sábado, 19 de novembro de 2011

É preciso clamar


O texto de Joel 2.1 diz: "Toquem a trombeta em Sião..." Em outras palavras: "Clamem!"
O clamor é uma expressão da alma. Sempre há alguém clamando. O mundo é um imenso eco de clamores. Até Deus clama – a Bíblia é repleta dos clamores de Deus: “A quem enviarei?” (Isaías 6.8). O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. É um livro baseado todo em Deus! Há uma sede de Deus.

Joel tem sido chamado de “o profeta do avivamento”. Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base da verdadeira espiritualidade e era para que isto acontecesse com seu povo que ele se esforçava. O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento. O livro todo é um clamor. A grande verdade que precisamos resgatar aqui é que ainda precisamos de um clamor que suba até os céus e chegue aos ouvidos de Deus.

Vamos observar três clamores que nós, como igreja, não podemos desprezar:

1. Precisamos clamar por novas lágrimas (Joel 1. 13, 14 – 2. 17)

George Whitefield em um de seus sermões disse que “precisamos nos arrepender do nosso arrependimento e lavar as nossas lágrimas no sangue do cordeiro”. A igreja de hoje até chora, mas não mais movida pelo quebrantamento. É um choro cínico. Um choro muito parecido com birras infantilizadas.

Precisamos chorar! Lágrimas de conteúdo. Lágrimas com um propósito definido. Lágrimas que apontem para a cruz! Lágrimas que nos levem à ação (Ne. 4. 4: “assentei-me e chorei” - ruínas que incomodam e levam à ação!).

Esse cristianismo da festa, do oba-oba, do sorriso pálido não sabe o perigo que está correndo. Deus clama por uma igreja banhada por lágrimas.
2. Precisamos clamar por um retorno à santidade (Joel 2. 1, 2)

Thomas Watson disse que “a santificação é gradual; se ela não aumentar, é porque não está viva”.

Vivemos numa igreja que comete o terrível pecado do esquecimento da santidade. Uma igreja que enfatiza o amor e as bênçãos de Deus, mas que não vive para honrá-lo em santidade e justiça. Uma igreja muito parecida com o cenário que Asafe denuncia no Salmo 74. 9: “Já não vemos os sinais miraculosos, não há mais profeta; nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará”. O que vemos hoje, em muitos lugares, não são sinais miraculosos, mas mágica, ilusionismo, sugestionamentos e psiquismos que tiram a Glória de Deus.

Joel coloca uma expressão muito forte: “tremam todos os habitantes do país, pois o Dia do Senhor está chegando!” Isso é um chamado à consciência da grandeza da Presença de Deus – “Tremam!” Deus não é somente amor e maravilhas – Ele também é o Sagrado Terrível – o Deus que não aceita suborno, que não pode ser tratado com negligência – O Deus que não aceita fogo estranho em seu altar!


3. Precisamos clamar por um legítimo arrependimento (Joel 2. 13)

Moody deu uma das definições mais lindas do que é o arrependimento: “Arrependimento é a lágrima nos olhos da fé”. É a mistura perfeita entre o rosto molhado com o coração quebrantado!
Choremos por um retorno a Deus! Não precisamos dos mágicos e seus showzinhos baratos, precisamos de Deus!

Choremos por um retorno à Palavra! Chega dessa cantarolagem vazia e pouco edificante!

Choremos por uma verdadeira comunhão uns com os outros! Chega das teologias da vingança.
Nosso inimigo está lá fora e derrotado!

Arrependimento não é uma coreografia montada. Não é um ato político numa festa sem Deus – é retorno!

Charles Wesley: irmão de John Wesley escreveu muitos hinos, dentre eles, um que é extraordinário:

Ó Jesus, cheio de graça e de verdade,
Mais cheio de graça do que eu de maldade,
Mais uma vez eu busco tua face gloriosa;
Abre teus braços, recebe-me com ternura amorosa,
Cura gratuitamente meu pecado cruel
E, a despeito disso, ama este pecador infiel.


Somos pecadores, é isso que precisamos entender para sermos salvos! É preciso clamar!
Até mais...
 
 
Alan Brizotti
 
Fonte: Site do mesmo - http://alanbrizotti.blogspot.com/
 

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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