sábado, 5 de junho de 2010

Tudo é negociável ?






Wil Rogers, certa vez, opinou que um meio seguro de evitar a guerra seria abolir os congressos pela paz.
É claro q Wil, como de costume, ironizava: ele queria apenas caçoar do frouxo hábito de substituir a ação pela conversa. Todavia, há algo mais que uma verdade um tanto incômoda em sua observação. Acima de todas as outras, esta nossa era é de muitas conversas. Dificilmente, passa um dia em que jornais não tragam um ou outro destes títulos: “ Conferências começam”, ou “Conferências continuam”. A noção que está por trás dessa interminável tagarelice oficial é que todas as diferenças existentes entre homens resultam da incapacidade de se entenderem uns aos outros; se cada qual puder descobrir exatamente o que os outros pensam, verá, para seu agrado, que, afinal de contas, estão todos de pleno acordo. Assim, só terão de sorrir, apertar as mãos, ir para casa e viver felizes para sempre.

No fundo disso tudo está a pegajosa filosofia de que há só um mundo e de que todos os homens são irmãos, filosofia essa que tomou posse da mente de muitos de nossos educadores e de nossos políticos.

Tolerância,caridade, compreensão, boa vontade, paciência e outras palavras são retiradas da bíblia, mal-entendidas e aplicadas indiscrimidamente a toda e qualquer situação. O seqüestrador não leva seu bebê, se tão somente você procurar compreendê-lo; o ladrão apanhado em pleno roubo em sua casa e, portando, com uma arma de fogo, não é realmente uma má pessoa – está apenas faminto de amizade e companherismo; o assassino profissional que leva sua vitima em uma viagem sem retorno pode ser dissuadido de cometer homicídio, se alguém apenas tiver fé na sua bondade básica e conseguir conversar com ele. E presume-se que este é o ensino de Jesus, o que sem dúvida nenhuma não é.

Hoje “ manter contato” é uma grande coisa. Não permita jamais que o dialogo morra, e nunca aceite uma decisão como final; tudo pode ser negociado. Onde há vida , há conversa, e onde há conversa, há esperança. “ Enquanto estiverem conversando, não atiram uns nos outros “, dizem os advogados da conferencia prolongada e, ao dizer isso, esquecem-se de tudo.

Essa idéia por conferenciar atingiu a igreja também, oq não é de estranhar, visto que quase tudo que a igreja faz nos dias atuais é-lhe sugerido pelo mundo.Observo, entre pesaroso e divertido, como suam os rapazes no púlpito em seu esforço para ser profetas, levantando-se e bradando de forma ousada em favor de idéias com as quais forma previamente por psiquiatras, sociólogos, romancistas, cientistas e educadores seculares. A capacidade de avaliar corretamente o rumo seguido pela opinião pública é um talento que não deve ser desprezado; por meio dele nós, os pregadores, podemos falar alto e ainda ficar alheio ao problema.

Um novo decálogo foi adotado pelos neocristãos dos nossos dias, Decálogo esse cujo primeiro mandamento afirma: “ Não discordarás “ e também um novo conjunto de bem aventuranças que começa deste modo: “ Bem aventurado os que toleram tudo, porque não serão responsabilizados por coisa alguma “. O que se aceita hoje em dia é conversar sobre diferenças religiosas em publico, ficando acertado que ninguém tenta converter outra pessoa, nem apontar erros em suas crenças. O propósito dessas conversas não é confrontar a verdade, mas descobrir o que pensam os seguidores de outras religiões e. assim, beneficiar-nos com suas idéias, como esperamos que eles se beneficiem com as nossas.


Tudo isso tem surgido, como um esforço para o ecumenismo, negligenciando totalmente as escrituras. Se você quiser se amigo de alguém, veja se ele é amigo do nosso senhor, pois aderir as suas crenças, é o mesmo que trair o senhor : “ Jesus”.


Para encerrar, veja alguns exemplos:


Imagine Moises concordando em fazer uma reunião para debater a possibilidade de de se fazer um bezerro de ouro.


Elias sendo legal com os profetas de Baal, em um diálogo bem cavalheiresco.


Jesus tentando fazer uma união com os fariseus para eliminar as diferenças.


Lutero negando os principios bíblicos para agradar o papa.

A.W.Tozer

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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