segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Palavra riscada, do dicionario cristão: INFERNO!


Pregar sobre o inferno é manipulação. É a tática do medo. É assédio psicológico. Não é isso o que as pessoas dizem?
Na maior parte de sua história – afirma o jornalista A. C. Grayling – o cristianismo tem sido uma ideologia geralmente violenta e sempre opressiva – pense nas Cruzadas; na tortura; nas pessoas queimadas em estacas; nas mulheres constantemente escravizadas inúmeras vezes aos partos e ao seu marido, sem poderem se divorciar; na distorção da sexualidade feminina; no uso do medo (dos tormentos do inferno) como um instrumento de controle; e nos resultados horrendos de sua calúnia contra o Judaísmo.

Mas hoje em dia, os cristãos são consumidores mais conscientes. Eles sabem como se vender no mercado, lançando fora as repressões, como se fossem um novo produto ou um político.
Grayling continua:
Atualmente, em contraste, o cristianismo se especializa em músicas comoventes e desfocadas. Suas ameaças acerca do inferno; sua exigência por pobreza e castidade; sua doutrina de que apenas poucos serão salvos e muitos serão condenados foram deixadas de lado e substituídas por dedilhados de violão e sorrisos açucarados. O cristianismo tem se reinventado com freqüência, com uma hipocrisia de tirar o fôlego, com o interesse de manter o seu domínio sobre os incautos. E se um monge medieval despertasse do sono hoje, como no filme O Dorminhoco, de Wood Allen, não seria capaz de reconhecer a fé que leva o mesmo nome que a sua.[i]
De qualquer modo, essa é a transformação que um descrente observou entre os cristãos. Isso reflete o nosso desconforto moderno, nossa repulsa em afirmar publicamente qualquer um dos ensinos impopulares de Jesus, como o apavorante quadro do futuro, pintado por Jesus. Poderia isso refletir também o modo como os crentes se renderam rapidamente aos padrões culturais?


POR QUE ESCARNECEMOS DO MEDO?


Nossa sociedade não se agrada de ser motivada pelo medo. Nós nos ressentimos com isso. Afinal de contas, o medo não é um guia confiável. Ele parece ser indigno de nós. Parece primitivo e até animalesco. Parece muito instintivo, em vez de racional.
“Fobias” são como chamamos os medos irracionais. Então nos referimos à hidrofobia como sendo um medo irracional de água ou à aracnofobia, como um medo irracional de aranhas. Devemos ter pena das fobias e rejeitá-las. Se você chama o modo como concebo a sexualidade de “homofobia”, então você não deve levar em consideração o que digo. As fobias são indignas de serem levadas a sério.
O medo é poderoso, admitimos, mas também é irracional e nos deixa sujeitos à manipulação, vulneráveis. Por essa razão, não gostamos dele.


O MEDO FUNCIONA?


Ironicamente, todo mundo sabe que o medo é útil. Por isso tiramos proveito dele.
Fazemos isso desde os primórdios dos tempos. Por essa razão, as fábulas de Esopo advertiam sobre o destino dos preguiçosos. Os provérbios e as máximas de Confúcio e Benjamin Franklin contrastam a prosperidade dos que andam retamente com a pobreza dos que fazem coisas erradas. Os pais dizem aos filhos para não fazerem isto ou aquilo para que não se machuquem ou para não terem aquelesamigos porque eles o conduzirão ao que não é bom. Os professores dizem a Joãozinho que, se ele não ler, não poderá trabalhar; e se não puder trabalhar, não poderá ter as coisas que quer e a vida que deseja. Fingimos não acreditar em afirmações assustadoras, mas a grande verdade é que o medo vende!
Você quer segurança para os seus filhos, por essa razão, compra determinado carro. Você quer sua saúde protegida, por isso adquire um convênio e compra vitaminas. Você quer manter uma boa aparência, então compra um aparelho para abdominais. Você quer segurança financeira, portanto, faz investimentos. Você quer ter um sono sadio, o que significa que precisa dormir em segurança, por essa razão, compra um alarme para a sua casa.
O medo funciona!
E não é só a Madison Avenue que sabe disso. A cidade onde moro, Washington, DC, conhece a utilidade do medo. O medo pode ser censurado – “Não há nada a temer, mas tema o próprio medo”! – no entanto, ele é utilizado constantemente.
Apenas imagine uma tela escura de televisão. Depois, uma foto desagradável em preto e branco aparece, e uma voz profunda e agourenta diz: “Se o ‘Fulano de Tal’ chegar ao poder, prisioneiros assassinos serão soltos; os empregos evaporarão; nosso país ficará indefeso; os idosos passarão fome; o sol não brilhará; sempre será inverno e não haverá mais natal”! Depois, a tela muda para uma foto colorida de um candidato sorrindo, sendo cumprimentado calorosamente por pessoas felizes. A voz passa de agourenta para uma voz calorosa e confiante. Ela afirma o candidato. Fim.


E SE, DE FATO, HOUVER ALGO A TEMER?


É lógico que é bom ensinarmos os nossos filhos a não terem medo de sombras e sermos cautelosos com aqueles que utilizam o medo para nos vender algo. Mas e se houver realmente algo a temer?
E se nossas ações tiverem conseqüências e nem todas as conseqüências forem boas? E se houver uma relação entre o que fazemos e o que colhemos? Temos permissão para falar disso?
Nossa sociedade tolera advertências sobre perigos reais: “Ponte caída. Retorno à direita”. Valorizamos advertências médicas educativas: “Se você não parar de fumar, isso o matará”. Especulamos como uma ação afetará nosso meio ambiente ou nossa economia. Somos rápidos em advertir contra ameaças terroristas.
Mas e nas questões espirituais? Nos assuntos sobre Deus, nossa alma e vida após a morte? O medo é um motivador apropriado nessas questões?
Podemos nos ressentir com tal idéia, no entanto, nossos ressentimentos nunca foram um guia infalível contra o que é falso, não é mesmo? O fato de nos ressentirmos com algo não significa que ele não seja verdadeiro!


JESUS NOS MOSTROU O QUE DEVEMOS TEMER: O INFERNO


Jesus sabia que havia algo a temer: passar a eternidade no inferno. Ele disse aos seus discípulos:
E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga (Mc 9. 43 a 48).
Em outra passagem, Jesus disse:
Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer (Lc 12.4 a 5).
Jesus nos exortou a temer o inferno. E nos advertiu para temermos a Deus, que tem o poder de nos lançar no inferno.

PASTORES, NÃO TENHAM MEDO DO MEDO


É uma ilusão pensar que podemos viver sem medo neste mundo amaldiçoado e caído. Todo mundo tem medo de algo, é só uma questão do que.
Pastores, não sejam seduzidos pelos padrões culturais a respeito do que devemos ou não temer. Não seja enganado pela ironia de nossa cultura em relação ao medo. Eles também sentem medo. Em vez disso, siga a Jesus, admoestando os outros acerca do futuro aterrorizante que aguarda aqueles que não se arrependem de seus pecados e não confiam em Cristo.



