quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Duvido!




"Se você está tranquilo... é porque está mal informado" (frase escrita num muro em São Paulo)

O professor Alfonso López Quintás escreveu que "hoje, nem tudo está perdido, mas tudo está ameaçado". A suspeita domina. É difícil sentir-se completamente confortável na igreja de hoje. A "criatividade" duvidosa (por vezes, dolorosa) produz do ridículo ao bizarro em mísera meia hora de "culto".


Assumo: tô duvidando de tudo! Surge mais um apóstolo: duvido! Inventam mais uma "unção poderosa da sagrada fé": duvido! Acontece mais uma "micareta evangélica": duvido! Ocorre mais um surto de "milagromania": duvido! Outro "profeta" solta a "verborréia" (como diz o professor Gabriel Perissé), e eu duvido! Minha veia bereana fica alucinada toda vez que essas "coisas" ocorrem.


A salvação está na dúvida! Está na coragem de denunciar o óbvio. Na liberdade para ser do contra. Na alegria em não ser parte da mesma engrenagem tendenciosa do evangelicalismo de mercado da atualidade. Essa feira teológica é deprimente.


Por favor, chega daquelas fugas do tipo: "só devemos orar"; "não toque nos ungidos..."; "cada um tem um ministério..." Essas fugas são apenas asmuletas que alguns usam para iludir as próprias pernas. Em nome do "ministério" surge cada palhaçada... Em nome dessa tal "unção", os púlpitos estão lotados de vigaristas da religiosidade. Em nome da "oração", a gente deixa a coisa correr... só Deus sabe para onde.


Um amigo meu, dos tempos de seminário, escreveu em sua página do Orkut: "Não me envergonho do evangelho, mas morro de vergonha dos evangélicos!" Por mais doloroso que seja, preciso concordar com ele. Duvido porque sei que o que vejo hoje não é digno do meu esfoço de fé.


Duvide! Não leve pra casa esse marmitex religioso apodrecido.Isso é o pecado da gula! Comer só por comer e beber só por beber, é matar de fome e sede nosso ser!


Aliás, fique à vontade pra duvidar desse texto também!



Alan Brizotti

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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