segunda-feira, 28 de maio de 2012

No Divã com o mala







Silas Malafaia resolveu desafiar blogueiros para um debate teológico.


                                      = Primeira Parte =

Fiquei sabendo do desafio do Pr. Silas Malafaia pela Internet, já que raramente assisto a seus programas. No início pensei se tratar de um desafio pra valer, mas estava enganado. O desafio é apenas teatro. Incomodado com as criticas feitas aos rumos do seu ministério, especialmente a acusação de ter aderido a Teologia da Prosperidade, o assembleiano gravou uma mensagem sobre o tema, e desafia seus críticos a lhe mostrar onde estão, afinal, os erros teológicos pelos quais é acusado.




         A teatralidade é evidente. Que desafio existe em “montar” uma pregação para responder sobre práticas que ele tem levado a cabo ao longo dos últimos anos? Imagine, por exemplo, um acusado por estrupo desafiar um juiz que o coloque diante da mulher mais bonita do mundo, garantindo que irá se comportar. Sim, pode se comportar, mas isso não responde nada a respeito de sua conduta até ali. O desafio de Malafaia não passa disso.

         Não estou dizendo que não gosto da ideia de tal debate. Estou dizendo que é um desafio covarde, falso, um palco montado. Mesmo assim é algo fantástico, e duvido que Malafaia consiga sair ileso do episódio. Terá de responder, primeiro, sobre sua covardia. E, se pudesse lhe dar um conselho, pediria que abrisse as portas de seu estúdio para uns dois ou três vagabundos – ops! -, quero dizer, blogueiros. Aí sim começaria fazendo o certo, liderando um verdadeiro desafio teológico. Seja como for, sua mensagem pré-fabricada não vai apagar as heresias que ele vem divulgando nos últimos anos; o desafio é uma tragédia anunciada.

         O que Silas tem na cabeça? Foi a primeira pergunta que me ocorreu ao ler sobre o desafio no Genizah. Talvez seja megalomania. Ele parece ter encarnado a imagem de profeta de Deus para o Brasil. Do seu pedestal não aceita correção. Ele sempre foi – e já o admirei muito por isso – uma poderosa voz apologética para a Igreja Brasileia. Silas não pode perder esse status, afinal, foi um dos pilares sobre os quais edificou seu ministério. Por outro lado, manter certa megalomania existe uma injeção de recursos quase desesperadora...

         Hoje o Pr. Silas é feito de alvo, assim como fez outros de alvo no passado. As mesmas heresias que apontou em outros, hoje são apontadas nele. Ele já caçou muita heresia. Virou caça. Mas lhe é difícil engolir tal ironia. E pode até ser que ele realmente se sinta injustiçado. Talvez seja o caso de estar imaginando que encontrou um meio termo entre a Teologia da Prosperidade e o Evangelho de Cristo. Neste caso, é um iludido que ilude outros. E isso não muda o fato de que a heresia fez morada em seu coração.


         Temos um longo prazo de espera determinado pelo assembleiano até que seu [suposto] desafio vá ao ar em rede nacional. Até lá poderemos tentar desvendar a mente do homem, em doses homeopáticas. Ainda temos muito a investigar. Por hora, termino achando que Malafaia está com a síndrome do “megalomaníaco ferido”, e deseja recuperar o espaço que bloqueiros sem grana nem botox lhe roubaram.










Por Marcelo Lemos - Editor do Blog: Olhar reformado

Um comentário:

  1. Vixi mininu! O trem está prestes a feder! kkkkk...

    Robson participe da campanha "NO CIZÂNIA"! http://blogdowaltim.blogspot.com

    God bless you!

    Microscopicamente (João 3.30),

    Walter Filho

    http://blogdowaltim.blogspot.com

    ResponderExcluir

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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