[i] GRAYLING, A. C.. Against All Gods. London: Oberon Books, 2007. p. 24
Sobre o autor: Mark Dever é pastor da Igreja Batista de Capitol Hill, no distrito de Washington; fundador do ministério 9Marcas e um dos organizadores do ministério Juntos Pelo Evangelho; conferencista internacional e autor de vários livros, incluindo os livros “Nove Marcas de Uma Igreja Saudável”,”Refletindo a Glória de Deus” e “Deliberadamente Igreja”, todos publicados em português pela Editora FIEL.


Fonte: [ Editora Fiel ]

domingo, 19 de setembro de 2010

A igreja sempre seguirá caminhando



Há, sem dúvida, abundantes motivos de preocupação com a Igreja em nossos dias. Em solo brasileiro o mercantilismo da fé invadiu púlpitos, livros e corações. A prosperidade material, em lugar da santidade e serviço cristão, se tornou o sonho de vida vendido nas prédicas diárias. Os títulos hierárquicos da fé são criados na busca por autoridade e destaque de egos enquanto – talvez seja o pior – a Palavra é manipulada para fins pessoais e, não raramente, ilícitos.

Não discordo das vozes de preocupação ou das lágrimas de angústia por uma Igreja que tem se encantado com as luzes deste mundo, perdeu a simplicidade cristã e, em muitos casos, se conformou com o presente século, aplaudindo-o de pé.

Vejo, porém, que, apesar de vivermos dias maus, há motivos de tremenda alegria e regozijo no Senhor, pois Sua Igreja segue caminhando. E observar o cuidado do Senhor ao preservar o caminhar da Igreja - mesmo ao transitar por ruas esburacadas e esquinas escuras - é terapêutico para a alma e estimulante para a fé.

Nos últimos tempos encantei-me com várias destas pessoas que fazem parte da Igreja caminhante. Lembro-me daquele pastor assembleiano que encontrei no Rio de Janeiro que, encarecidamente, pedia ajuda para subir o morro do alemão visto que andava de muleta por ter levado um tiro na última vez que o fez. Desejava subir novamente o morro para pregar a Palavra de Deus. Recordo-me com cores vivas também daquele mecânico de Brasília, tomado pela alegria da conversão após trinta anos de sofrimento nas drogas, e agora sem conseguir completar uma só frase sem falar de Jesus. Também o Sr João, leigo e semi-analfabeto, que se embrenhou nas matas amazônicas para pregar a Palavra e evangelizar – sozinho – seis aldeias indígenas, sem preparo, sustento ou reconhecimento, mas por amor ao Cristo vivo. Não poderia me esquecer de nossos teólogos que andam na contra mão das tendências da época e, mesmo debaixo de críticas e risos, não deixam de nos apontar o caminho da Palavra e da fé. E o que mais poderíamos falar dos pastores e líderes com cabeças já embranquecidas que, após uma vida inteira de fidelidade ao Senhor e à sua Igreja, nos inspiram a seguir o mesmo caminho? E aqueles que gastam a vida, economias e forças para dar voz e uma mão amiga aos caídos à beira do caminho? É também formidável perceber que a cada semana, em solo brasileiro, milhões se apinham em templos das mais variadas espécies para praticar a comunhão e, com sede de Deus, buscá-lo enquanto se pode achar.

Dentre as maravilhas de Deus em manter a Sua Igreja viva em meio a um mundo cujas cores são fortes e atraentes, passa pela minha mente três fatos que, apesar de simples, são para mim emblemáticos. Primeiramente, após ter voltado da África para o Brasil e por aqui estar desde 2001, percebo por onde passo a presença de verdadeiras testemunhas do Senhor Jesus. Homens, mulheres, crianças e idosos que não param de falar de Cristo, distribuir panfletos com mensagens bíblicas, realizar encontros nas praças e seguir de casa em casa – pessoas que são impulsionadas a falar de Jesus a partir do que têm experimentado em suas próprias vidas – sincera transformação. Não há um lugar que passo sem uma marca – mesmo que simples, ou as vezes até fora de contexto – da determinação de se falar daquele que fez algo novo, e maravilhoso, em nossas vidas. Jesus está no coração da Igreja e, freqüentemente, também em seus lábios.

Em segundo lugar recebi um pacote de cartinhas de crianças de uma igreja no interior de Minas, da escola dominical. Em várias delas afirmavam estar orando por nós – missionários – para que não nos desviássemos do nosso chamado. Pensei naquela manhã: fazemos parte de um Corpo que possui crianças que oram, escrevem suas orações e, ainda, nos exortam a não nos esquecermos do sentido da nossa vida!

Por fim, o amor à Palavra. Muitos crentes a buscam, retiram horas para estudá-la, ouvi-la e comunicá-la. Em muitos cultos o momento mais sublime é o momento da Palavra. Olhos se concentram, pessoas se ajeitam nos bancos. A Bíblia é segura com interesse enquanto canetas anotam explicações e aplicações em caderninhos ou papéis improvisados. Há algo diferente quando ela é aberta.

Sim, a franca evangelização, crianças que oram e o amor à Palavra não minimizam o quadro agonizante de uma Igreja que precisa de urgente e franca reforma de vida. Mas são alguns, dentre muitos outros, sinais de que esta Igreja segue caminhando, e o fará até o dia final quando seremos chamados - os que dormem e aqueles vivem - para ouvirmos a doce voz do Senhor : servo bom e fiel...

Rev. Francisco Leonardo Schalkwijk, homem de Deus, ao impetrar a bênção ao fim de cada culto, sutilmente adiciona uma frase que nos lembra a diferença entre aqueles que se chamam Igreja e aqueles que o são: "Que a graça do nosso Senhor e salvador... seja agora irmãos, com toda a Igreja, que sinceramente ama o Senhor Jesus, agora e para todo o sempre, amém." Para ele há na Igreja aqueles que são de fato Igreja – amam sinceramente a Cristo – e aqueles que freqüentam cultos, reuniões e púlpitos. Escutei a mesma verdade da boca de um indígena crente em Cristo, da etnia Ixkariana do Amazonas quando afirmou que ser cristão é conhecer a Jesus, é amar e viver a Jesus, e também falar de Jesus.

Como muitos outros, fui criado em um lar evangélico e nasci ouvindo vários hinos clássicos cristãos. Um deles dizia: Nas lutas e nas provas a Igreja segue caminhando... e, após as estrofes que falam da luta contra o pecado, o diabo e o mundo, o hino encerra como atestando o inimaginável: a Igreja sempre caminhando.

Nos encontros evangélicos internacionais o Brasil é sempre citado, e quase sempre de forma emblemática e entre frases estereotipadas. Alguns afirmam o grande avivamento que por aqui ocorre, a semelhança de outros poucos países do mundo onde o número de evangélicos cresce tão rapidamente. Outros denunciam as teologias oportunistas e exploratórias que são usadas em nosso meio para falsificar a presença e atuação de Cristo. Não raramente alguém me pergunta, como brasileiro, o que acho. A resposta sai quase de forma automática: somos tudo isto e muito mais. Em meio a este emaranhado de iniciativas, das mais sinceras as mais questionáveis, cria-se um ambiente fluido e confuso, para nós. Porém, devemos nos lembrar que o Senhor não vê como vê o homem. Aquele que separa o joio do trigo conhece a Sua Igreja, a ama e a sustenta.

