diante do Trono Daquele cujo nome é o único digno de louvor e glória, e é a isso que tememos.

Mateus 7 deixa claro que, na mesma medida em que julgarmos, seremos julgados. Gálatas 6 também nos diz que de Deus não se zomba, e que o homem colhe o que planta. Baseados nisso é que combatemos as heresias e os falsos profetas de nossa época. Porém, jamais nos esquecemos de que a Igreja de Cristo tem sua responsabilidade para com o mundo, responsabilidade essa que tem sido negligenciada pelos pregadores da teologia da prosperidade, teologia essa fundamentada em princípios puramente terrenos, pois a prosperidade bíblica não compartilha com as vaidades humanas.

Prosperidade cristã é fundamentada em três princípios:

1) responsabilidade social: é preciso que a Igreja produza cristãos com uma fé cidadã, ou seja, uma fé que responda às necessidades dos seres humanos no mundo, uma fé que enxergue a fome, a pobreza, a destruição da vida pelas guerras, que reconheça a destruição do planeta e que tenha, acima de tudo, o compromisso com a vida, a vida em abundância que Cristo prometeu, não produzida para a vaidade, mas sim na essência do Evangelho, que é o amor ao próximo, e isso vem totalmente contrário à teologia da prosperidade, pois nela a verdadeira essência está no Eu, produzido na cegueira e na busca desenfreada dos tesouros deste mundo;

2) responsabilidade com o Reino de Deus: essa responsabilidade é de todos aqueles que reconhecem no mundo seu verdadeiro papel como membros de uma Igreja, que deve responder ao clamor do mundo em suas necessidades essenciais, que são salvação, libertação do pecado e transformação do caráter de todo aquele e aquela que se coloca diante de Deus, e tem sua vida transformada de dentro para fora, através do Evangelho de Cristo Jesus. Essa transformação não é para os deleites, mas sim para que o Reino de Deus seja estendido ao mundo, provocando nele transformações de vidas. Esse é o papel dos políticos, dos professores, dos líderes, ou seja, de cada cristão: ser sal e luz para o mundo que caminha em trevas;

3) responsabilidade com a verdadeira missão da Igreja: amar os seres humanos como Deus nos amou, pois o texto áureo da Bíblia nos diz que Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou Seu Filho para que o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Essa é a mensagem central do verdadeiro Evangelho de Cristo, e essa é a boa-nova da Igreja para o mundo.

E essa é nossa bandeira, é a nossa teologia, que prega a soberania de Deus, contrária e acima de toda vontade humana. Podemos ser chamados de “filhos do diabo” ou até mesmo de “fariseus”, como já fomos chamados por uma multidão na Marcha para Jesus de 2010, mas temos a consciência de que lutamos contra a realidade do mundo, pois lutamos pela liberdade moral, pois não somos escravos do pecado e nem escravos das leis humanas.

Sabemos que incomodamos, mas incomodamos pois não somos levados por qualquer vento de doutrina. Não nos deixamos sucumbir pelas vaidades do mundo, pelos tesouros dessa terra, motivados por ouro e prata desse mundo. Não nos deixamos influenciar por jatinhos, carros importados, roupas de grife, mansões e toda a pompa que os tesouros desse mundo podem dar. Somos proclamadores da Igreja invisível de Cristo Jesus, que está além dos tesouros dessa terra.

Somos a voz que clama no deserto, que clama alto “raça de víboras, arrependei-vos, pois vos é chegado o Reino dos céus”. Essa é a mensagem de todos e todas que crêem no Evangelho puro e simples.

Realmente, eu creio que o Justo Juiz julgará a todos, e é nisso que meu coração crê, que muito em breve, todos e todas daremos conta de cada palavra.

“… onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” – 2 Co 3.17

sábado, 3 de setembro de 2011

Judas era o tesoureiro ?



Judas Iscariotes “era um ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12.6).
Alguma vez já te soou estranho que Jesus tenha colocado um ladrão como responsável pela bolsa de dinheiro?

De todos os discípulos, Jesus escolheu Judas para ser tesoureiro de sua organização itinerante sem fins lucrativos. Somos tentados a oferecer ao Senhor uma consultoria em administração. Doadores apoiavam financeiramente este ministério (Lucas 8.3) e o único cara que Jesus sabia que era um “diabo” (João 6:70) foi feito Diretor Financeiro.

Agora, Jesus não estava alheio aos furtos de Judas. Então, por que ele o deixou administrar o dinheiro?
Creio que Jesus estava demonstrando aquilo que ensinava.

Ele disse: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde… os ladrões minam e roubam “(Mateus 6.19-20). Então ele nos mostrou com um exemplo o que quis dizer.

Ele disse: “onde estiver o vosso tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6.21). Assim, ele nos mostrou o coração endurecido, cego e destruído por valorizar a coisa errada.

Ele disse: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro (ou Mamom)” (Mateus 6.24). Então ele nos mostrou um exemplo perturbador sobre como amar o dinheiro e odiar a Deus pode ser.

Assustadoramente, por um bom tempo isso pode realmente parecer como devoção a Deus para os outros. Judas era conhecido como discípulo de Jesus. Na maior parte do tempo, ele estava dizendo e fazendo coisas certas, então até mesmo os outros discípulos pareceram não suspeitar dele (João 13.28-29). Foi um golpe doloroso quando a idolatria secreta de Judas veio à tona.

Com Judas e a bolsa de dinheiro, Jesus estava nos mostrando onde não colocar nossa confiança: no dinheiro. Ele confiou que seu Pai forneceria tudo o que precisava para cumprir seu chamado de tal maneira que não tinha medo de uma escassez de dinheiro. Ele dormia em paz, mesmo sabendo que Judas estava roubando.

Judas, por outro lado, se tornou o garoto-propaganda de 1 Timóteo 6.10: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.

Jesus não tem a intenção de que sigamos seu exemplo nomeando ladrões como tesoureiros. Somente Deus é sábio o suficiente para fazer isso. Mas ele tem a intenção de que possamos seguir o seu exemplo em buscar primeiro o reino, acreditando que tudo o que precisamos será dado a nós (Mateus 6.33).

“Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (Lucas 12.32). E nosso Pai pode facilmente dar muito mais do que qualquer ladrão possa roubar.

Fonte: iPródigo
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