Proponho um exercício espiritual enquanto caminhamos.

- Preocupar-nos um pouco menos com as loucuras feitas em nome de Cristo e um pouco mais com o nosso próprio coração, para que não venhamos a ser desqualificados.

- Olharmos mais para os desejos do Senhor sabendo que, para isto, precisaremos quase sempre estar na contra mão do mundo.

- Observarmos a beleza da presença transformadora de Cristo em Sua Igreja e tantos motivos de alegria, em tantas vidas verdadeiramente transformadas, e não somente os fartos motivos de agonia e indignação.

- Para cada palavra de crítica à Igreja – autocrítica, se assim quiser – termos uma palavra ou duas de encorajamento, para nosso irmão ao lado e para nosso próprio coração.

- Ouvirmos com zelo e temor os profetas que nos denunciam o erro, bem como os pastores que nos encorajam a caminhar.

- Não perdermos de vista Jesus Cristo, Cordeiro de Deus e vivo entre nós, para que a tristeza advinda da Igreja não nos impeça de experimentar a alegria do Senhor.

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo por ser Ele, com Sua autoridade e amor, e não nós, em nossa fraqueza e desamor, que faz com que a Igreja – que a Ele pertence – siga caminhando.

• Ronaldo Lidório é missionário presbiteriano ligado à APMT e à Missão AMEM, entre os indígenas da Amazônia.
Fonte: [ Ultimato ]

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O espiritismo não é cristão!







Cristo, a Vítima Inocente, é quem realizou uma perfeita Expiação pelos nossos pecados. Não por menos ser posto como doutrina fundamental da fé cristã uma‘salvação por graça’, como bem expressa o Santo Apóstolo: “… sendo justificados livremente pela Sua graça, pela redenção que está em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para ser uma propiciação, pela fé no Seu sangue, para demonstração da Sua justiça, pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para a demonstração da Sua justiça, pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para a demonstração, digo, da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3:24-25). E se acrescente Efésios 2.4-9: Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.  Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.
Nossa Redenção encontra-se em Cristo justamente pelo fato de que ele “se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”(Efésios 5.2). Não reencontramos nosso lugar ao lado de Deus por méritos pessoais, antes, pela Graça de Deus, a qual, por meio de Cristo, nos reconcilia consigo. Este é o ensino de todo o Novo Testamento. “… Cristo morreu por nós. Muito mais então, sendo justificados pelo Seu sangue seremos salvos da ira de Deus por meio dele.” (Romanos 5:8,9). “… nossa páscoa também foi sacrificada, mesmo Cristo.” (1 Coríntios 5:7). “… Cristo morreu por nossos pecados, segundo a Escritura”(I Coríntios 15:3). “Aquele que não conheceu pecado. Fê-lo pecado por nós, para que nEle fossemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). “… ofereceu para sempre um sacrifício pelos pecados” (Hebreus 10:12). “Porque Cristo também sofreu pelos pecados uma vez, o justo pelos injustos, para que nos trouxesse a Deus …” (I Pedro 3:18). “Cristo nos redimiu da maldição da Lei, fazendo-Se maldição por nós” (Gálatas 3:13). “… foste morto e remiste para Deus com o Teu sangue homens de toda a tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse. 5:9).

Foi pesquisando o grande sucesso do filme Chico Xavier, e do fenômeno espírita na mídia, que tive a idéia do título deste artigo. Em minhas andanças na Internet, encontrei uma mensagem de um entusiasta que dizia mais ou menos o seguinte: “Obrigado Chico, por tudo o que você nos ensinou, e para o que tem despertado o Brasil, mesmo de onde você está nos vendo!”. Então, pensei com meus botões: “Chico está nos vendo?”. Bem, o caso é que se eu acreditasse nisto, também teria uma mensagem para este ilustre brasileiro: 

“Me desculpe a franqueza Chico, mas, ainda que sua filosofia tenha lá suas virtudes, ela não é, e jamais foi, a religião de Jesus Cristo!”.


 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” –João 3.16

Fonte: Olhar reformado 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Heresias de Benny Hinn

Varias pessoas já me perguntaram sobre o Benny Hinn e seus milagres. Mas o engraçado é que ninguém pergunta sobre a sua doutrina! Parece que esses milagres em si, que deveriam acompanhar a crença, conduzem as pessoas para a incredulidade ou porque não dizer a desvalorização das escrituras!

Caro leitor quem nunca ouviu uma expressão do tipo: " Fulano curou, ele realizou o milagre!" Afinal a gloria é para quem? Posso perceber claramente que estamos vivendo um tempo de inversão, onde a criatura está sendo adorada no lugar do criador.

Minha oração é que o senhor venha restaurá o seu culto; para que possamos tributar a ele toda a gloria. 

" Porque Dele, por Ele, e para Ele são todas as coisas"


Abaixo estão algumas heresias desse suposto homem de Deus, extraidas do site: Bereano


1) "Cristãos são pequenos messias, são pequenos deuses" (Benny Hinn, Praise-a-thon (TBN), Novembro 1990).
Os cristãos são "pequenos deuses"? Absolutamente não! O texto bíblico de Romanos 11:33-36 nos diz: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém".

2) "Jesus na sua morte se tornou um com satanás" (Benny Hinn, transmissão de Benny Hinn, 15/12/90).
Em Sua morte, Jesus não se tornou um com satanás. O que aconteceu foi exponencialmente o oposto. Jesus venceu, triunfou de satanás. Vejamos: "E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo" (Cl 2:15).

3) "Pobreza vem do Inferno. Prosperidade vem do Céu. Adão teve domínio completo sobre a terra e tudo que nela contém. Adão podia voar como um pássaro. Adão podia nadar embaixo d'água e respirar como um peixe. Adão foi para a lua. Adão caminhou sobre as águas. Adão foi um superser [este não é o termo de um autor esotérico?], ele foi o primeiro super-homem que viveu. Adão teve domínio sobre o sol, lua & estrelas. Cristãos não têm Cristo em seus corações. Semeia uma grande semente, quando você a confessa, você está ativando as forças sobrenaturais de Deus". (Benny Hinn, Praise-a-thon (TBN), Novembro 1990).
Adão podia voar como um pássaro?; Adão podia nadar embaixo d'água?; Adão podia respirar como um peixe?; Adão foi para a lua?; Adão caminhou sobre as águas?; Adão foi um superser?; Adão foi o primeiro super-homem que viveu? Gostaria de ver Benny Hinn, ou qualquer outra pessoa nos mostrar esse ensino na Bíblia! Todo ensino que vai além do que está escrito na Bíblia deve ser considerado como amaldiçoado. Vejamos: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (amaldiçoado). Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema (amaldiçoado)." (Gl 1:8).

4) "Quando você não dá dinheiro (para a igreja), mostra que tem a natureza do diabo" (Benny Hinn, Praise-a-thon (TBN), 4/21/91)
Em primeiro lugar, o ensino bíblico nos alerta para o fato de que aquele que não é dizimista está roubando a Deus. Ele não está roubando a igreja, mas a Deus. Em segundo lugar, não está escrito em nenhuma parte das Escrituras Sagradas que aquele que não dá dinheiro à igreja tem a natureza do diabo. Seria muito bom, outra vez, que o Sr. Benny Hinn nos mostrasse na Bíblia em que lugar isso está escrito.

5) "Algumas vezes eu desejaria que Deus me desse uma metralhadora do Espírito Santo para explodir a cabeça deles" (Falando sobre nós, "os caçadores de heresias")
O desejo do Sr. Benny Hinn de explodir a cabeça dos bereanos caçadores de heresia se dá pelo fato dele ser continuamente desmascarado pelos tais. A instrução bíblica é que examinemos os ensinos, ponhamos à prova os ensinadores, comparamos toda instrução com a escritura e notemos (destaquemos, revelemos) os hereges, para que sintam vergonha.

6) "Quando você diz que está salvo, o que está dizendo? Está dizendo que é um cristão. O que essa palavra significa? Significa que você é um ungido. Você sabe o que a palavra ungido significa? Significa Cristo. Quando você diz que é um cristão, está dizendo que é um Mashiyach, em hebraico, sou um pequeno messias caminhando na Terra, em outras palavras. Essa é uma revelação chocante! ... O espírito dele e nosso espírito-homem são um, unidos. Não há separação, é impossível. A nova criação é criada com base em Deus em justiça e verdadeira santidade. O novo homem é como Deus, divino, completo em Cristo Jesus, a nova criação é exatamente como Deus. Posso dizer assim, você é um pequeno deus caminhando na Terra". "Embora nós não sejamos o Deus Todo-Poderoso, apesar de tudo, nós agora somos divinos" (Benny Hinn, 12/1/90, TBN). "Se você está preparado para algum conhecimento revelado... você é deus" (Benny Hinn, "Our Position In Christ", tape # AO31190-1)
O homem é um ser criado. E aquele que é salvo continua sendo um ser criado, todavia regenerado, nascido de novo. Na verdade, o desejo de se tornar igual a Deus tem origem no coração de Satanás. Observe que foi o inimigo que semeou esse ensino no coração de Eva, e hoje este continua no coração de muitos, inclusive do Sr. Benny Hinn. Nós, jamais seremos divinos. Jamais seremos deuses. Jamais seremos iguais a Deus. Nós somos criaturas. "E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um vermezinho" (Jo 25:6).

7) "Se vocês me atacaram, suas crianças pagarão por isso" (Benny Hinn, TBN "Heresy Hunters" 23/10/92).
Um exemplo claro de como ele tenta intimidar as pessoas para que estas não julguem seus métodos.

8) Benny Hinn falando em "línguas": "Demônios, demônios... glória, glória"; "Senhor Jesus, dê a eles pecado... por gargalhadas sagradas [a chamada benção de Toronto / unção do riso] às pessoas, eu oro" (Benny Hinn, TBN)
Benny Hinn orando aos demônios? Benny Hinn dando glória aos demônios? Benny Hinn pedindo que Deus dê pecado as pessoas? Benny Hinn pedindo a unção do riso? Ora, em que lugar da Bíblia nós podemos encontrar respaldo para tais práticas? Orar a demônios; glorificar demônios; pedir pecado para Deus; ensinar a unção do riso?

9) "Deus, o Pai, é uma pessoa. Deus, o Filho, é uma pessoa. Deus, o Espírito Santo é uma pessoa. Mas cada um deles é um ser triúno por si mesmos! Se posso chocá-lo, e talvez eu deva chocá-lo, existem nove deles... Deus, o Pai, é uma pessoa com seu próprio espírito pessoal, com sua própria alma pessoal, e seu próprio corpo espiritual pessoal. Você diz, "Eu nunca ouvi isso antes". Bem, você acha que está nesta igreja para ouvir coisas que já ouviu nos últimos cinqüenta anos? Você não pode discutir com a Palavra, pode? Está tudo lá na Palavra." (Benny Hinn).
Espere um pouco! Nove deuses? Isso sim, pode ser classificado como politeísmo. Isso nunca foi cristianismo bíblico. Deus, o Pai, possui um corpo físico? Como pode alguém ensinar tal doutrina se a própria Bíblia nos ensina que O Pai não tem corpo físico? "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4:24).

10) "Você acha que está nesta igreja para ouvir coisas que já ouviu nos últimos cinqüenta anos?".
Ora, um falso profeta sempre se apresenta como sendo o detentor de uma nova revelação. Foi assim com Joseph Smith (Mórmons), Charles Russel (Testemunhas de Jeova), William Branham (Tabernáculo da Fé), Ellen White (Adventismo), e agora com o Sr. Benny Hinn.
Como pode-se descartar tão rapidamente 200 anos de história, para se defender heresias de perdição tão claras e aberrantes? "Não removas os antigos limites que teus pais fizeram" (Pv 22:28).
Benny Hinn ainda teve a ousadia de dizer: "Você não pode discutir com a Palavra, pode? Está tudo lá na Palavra". Gostaria, mais uma vez, de saber em que lugar da Escritura está esse ensino? Aqui podemos entender com a mais absoluta clareza que aqueles que seguem tais ensinos não se dão ao trabalho de ler a Bíblia, muito menos de estudá-La.
A afronta contra a natureza divina de Cristo e Sua obra vicária na cruz é apresentada por Benny Hinn, quando ele diz: "Senhoras e senhores, a serpente é um símbolo de Satanás. Jesus Cristo sabia que o único modo de ele parar Satanás seria tornando-se um em natureza com ele."O que você disse? Que blasfêmia é esta?' Não, você ouviu isto mesmo! Ele não levou meus pecados, ele tornou-se meu pecado. O pecado é a natureza do inferno. O pecado é que fez Satanás. Você se lembra, ele não era Satanás até que o pecado foi encontrado nele. Lúcifer era perfeito até que, Ezequiel diz, o pecado foi encontrado nele. Foi o pecado que criou Satanás. Jesus disse, "Serei o pecado, irei aos lugares mais baixos. Irei à origem do pecado. Não irei apenas tirar parte dele; serei a totalidade dele". Quando Jesus tornou-se pecado, ele o tirou de A a Z e disse não mais. Pense nisto. Ele tornou-se carne para que a carne possa tornar-se como ele. Ele tornou-se morte para que os homens moribundos possam viver. Ele tornou-se pecado para que os pecadores possam ser justos nele. Ele tornou-se um com a natureza de Satanás para que todos aqueles que tinham a natureza de Satanás possam participar da natureza de Deus." Benny Hinn afirma que Jesus falou: "Serei o pecado, irei aos lugares mais baixos. Irei à origem do pecado. Não irei apenas tirar parte dele; serei a totalidade dele". Mais uma vez fazemos a mesma pergunta: Em que lugar da Bíblia Jesus disse isso? Jesus não se transformou em um pecador, e muito menos se transformou em pecado. Ele carregou, levou sobre si os nossos pecados. Basta ler Isaías 53.
Que Deus tenha misericórdia daqueles que têm, inocentemente, se deixado levar pelas heresias propagadas pelo falso profeta do Movimento da Fé, o Sr. Benny Hinn.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Mateus 7.22-23

Leia também: As Estranhas Doutrinas de Benny Hinn
www.espada.eti.br/n1824.asp

Fonte: Bereano

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um protesto na expoCristã 2010

Um clamor pela volta do evangelho genuino!

Assista e tire as suas proprias conclusões:


O poder de Deus na conversão de almas



O mesmo poder que atrai o pecador a Deus é o que conduziu Cristo para fora da sepultura e o levou ao céu (Ef 1.19). Um grande poder é manifestado na conversão, maior que o manifestado na criação. Quando Deus fez o mundo não encontrou oposição. Não tinha nada para ajudá-lo nem tinha nada para atrapalhá-lo, mas quando converte um pecador, encontra oposição. Satanás se opõe a Deus, também o coração do homem se opõe a Deus; pois o pecador está irado em relação à graça que o pode converter. O mundo foi "obra dos teus dedos" (SI 8.3). A conversão é o trabalho de "seu braço" (Lc 1.51 I.

Na criação, Deus operou somente um milagre, ele pronunciou sua palavra; mas, na conversão. Deus executa muitos milagres. O cego vê, o morto é ressuscitado, o surdo ouve a voz do Filho de Deus. Quão infinito é o poder de Jeová. Ante o seu cetro, os anjos se cobriam e se prostravam, os reis lançavam suas coroas aos seus pés. "Porque o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, é o que toca a terra, e ela se derrete" (Am 9.5). "Quem move a terra para fora do seu lugar, cujas colunas estremecem" (Jó 9.6). Um terremoto faz que a terra trema sobre seus pilares, mas Deus pode remover a terra de seu centro.

Deus comanda e todas as criaturas no céu e na terra obedecem a suas ordens. Xerxes, o monarca persa, lançou correntes ao mar e as ondas as engoliram como se estivesse acorrentado às águas, mas quando Deus fala, o vento e o mar lhe obedecem. Se falar somente uma palavra, as estrelas brigam em seus cursos contra Sisera. Se ele bater o pé, um exército de anjos imediatamente se apresentará para a batalha. O que o poder do onipotente não pode fazer? "O SENHOR é homem de guerra" (Êx 15.3) "O teu braço é armado de poder" (SI 89.13).

O poder de Deus é "a força da sua glória" (Cl 1.11). É um poder irresistível. "Pois quem jamais resistiu à sua vontade?" (Rm 9.19). Contestá-lo é como se os espinhos se organizassem em marcha de batalha contra o fogo, ou, como se uma criança sensível lutasse com um arcanjo. Se o pecador for pego na rede de ferro de Deus, não há escapatória. "Nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos" (Is 43.13).

O poder de Deus é inexaurível, nunca passa ou se desgasta. Os homens, enquanto exercitam suas forças, se enfraquecem, mas Deus tem uma eterna renovação de força em si mesmo (Is 26.4). Embora Deus gaste suas flechas contra seus inimigos, mesmo assim não gasta sua força (Dt 32.23). "O SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga" (Is 40.28).

Autor: Thomas Watson

domingo, 12 de setembro de 2010

A gravidade do pecado







A própria palavra "pecado", em anos recentes, desapareceu do vocabulário da maioria das pessoas. Pertence à fraseologia religiosa tradicional que, pelo menos no Ocidente cada vez mais secularizado, muitos agora declaram sem sentido. Além do mais, se alguém menciona o "pecado", na maioria das vezes é compreendido mal. O que é, pois?

O Novo Testamento emprega cinco palavras gregas principais para o pecado, as quais juntas retratam os seus aspectos variados, tanto passivos como ativos. A mais comum dessas palavras é hamartia, que descreve o pecado como um não atingimento do alvo, ou fracasso em alcançar um objetivo. Adikia é "iniqüidade", e poneria é o mal de um tipo vicioso ou degenerado. Ambos os termos parecem falar de uma corrupção ou perversão de caráter. As palavras mais ativas são parabasis (com a qual podemos associar paraptoma), uma "transgressão", o ir além de um limite conhecido, e anomia, "falta de lei", o desrespeito ou violação de uma lei conhecida. Cada caso subentende um critério objetivo, um padrão a que falhamos em atingir ou uma linha que deliberadamente cruzamos.

Presume-se, por toda a Escritura, que este critério ou ideal foi estabelecido por Deus. É, de fato, sua lei moral, que expressa seu caráter justo. Não é, contudo, a lei do seu próprio ser somente; é também a lei do nosso, visto que ele nos criou à sua imagem, e ao fazê-lo, escreveu os requisitos da sua lei em nossos corações (Romanos 2:15).

Há, portanto, uma correspondência vital entre a lei de Deus e nós, e pecar é transgredir a lei (1 João 3:4), ofender nosso bem-estar mais elevado, como também ofender a autoridade e o amor de Deus.

A ênfase da Escritura, porém, é sobre a autocentralidade ímpia do pecado. Cada pecado é uma quebra do que Jesus chamou de o primeiro e grande mandamento, não apenas o fracasso de amar a Deus com todo o nosso ser, mas também a recusa ativa de reconhecê-lo e obedecer-lhe como o nosso Criador e Senhor. Rejeitamos a posição de dependência que o fato de sermos criados envolve, e procuramos ser independentes. Pior ainda, ousamos proclamar nossa auto-independência, nossa autonomia, o mesmo que reivindicar a posição que somente Deus pode ocupar. O pecado não é um lapso lamentável de padrões convencionais; a sua essência é a hostilidade para com Deus (Romanos 8:7), manifesta em rebeldia ativa contra ele. Ele tem sido descrito em termos de "livrar-se do Senhor Deus" a fim de colocarmos a nós mesmos no seu lugar, num espírito altivo de "poderosidade divina". Emil Brunner resume esse pensamento muito bem, ao dizer: "Pecado é desafio, arrogância, desejo de ser igual a Deus. . . Asserção da independência humana contra Deus. . . Constituição da razão autônoma, moralidade e cultura". É com muita razão que ele intitulou o livro do qual tiramos essa citação "Homem em Revolta".

Uma vez que tenhamos visto que cada pecado que cometemos é uma expressão (em diferentes graus de autoconsciência) desse espírito de revolta contra Deus, seremos capazes de aceitar a confissão de Davi: "Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos" (Salmo 51:4). Ao cometer o adultério com Bate-Seba, e ao arranjar para que Urias, o marido dela, fosse morto na batalha, Davi havia cometido ofensas extremamente sérias contra eles e contra a nação. Contudo, eram as leis de Deus que ele tinha quebrado e, por isso, era contra Deus que, em última análise, havia pecado.

Talvez seja a profunda relutância de encarar a gravidade do pecado que tem levado à sua omissão do vocabulário de muitos de nossos contemporâneos. Um observador arguto da condição humana, que notou o desaparecimento da palavra, é o psiquiatra americano Karl Menninger. Ele escreveu a esse respeito em seu livro "O que Foi Feito do Pecado?" Descrevendo a indisposição da sociedade ocidental, o seu humor geral de tristeza e condenação, ele acrescenta que "sente-se a falta de qualquer menção de 'pecado' ". "Essa palavra já esteve na mente de todos, mas agora poucas vezes se ouve. Será que isso significa", pergunta ele, "que o pecado não faz parte de todos os nossos problemas. . .? Será que ninguém comete pecados? Para onde, deveras, foi o pecado? O que aconteceu a ele?" Investigando as causas do desaparecimento do pecado, o Dr. Menninger nota primeiro que "muitos pecados antigos têm-se transformado em crimes", de modo que a responsabilidade pela sua solução passou da igreja para o Es¬tado, do sacerdote para o policial, ao passo que outros se dissiparam em doenças, ou pelo menos nos sintomas de doenças, de forma que nesses casos o tratamento substituiu o castigo. Um terceiro e conveniente artifício chamado "irresponsabilidade coletiva" capacitou-nos a transferir a culpa de nosso comportamento desviado de nós mesmos como indivíduos para a sociedade como um todo ou para um dos seus muitos agrupamentos.

O Dr. Menninger prossegue fazendo um apelo não somente pela volta da palavra "pecado" ao nosso vocabulário, mas também por um reconhecimento da realidade que ela expressa. Não podemos despedir o pecado como mero tabu cultural ou erro social. Devemos levá-lo a sério. Acrescenta ele: "O clérigo não pode minimizar o pecado e manter o seu papel correto em nossa cultura". Pois o pecado é "uma qualidade implicitamente agressiva — uma crueldade, um ferimento, um afastamento de Deus e do restante da humanidade, uma alienação parcial, ou um ato de rebelião. . . O pecado possui uma qualidade voluntariosa, desafiadora ou desleal: alguém é desafiado ou ofendido ou magoado". Ignorar isto seria desonesto. Confessá-lo capacitar-nos-ia a fazer algo a seu respeito. Além do mais, a volta do pecado inevitavelmente levaria ao "reavivamento ou reafirmação da respon¬sabilidade pessoal". De fato, a "utilidade" de reviver o pecado é que a responsabilidade seria revivida com ele.


Autor: John Stott

sábado, 11 de setembro de 2010

Ira de Deus: O que é isso?


Entre os mestres religiosos dos dias atuais, existe uma forte tendência para dissasociar a ira do carater divino a fim de defender Deus nas suas explicações das passagens bíblicas que relacionam com ele. Isso é compreensivel , mas a luz da revelação de Deus é indescupavel.

Em primeiro lugar Deus não precisa de uma suposta defesa que distorce as escrituras. Os mestres e lideres que sempre tentam fazer Deus a sua imagem poderiam ocupar se melhor  tentando fazer a si próprio a imagem de Deus. Nas escrituras Deus falou todas essas palavras e não existe um critério para julgar a revelação que Deus faz a si mesmo.

A atual recusa de aceitar a doutrina da ira de Deus faz parte de um esquema de incredulidade, que começa com a duvida a respeito da veracidade das escrituras cristãs.

Deixe que um homem questione a inspiração das escrituras, uma curiosa inversão tem lugar: Daí por diante ele julga a palavra, em vez dela o julgar; ele determina que palavra deve ensinar, em vez de permitir que ela determine em que ele deve crer; ela a revisa, a emenda, corta, faz acréscimos ao seu bel prazer; sempre se opõe a palavra e a torna submissa a si mesmo, em vez de ajoelhar diante de Deus e se tornar submisso a palavra.

Para entender a ira de Deus, precisamos examinar a luz da sua santidade. Deus é santo e fez a santidade como condição moral para a saúde do seu universo. A presença temporária do pecado no mundo só acentua isso. Tudo que é santo é saúdavel; o mal é uma doença moral, que por fim acaba em morte. Desde que o primeiro interesse de Deus é sua saúde moral, isto é, sua santidade, tudo quanto a contrarie está necessariamente sobre o seu eterno desagrado. Sempre que a santidade de Deus confronta o pecado surge um conflito. Deste conflito surge uma atitude, e essa atitude de Deus se chama " ira". Para preservar sua criação Deus tem que destruir tudo que vai destrui-la. Quando ele se levanta para impor a destruição e para salvar o mundo de um irreparável colapso moral , diz-se que ele está irado. Todo julgamento de Deus na historia do mundo , em sua ira, é um santo ato de preservação.

Autor: W. TOZER

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Frieza com as Almas - Richard Baxter





Não sei o que outros pensam, mas por minha parte eu tenho vergonha da minha estupidez, fico maravilhado de mim mesmo de como não trato com a minha própria alma e das almas dos outros como um que procura o grande dia do Senhor, como posso ter lugar para quase quaisquer outros pensamentos e palavras, e que tais questões espantosas não absorvem minha mente totalmente. Maravilho-me de como posso pregar para eles levemente e friamente, como posso deixar homens só em seus pecados, como eu não vou a eles, e os suplico, pela causa do Senhor, a arrependerem, independente de como reagirão, ou qualquer dor e o incomodo que poderá me custar.

Eu raramente saio do púlpito, mas a minha consciência me mata porque eu não tenho sido mais sério e fervoroso. Ela me acusa, nem tanto por falta de ornamentos e elegância, nem por deixar cai uma palavra feia, mas me pergunta: Como você consegue falar de vida e morte com tal coração? Como você consegue pregar de céu e inferno de tal maneira, sonolenta e negligente? Você acredita do que fala? Você fala em sinceridade, ou brincando? Como você consegue falar para as pessoas que pecam que tal coisa é errada, e que tanta miséria está sobre elas e antes delas, você não fica mais afetado? Você não deve chorar por tais pessoas, suas lágrimas não devem interromper as suas palavras? Você não deve clamar em voz alta, os mostrando suas transgressões, implorando e suplicando quanto à vida e a morte?

Como tenho vergonha de meu coração obtuso e negligente, do meu curso lento e sem fruto de vida, o Senhor sabe, tenho vergonha de cada sermão que prego, quando penso do que eu tenho falado, quem me enviou, e que salvação ou condenação está em jogo, eu estou pronto para tremer para que Deus não me julgue como alguém que tratava as Suas verdades e as almas dos homens levemente, e que no meu melhor sermão eu seria culpado de seu sangue. Eu penso que nós não devemos falar uma palavra aos homens em questões de tal conseqüência sem lágrimas, ou sem zelo maior que poderíamos, nós também não somos culpados do mesmo pecado que reprovamos, seria assim.

Verdadeiramente isto é o som alto que minha consciência ressoa nos meus ouvidos, e ainda assim, minha alma sonolenta não se acorda. Ó, que coisa é um coração endurecido e insensível! Ó Senhor salva a nós mesmos da praga da infidelidade e do coração duro, senão como seremos instrumentos preparados de salvar outros dela? “Ó, faça em nossas almas o que você nos usaria a fazer nas almas dos outros”.



Fonte: Bereianos

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma carta de Jonathan Edwards para seu filho




=[Jonathan Edwards enviou esta carta em 1755 a seu filho Jonathan Edwards Jr, que tinha a idade de nove anos e estava com Gideon Hawley em uma viagem missionária entre os índios.]

Stockbridge, 27 de maio de 1755.

Querido filho,


Embora muito distante de nós, você não está distante de nossas mentes: Eu me preocupo muito com você, freqüentemente penso em você, e freqüentemente oro por você. Embora você esteja muito longe de nós, e de todos os seus familiares, contudo, é conforto para nós que o mesmo Deus que está aqui também está em Onohoquaha e que embora você esteja longe de nossa visão e de nossa assistência, você sempre está nas mãos de Deus, que é infinitamente gracioso; e nós podemos ir a Ele, e te submeter ao Seu cuidado e misericórdia . Cuide para que você não O esqueça ou negligencie. Tenha sempre a Deus perante seus olhos, e viva em Seu temor, e O busque a cada dia com toda a diligência: porque Ele, e somente Ele pode fazer você feliz ou miserável, conforme Lhe agrade; e sua vida e saúde, e a salvação eterna de sua alma e tudo nesta vida, e na que está por vir, depende de Sua vontade e desejo.
Na última semana que passou, na quinta-feira, David morreu; aquele que você conhecia e com quem brincava, e que vivia em nossa casa. Sua alma entrou no mundo eterno. Se ele estava preparado para a morte, nós não sabemos. Este é um aviso audível de Deus para que você se prepare para a morte. Você vê que ele sendo jovem morreu, tal qual aqueles que são velhos; David não era muito mais velho do que você. Lembre-se do que Cristo disse, que você deve nascer de novo, ou nunca verá o Reino de Deus. Nunca se dê ao descanso enquanto não tiver uma boa evidência de que você é convertido e tornou-se uma nova criatura.

Nós esperamos que Deus preserve sua vida e saúde, e que você retorne a Stockbridge novamente a salvo; mas sempre lembre-se de que esta vida é incerta; você não sabe se irá morrer em breve, portanto há a necessidade de estar sempre pronto. Nós ouvimos há pouco que seus irmãos e irmãs em Northhampton e em Newark estão bem. Seu idoso avô e sua avó, quando eu estava em Windsor, mandaram dizer que o amam. Todos nós aqui dizemos o mesmo.

Eu, seu terno e afetuoso pai,

Jonathan Edwards.

sábado, 4 de setembro de 2010

Ditadura religiosa: " NÃO TOQUEIS NOS UNGIDOS ?"



Gostaria de salientar primeiramente que a frase " O UNGIDO DO SENHOR" , do antigo testamento , refere-se tipicamente aos reis de Israel (1Sm12.3,5; 24.6,10; 26.9,16,23; 2Sm1.14,15;19.21; Sl 20.6; Lm 4.20). Em algumas ocasiões constituía uma menção especifica a linha real que descendia de Davi (Sl 2.2; 18.50; 89.38,51). Nunca foi usado em relação a profetas e mestres poderosos.

Muitas pessoas atualmente gostam de usar o texto do Sl 105, pois lá até mesmo menciona profeta no seu contexto imediato, mas se observarmos algumas referencias (versículos 8 ao 15 do mesmo salmo; 1Cr16.15-22) vamos perceber que sem duvida nenhuma esse texto se refere aos patriarcas de uma maneira geral. Deus chamou Abraão de profeta (Gn 20.7). Portanto leitor saiba que é bíblico questionar essa passagem como se aplicasse a lideres específicos dentro da igreja.

E mesmo se esse texto pudesse se aplicar hoje a certo líderes eclesiasticos, as palavras " toqueis" e " maltrateis", pelo contexto, refere-se única é exclusivamente a inflição de dano físico a alguém. Portanto o Sl 105.15, não impede ninguém de questionar os ensinos dos autoproclamados homens e mulheres de Deus.

Talvez a pergunta que esteja na sua mente agora seja: Afinal quem são os ungidos de Deus? - Seriam aqueles que se proclamam assim, dizem ser portadores de poderes sobrenaturais! Se for esse o caso, teríamos que aceitar também os ensinamentos de Chico Xavier, Alan Kardec e muitos outros lideres de seitas! - Ou são aqueles homens e mulheres que realizam milagres? Não se iluda leitor as escrituras alertam muito sobre isso, pois o anticristo e ao falso profeta trarão essa marca e evidencia ( Ap  13.13-15; Ts 2.9).

O que mostra, que uma pessoa verdadeiramente é ungida, e é um representante genuíno de Deus; é a pureza de carater e sua doutrina engajada na bíblia.( Tt 1.7-9;2.7,8; 2Co4.2; 1Tm 6.3,4) Se um suposto mestre de Deus não pode passar no teste do carater e da doutrina , nada nos obriga a aceitar suas reivindicações e tão pouco ter medo de criticar suas doutrinas antibiblicas.

Que venhamos firmar nossa fé nas escrituras, e provar tudo nela; que ela venha ser um espelho para refletir a realidade das nossas vidas e os que estão a nossa volta. 

" TUA PALAVRA É LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS E LUZ PARA O MEU CAMINHO"

Não nos deixe caminhar na escuridão senhor, como cegos sendo levados, pelos ventos de doutrina. Dai-nos discernimento, venha ser nossa lâmpada e a luz para o nosso caminhar, amém!

Paz do senhor para todos [...]

fonte [ Cristianismo em crise]

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Falando sobre politica




Estamos se aproximando de mais uma eleição, no nosso país. E o que vemos são promessas mirabolantes, que às vezes até parece, que serão as soluções para a nossa nação. Vendedores de ilusões que mais uma vez tentam convencer um povo cansado de acreditar na melhora. Será que alguém vai ter coragem de dizer que já se cansou de falsas promessas? Será que essas meias dúzias de projetos criados e divulgados, resolvem os problemas dos Brasileiros? – Alimentam seu corpo, mas não produzem mudança na alma! Vemos de um lado um grupo de “ Marketing político” bradando e dizendo: O Brasil está caminhando para o desenvolvimento!





- Que desenvolvimento é esse? (Seria o da prostituição, do carnaval, do trafico de drogas e da falência das famílias?)

Caro leitor confesso que fico muito triste de enxergar, como está o nosso país. Nas propagandas políticas ele é tão belo não? O que dizer da campanha “ fome zero’ ou ‘ do bolsa escola ?” Acho que esses políticos, deveriam passar mais tempo convivendo nas comunidades, para perceber que esses projetos divulgados milagrosos, na verdade não resolvem o problema, apenas ameniza o mesmo!

Caro leitor raciocine comigo: Imagine se você escorrega e fratura o seu braço, depois de encaminhado á um pronto socorro fica confirmado que realmente o seu braço está quebrado. O correto a fazer seria engessar, não? Agora imagine se o médico virasse para você e falasse: - Nós não vamos engessar o seu braço, você vai tomar esse remédio aqui, ele serve para amenizar a dor e toda vez que a dor voltar me procure estarei receitando um novo remédio. Esse médico não resolveu o problema! Na verdade ele apenas amenizou! Essa é a realidade do nosso país não se iluda, o Brasil não é a nação das propagandas da globo ou das propagandas políticas cheias de “ marketing’ e engano para  ludibriar mais uma vez o povo “ Que não desiste nunca” (quanta ironia)

E para completar ainda somos obrigados a votar! Quando leio a Bíblia compreendo um pouco porque o reinado de Davi deixou saudade. Como é difícil encontrar uma liderança que realmente se preocupa em resolver os problemas do povo, que caminhe na direção e na vontade divina, no seu auxilio e que tributa a ele a gloria devida ao Todo Poderoso.

Algumas pessoas me dizem que não existe solução para o Brasil, devido a grande corrupção que se instalou no senado da republica. Se confiarmos apenas em homens com certeza a situação só piorará, mas se seguimos as orientações bíblicas certamente ainda haverá esperança para essa nação [...]

Veja o que Deus disse a Salomão: 2Cr 7:14

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus perdoarei os seus pecados e sararei a terra.
Que o senhor venha sarar nossa terra e nos conduzir ao reinado de justiça e santidade.

Deus abençoe todos [...] na verdade e no amor de Cristo!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eu aceitei Jesus ou foi ele que me aceitou ????




"...na verdade quem nos aceitou foi ele..."



"Por que Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade" (Fil. 2:13).



Eu não consigo me esquecer daquela afirmação, aquele senhor acabava de confirmar aquilo que era a mais simples verdade do "Evangelho" mas esquecida pela grande massa dos crentes contemporâneos. Estamos tão acostumados com o "evangelho" mesclado com o humanismo, que já não conseguimos discernir a mínima diferença entre a mão direita e a esquerda. Num bate papo com qualquer cristão, vamos concluir que o entendimento que eles possuem é que; se foram salvos um dia é por que fizeram alguma coisa para receber a esta salvação. Isto soa como algo assim: "Deus tem feito tudo o que Ele pôde fazer, o próximo passo (aquele que realmente é decisivo) depende de você ... Céu ou inferno! a escolha é sua".

Assim, por "aceitar" Cristo, o homem virtualmente se torna seu próprio salvador. O homem é tido como se estivesse no volante, e Deus como um mero espectador.¹ Ou seja, o Próprio salvador fica impossibilitado de salvar, pois em ultima ánalise quem decide é o pecador. Mas como alguém (no caso do pecador) decide por algo que nunca deseja?

Hoje em dia, muitos púlpitos proclamam um Deus que tenta, de um modo altamente inócuo, ser aceito pelos homens. Mas, se uma pequena parte da verdade é apresentada como se fosse a verdade total, o resultado será, na melhor das hipóteses, confusão, e na pior, decepção. A verdade parcial pode ser mais perigosa do que uma mentira aberta!¹

É bem verdade, que a VERDADE nua e crua, é intolerável aos nossos corações rebeldes. Nossos ouvidos não pode ouvi-la sem ao menos serem ameaçados pela justiça Divina, pois é como afirma o apóstolo 
"...para que toda a boca esteja fechada e todo mundo seja condenável diante de Deus"
¹ (Rom 3:19)

Uma música do grupo Logos, retrata bem a trágica mudança no conteúdo da mensagem pregada. 
Diz a letra da música;

"Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração, em constatar que o evangelho já mudou; quem ontem era servo agora acha-se Senhor, e diz a Deus como Ele tem que ser. Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus, ele é tão claro como a água que bebi, e não se negocia sua essência e poder, se camuflado a excelência perderá ² "
Mas qual é a pura essência do Evangelho?

O Evangelho de Jesus Cristo é essencialmente centralizado em Deus, e não no homem... o pecado foi introduzido ao mundo, e tem inteiramente corrompido todo o coração e natureza, de todos os homens. Assim, nós estamos separados de Deus por uma barreira infinita. A justiça e a santidade divina, demandam que nossos pecados sejam punidos. Em nosso estado de pecado, nós nem somos capazes de pagar pelos nosso próprios pecados, nos transformar, tampouco fazer as pazes com Deus. Nossa única esperança é que alguém maior que nós faça por nós o que não podemos fazer por nós mesmos, e nos fazer aceitáveis a Deus

Mas, quem pode pagar totalmente por todos os nossos pecados? Quem pode viver perfeitamente sem nenhum pecado e merecer o favor de Deus para nós? Quem pode nos fazer aceitáveis a Deus? A resposta bíblica é inequivocamente clara: somente Deus pode fazer tudo isto.¹

Ei, alguém ai já pensou em um abismo?...existe um grande abismo entre Deus e os pecadores...onde estes jamais poderão caminhar em direção a Deus, a única alternativa parte de Deus, pois somente Ele pode caminhar em direção ao homem.

E Ele tem feito isto de tal modo que os pecadores são salvos e a justiça ainda é mantida. O culpado segue livre, mas os padrões de justiça não são quebrados. Cristo, o Eterno Filho de Deus, veio a este mundo e se tornou um homem, viveu uma vida pura de obediência ao Pai, e morreu a morte que os pecadores mereciam morrer, satisfazendo por completo, todas as obrigações da lei. Assim nós lemos: Deus nos fez agradáveis a si no Amado (Efés. 1:6). Aceitar é, sobretudo, a prerrogativa de Deus.

A salvação é Seu ato, Sua iniciativa, Sua intervenção em um caso sem esperança. Do Senhor vem a salvação (Jonas 2:9). A salvação não é tanto o pecador aceitando a Deus quanto Deus aceitando o pecador, o qual, em desespero, se torna do pecado e se agarra em Cristo. Esta é a mensagem evangélica que exalta a Deus e que manifesta Ele no comando. Isto faz com que o homem seja uma esfera que está em órbita ao redor de Deus.

Será que ficou claro meu irmão arminiano? Na graça, a ênfase não está em quem recebe, mas sim, no Doador!

Eu sei muito bem que está claro, mas parece que você "se acha" capaz, não é mesmo?" Eu quase posso escutar alguém dizendo, mas, e a minha decisão? Eu não necessitava a fazer alguma coisa? Eu não precisava ao menos ter que decidir, e desejar ser salvo?... Eu deixarei que Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) dê uma resposta, através de sua autobiografia:
 

Quando eu estava chegando a Cristo, eu pensei que estivesse o fazendo por mim próprio, e mesmo que eu procurei zelosamente ao Senhor, eu não fazia idéia que o Senhor me procurava. Eu não penso que o recém convertido esteja, primeiramente, ciente disto. Eu posso fazer um retrospecto daquele dia e daquela hora em que eu recebi estas verdades em minha alma pela primeira vez ! quando elas foram queimados em meu coração, como John Bunyan diz: como se fosse ferro em brasa; e posso relembrar de como me senti crescido, subitamente, de um bebê a um homem ! que eu fiz um progresso no conhecimento das Escrituras, através do descobrimento, de uma vez por todas, deste entendimento da verdade de Deus. Numa noite da semana, quando estava sentado na casa de Deus, eu não estava pensando muito no sermão do pregador, pois eu não acreditei nele. Um pensamento me atingiu: "Como você se tornou um Cristão?" Eu procurei ao Senhor. "Mas como você veio a buscar o Senhor?" Por um instante a verdade veio em minha mente: Eu não O procuraria a menos que tivesse existido alguma influência prévia sobre a minha mente, que me fizesse O procurar. "Eu orei!", pensei eu. Mas então perguntei a mim mesmo: "Como vim a orar?" Eu fui induzido a orar pela leitura das Escrituras. "Como vim a ler as Escrituras?" Eu As li, mas o que me fez Às lerem? Então, por um momento, eu vi que Deus estava por trás de tudo, e que Ele era o Autor de minha fé, e então a plena doutrina da graça se abriu para mim, e desta doutrina eu não me afastei até este presente dia, e desejo fazer esta a minha confissão constante: "Eu atribuo a minha mudança completamente a Deus ¹ ".



Autor: Aldair Ramos Rios 
Fonte: [ 
Reforma para os nossos dias ]
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